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Uma mulher e sua filha de três anos podem sofrer sequelas "que podem mudar as suas vidas" depois de um ataque com uma "substância corrosiva" em Londres, na Inglaterra, na noite desta quarta-feira, 31. De acordo com as autoridades, o autor do crime está sendo procurando e há a suspeita de que ele conhecia as vítimas.

A Polícia Metropolitana disse que os policiais receberam relatos de que um homem empurrou uma menina de 3 anos para o chão e jogou uma substância alcalina nela, em sua irmã de 8 anos e em sua mãe de 31 anos perto de Clapham Common, uma área residencial no sul de Londres. O homem tentou escapar de carro após o ataque, mas colidiu com um veículo estacionado e fugiu a pé.

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Nove pessoas, entre mulheres que passavam pelo local e policiais que atenderam a ocorrência, ficaram feridas pelo contato com a substância, embora nenhuma das suas vidas esteja em perigo. As principais vítimas foram a mulher de 31 anos e as suas filhas, especialmente a de três anos. "Embora as suas vidas não estejam ameaçadas, a mulher e a menina mais nova podem sofrer consequências para toda a vida. "Pode levar algum tempo até que o hospital seja capaz de dizer a gravidade da situação", disse o superintendente Gabriel Cameron em comunicado do Met.

A polícia disse que uma caçada humana estava em andamento para encontrar o suspeito, que eles acreditam ser conhecido da mulher. "Acreditamos que o homem e a mulher se conhecem. Nossa investigação está em seus estágios iniciais e estamos trabalhando para estabelecer por que esse terrível incidente aconteceu", disse Cameron. "Embora isso pareça um ataque direcionado, ele é um indivíduo perigoso e precisamos encontrá-lo urgentemente", acrescentou. (Com agências internacionais).

A Eurostar restabeleceu suas operações na manhã deste domingo (31), em Londres, um dia após cancelar todas as viagens devido a inundações em dois túneis no sudeste da Inglaterra.

Cerca de 30.000 passageiros ficaram parados na véspera do Ano Novo em Londres, Paris, Bruxelas e Amsterdã, após o cancelamento de 41 trens.

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A empresa informou que poderá utilizar "ao menos um túnel" e assim garantir "um serviço completo", embora atrasos e restrições de velocidade estejam previstos.

"Deveria ter embarcado em um trem ontem às 06h30 (locais), mas foi cancelado. Consegui encontrar vaga hoje, estou com sorte", disse à AFP Lisa Thompson na estação Saint Pancras, em Londres, antes de embarcar para Paris.

A Eurostar pediu desculpas e orientou os passageiros a buscarem informações em seu site sobre possíveis "restituições" pelos cancelamentos.

Em 21 de dezembro uma greve surpresa de funcionários franceses forçou o fechamento do túnel ferroviário sob o Canal da Mancha que une França ao Reino Unido.

Alguns dos famosos táxis pretos de Londres, conhecidos como 'cabbies' vão poder ser reservados no aplicativo Uber a partir de janeiro, anunciou a empresa americana nesta quarta-feira (29).

"O aplicativo Uber se abre ao icônico táxi londrino", escreveu, em nota, a empresa de San Francisco.

Um porta-voz do Uber afirmou que um "pequeno número" de taxistas já se cadastraram na plataforma, mas a empresa espera recrutar "várias centenas" antes de janeiro.

Em Londres, os emblemáticos táxis pretos costumam ser chamados diretamente na rua, mas também podem ser reservados com antecedência.

Taxistas de Paris, Nova York, Roma e outras cidades renomadas já fazem viagens chamadas pela plataforma, acrescenta o Uber.

A plataforma lançou seus serviços em Londres há mais de uma década e afirma que, desde então, realizou mais de um bilhão de viagens na capital britânica.

O Uber sofreu forte oposição dos 19.000 tradicionais táxis londrinos.

Para poder trabalhar, os motoristas destes táxis devem memorizar todas as ruas do centro de Londres em um raio de 10 km, em um teste chamado 'The Knowledge' (O Conhecimento).

Os taxistas acusam o Uber de minar os preços, os direitos dos trabalhadores e as normas de segurança.

"Não acreditamos que nossos membros vão aderir ao aplicativo, em vista de seu desempenho pobre, bem documentado em tudo, da segurança dos passageiros aos direitos dos trabalhadores em Londres", afirmou Steve McNamara, secretário-geral da associação de taxistas da capital.

Em sua opinião, o Uber lança este iniciativa para "reforçar um modelo comercial em dificuldades".

Quase 100.000 pessoas participaram em uma manifestação neste sábado (21) em Londres para pedir o "fim da guerra em Gaza" e expressar apoio aos palestinos, duas semanas após o início da guerra entre Israel e o grupo islamista Hamas.

Milhares de manifestantes, com cartazes e bandeiras palestinas, caminharam pelo bairro de Marble Arch, no centro da capital britânica, aos gritos de "Palestina Livre". O protesto interrompeu o trânsito na região.

O conflito começou depois do brutal ataque do grupo islamista palestino no território israelense, que matou mais de 1.400 pessoas, a maioria civis, segundo as autoridades de Israel.

O Exército de Israel respondeu com bombardeios incessantes contra a Faixa de Gaza, onde mais de 4.300 pessoas morreram, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, un território palestino governado pelo Hamas.

A polícia de Londres informou que 100.000 manifestantes estavam reunidos em Marble Arch às 14H00 (11H00 de Brasília).

Quase mil agentes das forças de segurança foram mobilizados.

"Viemos dar nosso apoio, não podemos ficar calados, acompanhar as notícias e não fazer nada", declarou à AFP Mariam Abdul-Ghani, estudante de 18 anos cuja família é natural dos Territórios Palestinos.

The Rolling Stones lançarão em 20 de outubro o novo álbum "Hackney Diamonds" composto por canções originais, segundo anúncio da banda nesta quarta-feira (6), em um evento especial em Londres.

