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O prefeito de Londres, Sadiq Khan, alertou nesta sexta-feira (8) que os hospitais da capital britânica podem ficar saturados em breve com o aumento exponencial de pacientes com Covid-19 e declarou a situação como "incidente maior", com a esperança de obter ajuda do governo.

"Se não tomamos medidas imediatas agora, nosso serviço nacional de saúde poderia ficar saturado e mais pessoas morrerão", afirmou citado em um comunicado.

A declaração de "incidente maior" é um requisito formal para obter uma resposta global de várias agências do governo.

Segundo uma informação do serviço de saúde pública aos responsáveis dos hospitais, e divulgada na quinta-feira (7) pelo Health Service Journal, mesmo se o número de pacientes com Covid-19 aumentar, seguindo as menores projeções, em 19 de janeiro haveria um déficit de 2.000 leitos de cuidados gerais e intensivos (UTI) nos hospitais de Londres.

O número de casos de coronavírus em Londres já supera os 1.000 a cada 100.000 habitantes, segundo o comunicado da prefeitura.

Entre 30 de dezembro e 6 de janeiro, o número de pacientes nos hospitais de Londres cresceu 27%, passando de 5.524 para 7.034, e o número de pacientes com ventilação mecânica cresceu 42%, de 640 para 908, de acordo com a mesma fonte.

Somente nos últimos três dias foram registradas 477 mortes confirmadas por covid-19 nos hospitais de Londres, onde há atualmente 7.034 pessoas internadas por sintomas graves dessa doença (35% a mais que no pior momento da primeira onda na primavera).

Enfrentando outra onda incontrolável de coronavírus desde a descoberta em dezembro de uma nova cepa aparentemente mais contagiosa, o Reino Unido registrou na quinta-feira 1.162 novas mortes. Com um total de 78.508 óbitos, volta a ser o país da Europa mais castigado pela pandemia, à frente da Itália.

O presidente americano, Donald Trump, iniciou nesta segunda-feira (3), com um cerimoniosa acolhida por parte da rainha Elizabeth II, uma visita de Estado de três dias ao Reino Unido que se anuncia agitada após seus insultos ao prefeito de Londres e seus comentários sobre o Brexit.

Minutos antes de aterrissar, o presidente havia mandado um de seus incendiários tuítes contra o prefeito trabalhista Sadiq Khan, o qual acusou de ter "sido tontamente 'asqueroso' com o presidente dos Estados Unidos, com o aliado mais importante do Reino Unido".

Primeiro prefeito muçulmano da capital, Khan comparou no domingo a linguagem de Trump com a dos "fascistas do século XX" e criticou que o Reino Unido lhe "estendesse o tapete vermelho".

"É um fracassado total que deveria se concentrar no crime em Londres, não em mim", afirmou Trump. Um insulto "infantil" e "impróprio do presidente dos Estados Unidos", rebateu um porta-voz do prefeito.

Trump e sua mulher, Melania, foram recebidos ao meio-dia no Palácio de Buckingham com toda a pompa que cabe a uma visita de Estado. Foram recebidos ao pé do helicóptero presidencial pelo príncipe Charles e por sua esposa, Camilla, que os acompanharam sob uma salva de tiros de canhão até a entrada do palácio, onde a rainha de 93 anos os esperava.

Enquanto a banda da Guarda Real tocava os hinos americano e britânico nos jardins, e Trump passava o cerimonial em revista, podia-se ver outros membros da família, entre eles sua filha Ivanka, na sacada do palácio, acompanhados pelo príncipe Philip, esposo da monarca. À noite, será oferecido um banquete oficial em homenagem ao presidente.

Após um almoço privado, o casal presidencial admirou a coleção de arte real, antes de visitar a Abadia de Westminster. Lá, depositaram flores no túmulo do soldado desconhecido. A tarde terminou com um protocolar chá na residência do príncipe Charles.

Esta é a primeira visita de Estado de Trump ao Reino Unido, após uma tentativa frustrada em julho passado que acabou se transformando em uma simples visita de trabalho, devido a protestos em massa que levaram milhares de londrinos às ruas para denunciar o presidente como "misógino, homófobo, xenófobo".

Na ocasião, foram convocadas grandes manifestações contra sua presença, em particular no mesmo dia de seu encontro com a primeira-ministra Theresa May. