'Hospitais à beira da saturação em Londres', diz prefeito

O número de casos de coronavírus em Londres já supera os 1.000 a cada 100.000 habitantes, segundo o comunicado da prefeitura

sex, 08/01/2021 - 11:35
JUSTIN TALLIS Profisisonal da saúde leva paciente com covid-19 para uma das ambulâncias do lado de fora do Royal London Hospital, em Londres JUSTIN TALLIS

O prefeito de Londres, Sadiq Khan, alertou nesta sexta-feira (8) que os hospitais da capital britânica podem ficar saturados em breve com o aumento exponencial de pacientes com Covid-19 e declarou a situação como "incidente maior", com a esperança de obter ajuda do governo.

"Se não tomamos medidas imediatas agora, nosso serviço nacional de saúde poderia ficar saturado e mais pessoas morrerão", afirmou citado em um comunicado.

A declaração de "incidente maior" é um requisito formal para obter uma resposta global de várias agências do governo.

Segundo uma informação do serviço de saúde pública aos responsáveis dos hospitais, e divulgada na quinta-feira (7) pelo Health Service Journal, mesmo se o número de pacientes com Covid-19 aumentar, seguindo as menores projeções, em 19 de janeiro haveria um déficit de 2.000 leitos de cuidados gerais e intensivos (UTI) nos hospitais de Londres.

O número de casos de coronavírus em Londres já supera os 1.000 a cada 100.000 habitantes, segundo o comunicado da prefeitura.

Entre 30 de dezembro e 6 de janeiro, o número de pacientes nos hospitais de Londres cresceu 27%, passando de 5.524 para 7.034, e o número de pacientes com ventilação mecânica cresceu 42%, de 640 para 908, de acordo com a mesma fonte.

Somente nos últimos três dias foram registradas 477 mortes confirmadas por covid-19 nos hospitais de Londres, onde há atualmente 7.034 pessoas internadas por sintomas graves dessa doença (35% a mais que no pior momento da primeira onda na primavera).

Enfrentando outra onda incontrolável de coronavírus desde a descoberta em dezembro de uma nova cepa aparentemente mais contagiosa, o Reino Unido registrou na quinta-feira 1.162 novas mortes. Com um total de 78.508 óbitos, volta a ser o país da Europa mais castigado pela pandemia, à frente da Itália.

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