O vocalista Mick Jagger especificou que o álbum será composto por 12 faixas, em entrevista ao apresentador de televisão e comediante americano Jimmy Fallon, em um teatro no bairro de Hackney, no leste de Londres, um lugar "no centro do novo álbum".

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Este é o primeiro lançamento do grupo desde 2016, e o primeiro com canções inéditas desde 2005.

"Talvez estivéssemos com um pouco de preguiça e de repente dissemos para nós mesmos: vamos marcar uma data e gravar um álbum", brincou o carismático vocalista do grupo, Mick Jagger, que completou 80 anos em julho, e que apresentou o álbum ao lado de Keith Richards e Ronnie Wood para a imprensa.

Os três astros do rock britânico chegaram sorridentes e posaram para os fotógrafos e para os muitos fãs que aguardavam na esperança de vê-los.

Alguns fãs tiveram mais sorte e conseguiram ingressos para o Hackney Empire Theatre, onde foi realizada a coletiva de imprensa.

"Ouço os Stones desde que tenho quatro anos e moro na vizinhança (...) É uma loucura que eles estejam aqui", disse Rory McGlinchey, que vestia uma camisa da banda.

"Já era hora!", declarou outra fã, Victoria Riley, de 50 anos.

- Suspense -

"Hackney Diamonds" é o primeiro álbum com músicas inéditas desde 2005, quando lançaram o "A Bigger Bang". Seu último disco, "Blue and Lonesome", de 2016, foi um disco com covers de blues.

Além disso, este é o primeiro álbum desde a morte do baterista Charlie Watts, de 80 anos, que faleceu em 2021.

Segundo a BBC, alguns rumores indicam que grandes artistas como Paul McCartney, Stevie Wonder e Lady Gaga participaram do álbum.

O lançamento do novo disco foi divulgado em agosto, com um anúncio enigmático no jornal local, o Hackney Gazette, que dizia "Hackney Diamonds, especialista em reparação de vidros. Inauguração em setembro de 2023". Muitos fãs detectaram imediatamente as referências à banda.

O anúncio fazia alusão às várias canções famosas da banda - como "(I Can't Get No) Satisfaction", "Gimme Shelter" e "Shattered" - e o ponto na letra "i" da palavra "Diamonds" assumiu o famoso logotipo em forma de boca mostrando a língua.

O anúncio direcionava para o site "hackneydiamonds.com", que possuia a assinatura do selo Universal Music.

Na passagem da carruagem em que o rei Charles III, acompanhado da rainha Camilla, se dirigia à sua coroação em Londres, Anna Edwards exibiu um cartaz com a frase "Not my king!" (Não é meu rei), ao invés de agitar a bandeira britânica.

Assim como ela, centenas de manifestantes republicanos se concentraram na Trafalgar Square, na primeira hora deste sábado (6), e penduraram enormes bandeiras amarelas com os palavras "abolir a monarquia" ao longo do trajeto que o casal real fez neste dia histórico.

"Defendo a democracia e acredito que as pessoas deveriam poder escolher se querem ou não um monarca como chefe de Estado", afirmou Edwards, uma londrina de 33 anos.

"Não sou particularmente antimonarquista, mas sou a favor da eleição", disse ela à AFP, enquanto centenas e manifestantes chegavam em um clima festivo.

No entanto, uma pergunta estava na boca de todos: haveria intervenção da polícia, que tinha anunciado um nível muito baixo de "tolerância" aos protestos?

Rapidamente, espalhou-se a notícia que todo mundo temia: Graham Smith, líder do grupo 'Republic', que convocou a manifestação, tinha sido detido.

A polícia deteve "seis dos nossos organizadores e confiscou centenas de cartazes com o lema "Não é meu rei", confirmou à AFP um porta-voz do grupo minutos depois.

"Libertem Graham Smith!", repetiam os manifestantes, em coro, enquanto vigiavam a multidão, de uma plataforma elevada, usando câmeras e binóculos.

"É por isto exatamente que estamos aqui hoje, porque a monarquia representa tudo o que está errado no Reino Unido: os privilégios, a desigualdade e a falta de democracia", disse à AFP Martin Weegman, que usava um boné com a palavra 'Republic'.

- Detenções -

"Não posso acreditar, é revoltante", afirmou Eva, de 19 anos, enquanto via as imagens das detenções em seu telefone celular.

Esta estudante de Matemática explicou que, a princípio, não pensava participar da manifestação, mas mudou de opinião quando foi anunciada a promulgação acelerada, na quarta-feira, de uma nova lei, criticada pela ONU, que dá poderes maiores à polícia para limitar as manifestações.

"Tudo está errado nesta lei, portanto hoje não tenho realmente vontade de comemorar nada", acrescentou.

Os republicanos continuam sendo minoria no Reino Unido, mas se tornaram mais visíveis desde a morte da popular rainha Elizabeth II, em setembro.

Vários protestam quase habitualmente quando Charles III se desloca em alguma visita oficial.

Usando um chapéu estampado com a bandeira britânica, Alice Ridge, de 65 anos, foi saudar o rei, mas encontrou o protesto no meio do caminho.

"Não estraguem a festa", disse, visivelmente incomodada, antes de ir embora.

A convivência foi cordial entre os manifestantes e o restante da multidão até que, na aproximação do cortejo real, os apoiadores da monarquia vaiaram aqueles que gritavam "Não é meu rei!" e "Abaixo a coroa!". Em seguida, começaram a cantar o hino nacional, "God Save The King", enquanto agitavam bandeiras britânicas.

Jane, que está na faixa dos 30 anos, se divertiu com o confronto. Ela ficou contente de que tantos manifestantes tivessem saído, apesar da chuva, para criticar uma monarquia que chamou de "antiquada".

"É muito agradável ver gente sensata e reflexiva protestando contra essa farsa", contou.

"Agora, existe uma voz verdadeira para o republicanismo" no Reino Unido, acrescentou Anna, uma mulher de 54 anos, que não revelou o sobrenome.

Ela lembrou que pesquisas recentes mostram um aumento do sentimento republicano, sobretudo entre os mais jovens. "Chegou o momento", afirmou.

Charles III e sua esposa Camilla serão coroados neste sábado (6) em uma grande cerimônia em Londres, onde milhares de admiradores e alguns críticos devem acompanhar um evento que inédito no Reino Unido há 70 anos, que foi perturbado pela detenção de dezenas de manifestantes que pretendiam protestar contra o evento.

Um grupo de ativistas antimonarquia retirava de um caminhão diversas faixas com a frase "Not my king" (Não é meu rei) quando vários deles foram detidos por policiais.

"Prenderam seis dos nossos organizadores e confiscaram centenas de cartazes. Não disseram o motivo da detenção nem para onde foram levados", declarou à AFP uma das centenas de pessoas que compareceram a 'Trafalgar Square' para o protesto convocado pelo grupo "Republic".

Quase 20 membros do grupo ecologista "Just Stop Oil" também foram detidos e algemados na mesma área, segundo um fotógrafo da AFP.

"Isto é algo que esperaríamos ver em Moscou, não em Londres", disse Yasmine Ahmed, diretora da ONG Human Rights Watch. "Os protestos pacíficos permitem exigir que os que estão no poder sejam responsabilizados, algo a que o governo do Reino Unido parece cada vez mais relutante", acrescentou, em referência a uma nova lei aprovada esta semana que dá mais poderes à polícia contra as manifestações.

Ao mesmo tempo, a poucos metros do local, milhares de fãs da família real estavam reunidos atrás das barreiras de segurança instaladas no 'Mall', a grande avenida que começa no Palácio de Buckingham.

"Estamos muito entusiasmados, muito orgulhosos de sermos britânicos", disse à AFP Phyllis Taylor, 60 anos, que viajou da Escócia para Londres com o marido para "esta ocasião muito especial".

O rei, 74 anos, e a rainha, 75, desfilarão pelo centro de Londres em uma carruagem que os levará até a Abadia de Westminster.

A imponente igreja gótica já começou a receber alguns dos 2.300 convidados, incluindo a primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, os reis Felipe VI e Letizia da Espanha, além de centenas de representantes da sociedade civil britânica.

Charles III será coroado diante dos convidados, e de milhões de telespectadores, oito meses após a morte de sua mãe, Elizabeth II, que reinou durante sete décadas.

- Ritual milenar -

Embora o rei desejasse uma cerimônia mais moderna e simples que a de sua mãe, em um momento de grave crise pelo aumento do custo de vida, o evento terá um ritual pomposo, que praticamente não muda há mil anos, único entre as monarquias europeias.

Serão utilizadas três coroas cravejadas de diamantes e pedras preciosas, diversas vestimentas antigas bordadas com ouro que o rei usará nas diferentes fases da cerimônia, três cetros e um par de esporas de ouro.

Em um aceno às preocupações modernas, o óleo da unção será vegano, embora consagrado como a tradição exige na Igreja do Santo Sepulcro de Jerusalém, onde os cristãos acreditam que Jesus foi enterrado.

Na parte considerada a mais sagrada da cerimônia, o arcebispo de Canterbury, líder espiritual da Igreja da Inglaterra, da qual o rei é o líder máximo, ungirá as mãos, o peito e a cabeça de Charles III e Camilla, escondidos da visão de todos por uma tela.

Antes, o monarca será apresentado aos convidados, que o reconhecerão com saudações. E com a mão na Bíblia, ele prestará juramento.

A parte central da cerimônia acontecerá quando o arcebispo Justin Welby colocar sobre a cabeça de Charles III a coroa de Santo Eduardo, que só é utilizada no momento da coroação.

Em substituição à tradicional homenagem dos aristocratas, o religioso convidará todas as pessoas, de onde estiverem assistindo ou escutado a cerimônia, a jurar lealdade ao novo rei, uma novidade histórica que busca a democratização da cerimônia, mas que provocou fortes críticas.

- "Uma nova era" -

Acompanhados por milhares de militares e integrantes da realeza, os monarcas retornarão em uma nova procissão ao Palácio de Buckingham, onde, acompanhados por sua família, acenarão para a multidão.

Harry, 38 anos, filho mais novo de Charles e em divergências com a família real, comparecerá à coroação sem a esposa, a americana Meghan Markle, que ficou na Califórnia com os dois filhos.

Ele não deve aparecer na sacada, a não ser que a família decida por um gesto de reconciliação com o príncipe, que fez duras críticas à monarquia, em particular contra a rainha Camilla e seu irmão William, o herdeiro do trono de 40 anos.

Os sinos tocarão em todo o Reino Unido para marcar esta ocasião histórica, que será saudada com salvas de canhão no Hyde Park e na Torre de Londres.

"Nenhum outro país poderia oferecer um espetáculo tão deslumbrante: as procissões, a pompa, as cerimônias e as festas nas ruas", afirmou o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak.

"Mas não é apenas um espetáculo. É uma expressão orgulhosa de nossa história, cultura e tradições. Uma demonstração vívida do caráter moderno de nosso país. E um ritual apreciado, com o qual nasce uma nova era", acrescentou.

Setenta anos depois de sua mãe, Charles III será coroado neste sábado (6), em uma cerimônia repleta de tradição e simbolismo, única na Europa, que reunirá milhares de admiradores em Londres, mas não estará livre de protestos do movimento antimonarquista britânico.

Os convidados estrangeiros, do presidente Lula aos reis Felipe VI e Letícia da Espanha, passando pela primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden, chegaram a Londres, onde o monarca comparecerá a uma recepção na tarde de sexta-feira.

Antes, o rei passeou pelas imediações do Palácio de Buckingham com seu filho mais velho, William, 40 anos, herdeiro do trono, e a mulher dele, Katherine. Sorridentes e descontraídos, os três apertaram mãos, conversaram e tiraram fotos com os inúmeros admiradores e turistas ali reunidos, apesar da forte chuva que havia caído um pouco antes.

Fãs da realeza estão acampados há vários dias no Mall, a longa avenida que segue até o palácio, para garantir um lugar privilegiado e observar o cortejo real.

"É um momento histórico. Temos muita sorte de vivenciar uma coroação", declarou Marie Scott, 52 anos. Ela também disse que acompanhar os eventos reais presencialmente não é o mesmo que assistir na televisão.

Outros, como Mimi Gill, uma americana de 43 anos e fã da série da Netflix "The Crown", pretendem acompanhar o evento pela TV e comentar em tempo real nas redes sociais, "como fãs em todo o mundo".

E milhares de turistas desembarcarão em Londres para desfrutar a celebração nas ruas, decoradas com bandeiras britânicas.

A cerimônia incluirá elementos com séculos de história, mas com toques modernos, com a participação de bispas, líderes de religiões minoritárias e uma lista de convidados baseada na "meritocracia", em vez da "aristocracia".

A questão ambiental também terá um papel importante, com um óleo de unção vegano e elementos cerimoniais reciclados.

- Desinteresse dos jovens -

"É um momento de enorme orgulho nacional", afirmou o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak.

Mas se a coroação de Elizabeth II em 1953 foi assistida por 27 dos então 36 milhões de britânicos, a cerimônia de 2023 desperta bem menos expectativa: 62% dos entrevistados afirmaram não ter interesse no evento, segundo uma pesquisa publicada pelo instituto YouGov na quinta-feira.

Outra pesquisa do mesmo instituto mostrou que 25% dos britânicos gostariam de um chefe de Estado eleito, mas o índice alcança 40% entre os jovens de 18 a 24 anos

Coroado aos 74 anos, oito meses após a morte de sua mãe, Charles III tem a missão de modernizar a instituição.

Apesar dos esforços para mostrar-se alguém próximo e caloroso, de sua decisão de colaborar nas pesquisas sobre os laços históricos da monarquia com a escravidão e de sua paixão de longa data pela ecologia, ele tem muitas dificuldades para convencer as novas gerações.

- Críticas aos custos -

Charles III, cujo papel é meramente cerimonial e sem poder político, chegou ao trono do Reino Unido em um momento de vários desafios: das aspirações separatistas na Escócia e Irlanda do Norte até a a grave crise pelo custo de vida.

"Não temos a mesma vida, muitas pessoas estão sofrendo atualmente", destacou Eden Eawit, uma londrina de 38 anos que lamenta o custo elevado da cerimônia, de até 100 milhões de libras (125 milhões de dólares, 626 milhões de reais), segundo a imprensa, principalmente devido às medidas rigorosas de segurança.

O grupo antimonárquico "Republic" planeja organizar um protesto no centro de Londres no sábado.

A Jamaica, país da Commonwealth do qual Charles III também é rei, afirmou na quinta-feira que deseja a separação da coroa britânica. E o primeiro-ministro de Belize, Johnny Briceño, destacou que seu país será "provavelmente" o próximo membro da Comunidade Britânica que se tornará uma república. Ele criticou o papel da Inglaterra no tráfico de escravizados.

O rei, apesar das críticas, teve algumas satisfações, como quando recebeu na quinta-feira líderes dos povos indígenas do Canadá e do Brasil.

Dois deles, Uyunkar Domingo Peas e Atossa Soltani, ativistas da Amazônia, o presentearam com uma coroa de penas "em reconhecimento por seu compromisso com a proteção da floresta e a restauração da harmonia entre a humanidade e a natureza".

O papa Francisco, que não viajará a Londres, será representado pelo secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin.

Como aconteceu no funeral de Elizabeth II em setembro, alguns países não foram convidados, como Venezuela, Rússia e Afeganistão.

Outros, como Nicarágua e Coreia do Norte, receberam convites apenas para os chefes de suas representações diplomáticas.

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira, 21, que a economia não gira em torno da Selic. Ao ouvir de um empresário na Lide Brazil Conference que o elevado patamar da taxa de juros atrapalha o Brasil a crescer, Campos Neto respondeu que só 20% do crédito é ligado à Selic; o restante é ligado a taxas longas. "Obviamente, o Banco Central quer cair o juro", disse.

"Se a gente não conseguir fazer um movimento na Selic com credibilidade, a taxa longa não cai", justificou. "O que move o Brasil não é a taxa de juros de um dia, é a taxa de juros de três, cinco, dez anos. Para fazer que a queda da Selic gere um movimento de queda prolongada de juros, precisa ter credibilidade. O Banco Central está esperando o melhor momento para fazer para que isso tenha um ganho real para as pessoas. A economia não gira na Selic".

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Para justificar a necessidade de se manter a Selic no patamar em que se encontra, Campos Neto comparou a política monetária a uma tubulação de água que se encontra entupida. Ou seja, para se atingir o fluxo de água desejado numa tubulação entupida, e neste caso pelo elevado porcentual de crédito, o BC precisa elevar a pressão da água.

"Uma das coisas que explicam a tubulação de política monetária entupida é o elevado porcentual de crédito direcionado", disse, explicando que quando isso ocorre e a política monetária muda, o BC não tem influência sobre este porcentual.

Então, de acordo com ele, para se ter o efeito desejado o BC aumenta a pressão de juro na "tubulação congestionada". "É o efeito que a gente chama também da meia entrada. Se você tem a meia entrada, a principal tem que ser mais cara para compensar", disse acrescentando que enquanto no Brasil há 40% de direcionamento de crédito, em outros países o índice é de, em média, 4%. "Isso explica, em parte, o porquê de às vezes o nosso juro ser mais alto. É porque um componente de crédito subsidiado mais alto faz com que nossa política monetária tenha menos efeito".

Campos Neto insistiu que, estruturalmente, a taxa de juro tem que ser maior quando o componente de crédito subsidiado é também maior. "Isso não é porque eu acho A ou B é correto ou errado. Isso é um estudo que sai da relação entre potência da política monetária e o espaço que a gente tem", afirmou.

Sobre os argumentos de que a taxa de juro real no Brasil é muito alta, o presidente do BC diz que se for comparar a taxa real de um país que já aumentou a taxa nominal com países que ainda estão subindo a sua taxa nominal de juro, o resultado da comparação das taxas reais será distorcido.

"Então, a gente precisa medir contra o núcleo da inflação, dado que nossa inflação cheia tem a contaminação da desoneração dos preços de comunicação, gasolina e energia elétrica. Isso afetou a inflação cheia. Mas ela é alta, mas não está muito distante das dos outros", disse Campos Neto.

O presidente do Banco Central fez um discurso amparado em números, no qual defendeu com veemência o sistema de metas de inflação e a autonomia do BC. "O anseio pela queda de juros é político, mas nosso trabalho é técnico", afirmou Campos Neto.

O dirigente lembrou que a Argentina aumentou sua meta e a taxa de juros caiu, mas a inflação disparou. Segundo Campos Neto, se o Banco Central não tivesse aumentado a taxa de juros na eleição, hoje a Selic seria de 18,75%. "Quando a inflação sai do controle, as empresas e o ricos se adaptam, mas os pobres não. Inflação é desigualdade e aumento de pobreza. Quem tem menos recursos não consegue se proteger", afirmou.

O economista frisou que, se for feito um ajuste de juros "sem as condições", o resultado pode ser "desastroso" para o crédito. "Países que abandonaram o sistema de meta entraram num sistema inflacionário muito alto", completou.

O presidente do Senado Brasileiro, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), voltou nesta sexta-feira, 21, a se dirigir ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e pedir a redução da taxa básica de juros brasileira. Pacheco fez o pedido no seu discurso de abertura do segundo e último dia do evento Lide Brazil Conference London na capital britânica.

De acordo com Pacheco, a atual taxa de juros brasileira, em 13,75% ao ano torna difícil o crescimento da economia brasileira.

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"Quero mais uma vez destacar ao nosso querido Roberto Campos Neto, com devida vênia, a nossa reivindicação relativamente ao juro do Brasil, com a natural cordialidade respeito e acatamento, mas é uma súplica do Congresso Nacional. Não poderia deixa de externar que 13,75% ao ano realmente são muito difíceis para o crescimento do Brasil e tenho certeza que o BC, sob a condução de Roberto Campos Neto, haverá de cuidar de maneira muito veemente para que essa taxa de juro se reduza no Brasil", disse.

Pacheco reforçou também os compromissos dele e do Senado com uma arrecadação sustentável e inteligente e razoável, sem a criação de novos impostos.

O senador também redobrou seu compromisso com o acordo bilateral firmado entre o Brasil e o Reino Unido à não bitributação e ao marco legal das garantias, um pleito colocado ontem no evento, que será colocado para apreciação do Congresso na forma do Projeto de Lei 4188 e com o marco fiscal, que em maio será apreciado na Câmara e no Senado.

O evento, organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) na capital britânica, teve início na quinta-feira (20) e se encerra nesta sexta-feira com a palestra do presidente do Conselho do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), realizou novos exames na manhã desta quarta-feira (29) e foi liberado pela equipe médica que o acompanhava no hospital em Londres, na Inglaterra. Com a liberação, Tarcísio segue com a missão internacional do governo pela Europa e deve embarcar para Paris, na França. A agenda de compromissos oficiais ainda não foi divulgada.

O secretário de Negócios Internacionais, Lucas Ferraz, continua como representante de Tarcísio nos encontros com autoridades locais programados para a quarta em Madri, na Espanha.

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O governador deu entrada no hospital na terça-feira (28) e foi submetido a uma cirurgia para retirada de um cálculo renal.

Segundo nota divulgada no site oficial do governo de São Paulo, Tarcísio deve passar por exames complementares assim que voltar de viagem.

Na tarde da terça-feira, o governador publicou em suas redes sociais que a cirurgia tinha sido bem-sucedida e que estava se "recuperando bem" após o procedimento.

Investimentos

O objetivo da viagem pela Europa é atrair investimentos para o Estado e apresentar o portfólio de parcerias público-privadas e privatizações a CEOs, empresários e fundos de investimento interessados em consolidar negócios na capital paulista.

Antes do anúncio do afastamento de Tarcísio, o secretário Lucas Ferraz já havia participado de um almoço com representantes do setor financeiro na embaixada brasileira e de um debate com bancos, fundos de investimento e empresas na sede europeia da Bloomberg.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), teve alta hospitalar nesta terça-feira, 28, após ser submetido a uma cirurgia para retirada de um cálculo renal, em Londres, na Inglaterra. Em publicação nas redes sociais, o governador agradeceu as mensagens de apoio que recebeu e disse que estava se "recuperando bem" após o procedimento.

Tarcísio está na Europa para reuniões com representantes do mercado financeiro e encontros bilaterais, mas precisou interromper a agenda oficial devido a uma crise nos rins durante os compromissos internacionais.

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O secretário de Negócios Internacionais, Lucas Ferraz, representou o governador nos encontros programados para esta semana. A participação de Tarcísio nos demais compromissos depende de avaliação e recomendação médica. Segundo Tarcísio, "novos exames" vão definir a retomada da agenda.

O objetivo da viagem pela Europa é atrair investimentos para o Estado e apresentar o portfólio de parcerias público-privadas e privatizações a CEOs, empresários e fundos de investimento interessados em consolidar negócios na capital paulista.

A agenda do governador incluía encontros com autoridades espanholas e francesas, além de um "roadshow" com empresas locais. Antes do anúncio do afastamento de Tarcísio, o secretário Lucas Ferraz já havia participado de um almoço com representantes do setor financeiro na embaixada brasileira e de um debate com bancos, fundos de investimento e empresas na sede europeia da Bloomberg.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi submetido a uma cirurgia nesta terça-feira, 28, para retirada de um cálculo renal, em Londres. Segundo nota divulgada no site oficial do Palácio dos Bandeirantes, a cirurgia correu bem e a previsão é que o governador tenha alta ainda nesta terça-feira, 28.

Ele está bem e segue em acompanhamento médico.

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Tarcísio precisou cancelar sua agenda oficial pela Europa devido a uma crise nos rins durante os compromissos internacionais. Em seu lugar, o secretário de Negócios Internacionais, Lucas Ferraz, está representando o governador nos encontros programados para esta semana.

A nota ainda cita que a participação de Tarcísio nos demais compromissos depende de avaliação e recomendação médica.

O Palácio dos Bandeirantes confirmou, na manhã desta terça-feira (28), que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) precisará passar por cirurgia para retirada de um cálculo renal. O problema de saúde interrompe a agenda oficial que o governador mantinha tanto em Londres, onde se deu o problema de saúde, quanto em Madri e Paris. Os encontros de hoje em Londres e amanhã, quarta-feira, em Paris, serão conduzidos por Lucas Ferraz, secretário de negócios internacionais.

Segundo o governo, o objetivo da viagem pela Europa é atrair investimentos para o Estado e apresentar o portfólio de parcerias público-privadas e privatizações à CEOs, empresários e fundos de investimento interessados em consolidar negócios na capital paulista.

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A agenda do governador incluía encontros com autoridades espanholas e francesas, além de um "roadshow" com empresas locais. Antes do anúncio do afastamento de Tarcísio, o secretário Lucas Ferraz já havia participado de um almoço com representantes do setor financeiro na embaixada brasileira e de um debate com bancos, fundos de investimento e empresas na sede europeia da Bloomberg.

A Justiça inglesa condenou nesta terça-feira (7) à prisão perpétua o ex-policial de Londres David Carrick, que cometeu dezenas de estupros e agressões ao longo de quase duas décadas, em um novo escândalo que agrava a crise de confiança na polícia britânica.

David Carrick, de 48 anos, que trabalhou para uma unidade especial da Scotland Yard dedicada à proteção de parlamentares e diplomatas estrangeiros, reconheceu em audiências anteriores 24 acusações de estupro contra 12 mulheres entre 2003 e 2020, além de acusações de agressões e detenções ilegais.

Mas algumas estão relacionadas a crimes múltiplos, totalizando quase cinquenta estupros.

É um dos "casos mais chocantes que já tive que lidar envolvendo um policial em serviço", reconheceu a promotora-chefe, Jaswant Narwal, em janeiro.

De acordo com os investigadores, Carrick conheceu algumas de suas vítimas por meio de aplicativos de namoro e eventos sociais e usou sua posição para ganhar a confiança delas.

O policial reconheceu ter estuprado suas vítimas por meses, em alguns casos anos. Ele as trancava em um pequeno armário embaixo da escada de sua casa por horas, sem comida. Chamava as mulheres de "escravas", controlava sua vida financeira e isolou-as das pessoas próximas a elas.

"Ele gostava de humilhá-las e usava sua posição profissional para deixar claro para elas que era inútil procurar ajuda porque ninguém acreditaria nelas", disse o inspetor-chefe da polícia, Iain Moor.

Durante uma audiência na segunda-feira, a Promotoria fez um discurso angustiante sobre suas agressões "sistemáticas" a partir dos relatos de mulheres "presas" que "não confiam mais na polícia".

Ele conheceu uma delas em um bar em 2003, garantiu que ela estaria segura com ele, antes de apontar uma arma para sua cabeça e estuprá-la repetidamente.

Outra, que conheceu em um site de namoro, descreveu um "monstro" quando estava bêbado, na maioria das vezes, obrigando-a a fazer tarefas domésticas nua.

Uma terceira relatou que ele batia nela com um chicote, assobiava para ela como um cachorro e a tratava como um objeto que "pertencia a ele e devia obedecê-lo".

Carrick, afastado da polícia, admitiu "total responsabilidade pelo que fez", disse seu advogado, Alisdair Williamson.

O caso gerou um novo choque no Reino Unido dois anos após o assassinato da executiva londrina Sarah Everard, de 33 anos, também por um policial que foi condenado à prisão perpétua, e abalou seriamente a confiança na polícia britânica.

O Crown Estate, órgão que administra os bens da monarquia britânica, anunciou nesta terça-feira (24) que entrou com uma ação judicial contra o Twitter. A rede social está sendo acusada de não pagar o aluguel de sua sede em Londres.

Um representante do Crown Estate afirmou ter entrado em contato com o Twitter e está em negociações com a empresa, comprada em outubro pelo bilionário Elon Musk por US$ 44 bilhões.

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Desde então, o fundador da Tesla e da Space X demitiu metade dos funcionários e parou de pagar o aluguel de vários escritórios em uma tentativa de economizar dinheiro, de acordo com a imprensa americana. A empresa já foi processada por diversos proprietários nos Estados Unidos.

Em Londres, a sede do Twitter está localizada perto de Picadilly Circus desde 2014, em um complexo chamado Air W1, propriedade da família real britânica.

O jornal Daily Telegraph noticiou que o logotipo da empresa foi retirado do prédio. Entretanto, um funcionário da rede social garantiu que ainda frequenta as instalações.

Não foi possível contatar o Twitter para obter comentários.

O Crown Estate, um dos maiores proprietários de terras do Reino Unido, possui terrenos importantes no coração de Londres, no domínio real de Windsor e nos fundos marinhos da Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte, com ativos avaliados em mais de 15 bilhões de libras (US$18,5 bilhões).

Seus lucros são entregues ao Tesouro britânico por meio de um acordo centenário, no qual o monarca, agora Charles III, recebe parte do lucro por meio de uma doação anual para financiar as despesas da casa real.

Um homem foi preso por suposta tentativa de homicídio – informou a polícia nesta segunda-feira (16), sem especificar sua identidade, ou nacionalidade, após um tiroteio em frente a uma igreja de Londres.

O suspeito, de 22 anos, foi preso no domingo (15) e está sendo mantido sob custódia, declarou a polícia nesta segunda-feira, sem especificar a nacionalidade do suspeito, ou das vítimas.

De acordo com a imprensa britânica, a troca de tiros estaria ligada a redes de tráfico de drogas colombianas.

O tiroteio aconteceu na tarde de sábado, na porta da igreja católica St. Aloysius, no bairro de Euston, ao final de uma missa em memória de Sara Sánchez, de 20 anos, e de sua mãe, Fresia Calderón.

A jovem Sara morreu de leucemia em novembro, e sua mãe, alguns dias depois, vítima de uma trombose, ao desembarcar no aeroporto Heathrow, em Londres, procedente da Colômbia.

Os tiros foram disparados de um veículo em movimento, quando as pessoas estavam saindo da missa, relatou a polícia.

Quatro mulheres e duas meninas, de 12 e 7 anos, ficaram feridas. Esta última permanece hospitalizada nesta segunda-feira em estado grave, mas estável.

Três das mulheres feridas, com idades de 41, 48 e 54 anos, permanecem hospitalizadas nesta segunda-feira sem risco de vida, segundo a polícia.

A embaixada da Colômbia não respondeu aos pedidos de comentários por parte da AFP.

O jornal britânico Daily Telegraph informou que o falecido ex-marido de Calderón, Carlos Arturo Sánchez Coronado, foi preso no Reino Unido em 2009, após ser condenado por lavagem de dinheiro para uma quadrilha de drogas de Londres ligada ao cartel colombiano de Cali.

Durante as revistas, a polícia apreendeu milhões de libras em dinheiro e drogas no valor de 100 milhões de libras (US$ 122 milhões).

Sánchez Coronado fugiu para a Colômbia, mas foi localizado e extraditado para o Reino Unido, segundo o jornal.

Após cinco longos anos de restauração, o Big Ben de Londres, o relógio mais famoso do mundo, sairá oficialmente do silêncio no domingo (13) para marcar mais uma vez o ritmo dos dias na capital britânica.

Com seu imenso sino de 13,7 toneladas, o grande relógio que domina o Parlamento britânico retomará sua atividade normal após uma limpeza completa das mais de 1.000 peças que compõem seu mecanismo.

Em agosto de 2017, uma multidão se reuniu em Westminster para ouvir os últimos repiques de seus cinco sinos de ferro fundido. Alguns até derramaram uma lágrima.

Muitos se reunirão novamente no domingo às 11h GMT (8h de Brasília) para ouvir mais uma vez o som deste símbolo de Londres: seu carrilhão de quatro sinos tocará a cada quarto de hora, enquanto o sino principal tocará a cada hora, como aconteceu nos 158 anos anteriores à renovação.

A data coincide com o domingo seguinte ao 11 de novembro, dia em que o Reino Unido comemora o armistício da Primeira Guerra Mundial.

Nos últimos cinco anos, o Big Ben tocou poucas vezes, usando um mecanismo elétrico substituto. A última vez foi para o funeral da rainha Elizabeth II, que faleceu em setembro.

- "O som de Londres" -

No alto da "torre elizabetana" de 96 metros do Palácio de Westminster, os sinos são protegidos por uma rede externa para impedir a entrada de morcegos e pombos.

De lá, a vista de Londres é espetacular, mas os três relojoeiros responsáveis pelo Big Ben não têm tempo para apreciá-la.

Ian Westworth, de 60 anos, e seus colegas estão ocupados finalizando os testes para garantir que tudo estará funcionando corretamente após uma reforma de 80 milhões de libras (US$ 93 milhões).

"O som de Londres está de volta", diz Westworth à AFP durante uma visita ao campanário.

"Esses sinos tocaram atravessando as guerras", ressalta, impressionado com todas as transformações da cidade testemunhadas por eles.

A "torre elizabetana", o novo nome dado à torre do relógio em 2012 por ocasião do jubileu de diamante da monarca, foi construída na década de 1840.

Naquela época, sem tráfego, ou arranha-céus, "em uma noite tranquila você podia ouvir (o Big Ben) a até 24 quilômetros de distância", lembra o relojoeiro.

- Imitar as luzes vitorianas -

A restauração envolveu a limpeza e a pintura dos braços e martelos, mas os sinos não se moveram.

O sino principal, o Big Ben, é tão grande que para movê-lo seria necessário levantar todo piso da torre do sino.

A parte mais complicada foi desmontar o mecanismo do relógio de 11,5 toneladas, que remonta a 1859, para limpá-lo.

Além disso, 28 luzes LED agora iluminam os quatro mostradores do relógio, com cores que variam do verde ao branco para se assemelhar aos lampiões a gás da era vitoriana.

Outra luz branca maior foi colocada acima dos sinos para indicar quando o Parlamento está em sessão.

Antes da reforma, os relojoeiros verificavam a precisão da hora usando seus telefones. Agora, o relógio é calibrado por GPS.

Já o método de acertar a hora continua muito tradicional: moedas antigas são usadas para adicionar, ou subtrair, peso das molas do relógio gigante, permitindo que um segundo seja ganho, ou perdido.

Na torre do sino, durante os testes, é preciso usar tampões e protetores de ouvido para proteger seus tímpanos a cada nova hora em ponto.

São sete da manhã, e o Big Ben – um símbolo de estabilidade em um caótico contexto político britânico – ressoa sete vezes com um estrondo.

Embora ensurdecedor, o inconfundível som também é um sinal de estabilidade, após anos de grande turbulência política no Reino Unido.

O palácio de Westminster, um impressionante complexo gótico às margens do rio Tâmisa, também precisa de uma grande reforma, mas as disputas políticas sobre seu alto custo atrasaram o processo.

Enquanto isso, Westorth e seu colega Alex Jeffrey, de 35 anos, continuam concentrados em seu trabalho: cuidar dos 2.000 relógios do Parlamento britânico.

"É o melhor trabalho do mundo", diz o mais novo.

Trabalhadores do transporte público em Paris e em Londres fazem um dia de paralisações, nesta quinta-feira (10), para reivindicar aumento salarial, entre outras pautas, em um contexto de inflação.

No caso da França, a greve também tem como objetivo aumentar a pressão sobre o presidente Emmanuel Macron, antes de ele apresentar ao Parlamento um polêmico projeto que visa adiar a idade de aposentadoria de 62 para 65 anos.

"Queremos mostrar que, se quisermos nos mobilizar, sabemos como fazer isso", disse o secretário-geral do sindicato FO, Frédéric Souillot.

No final de 2019 e início de 2020, uma greve contra a primeira tentativa de adotar essa reforma interrompeu o transporte público por semanas.

Quase 12 milhões de usuários utilizam diariamente o metrô, ônibus, ou trens operados pela empresa RATP, que foi forçada a fechar, ou limitar, o serviço no horário de pico em quase todas as linhas de metrô da capital. Muitos passageiros atenderam aos pedidos para que evitassem o transporte público.

Nesse contexto, as ruas de Paris registraram um aumento de veículos, motocicletas e ciclistas, em relação aos dias anteriores.

Nas últimas semanas, os sindicatos convocaram greves em vários setores para reivindicar aumentos salariais, em meio ao aumento dos preços de energia e dos alimentos, devido à guerra na Ucrânia.

Os sindicatos da RATP também denunciam a falta de contratações, o que tem causado, nos últimos meses, atrasos no serviço e menor frequência de passagem.

O governo deve nomear o ex-primeiro-ministro Jean Castex como chefe da RATP.

Em 18 de outubro, quatro sindicatos convocaram uma greve geral na França, onde 107.000 pessoas se manifestaram nas ruas. Hoje, apenas a central CGT convocou uma greve em todos os setores.

Os serviços de trens de alta velocidade, operados pela empresa ferroviária SNCF, funcionarão normalmente. São esperadas apenas pequenas interrupções nas linhas regionais.

- Metrô mais antigo do mundo para -

Também nesta quinta-feira, milhões de pessoas foram afetadas por uma greve no metrô de Londres, cujos funcionários protestam contra um plano de reestruturação e modificação de aposentadorias, em um contexto de alta inflação e de crise pelo aumento do custo de vida.

O metrô mais antigo do mundo ficou quase completamente paralisado. A maioria das linhas suspendeu totalmente o tráfego, enquanto algumas poucas mantiveram um serviço muito reduzido. Apenas a moderna e automatizada Linha Elizabeth, inaugurada em maio, operava praticamente com normalidade, embora algumas de suas estações permanecessem fechadas.

"Esta greve bloqueia toda cidade", disse à AFP o português Rodrigo Alex, cabeleireiro de 21 anos, na estação de Kentish Town, no norte da capital britânica.

Carros e bicicletas se multiplicaram nas ruas da cidade e aqueles que puderam optaram pelo teletrabalho, uma prática generalizada em alguns setores desde a pandemia da Covid-19.

O metrô de Londres, que transporta até cinco milhões de passageiros por dia, foi abalado por várias greves nos últimos meses. Convocada pelos sindicatos RMT e Unite, a desta quinta-feira se opõe à eliminação de 600 postos de trabalho e a um plano para modificar o financiamento das suas pensões.

Nos últimos meses, o Reino Unido tem sido palco de inúmeras greves em diferentes setores: do serviço postal aos portos e telecomunicações, passando pelo sistema jurídico.

Ontem, os enfermeiros votaram a favor de uma greve nacional sem precedentes para reivindicar aumentos salariais acima da inflação, que já passa de 10%.

Londres descartou nesta sexta-feira a possibilidade de eleições em dezembro na Irlanda do Norte, região britânica que enfrenta um bloqueio político provocado pelo Brexit.

"Eu posso confirmar agora que nenhuma eleição para a Assembleia acontecerá em dezembro ou antes da temporada de festas de fim de ano", anunciou o secretário britânico para a Irlanda do Norte, Chris Heaton-Harris, em um comunicado.

O governo britânico anunciou na semana passada que convocaria eleições na Irlanda do Norte até o fim de janeiro.

As eleições antecipadas acontecerão após uma tentativa de última hora em outubro para superar meses de bloqueio político, provocado pelos dispositivos especiais aplicados a esta região britânica após o Brexit.

O partido republicano Sinn Féin venceu as legislativas regionais de maio, um fato sem precedentes nesta região de 1,9 milhão de habitantes, onde os católicos superam pela primeira vez os protestantes.

Mas não foi possível formar um governo porque o DUP - partido ultraconservador ligado à coroa britânica, se recusa a participar no Parlamento em protesto contra os dispositivos negociados para a Irlanda do Norte no âmbito do Brexit.

Os unionistas pedem a revogação, ou profunda modificação, do protocolo norte-irlandês negociado entre Londres e Bruxelas para o Brexit, que mantém de fato esta região dentro da união alfandegária europeia e em seu mercado único.

O objetivo do protocolo, um dos grandes problemas na longa e difícil negociação da saída britânica da União Europeia - efetiva desde 2021 -, era evitar o retorno de uma fronteira física com a vizinha República da Irlanda, país membro da UE.

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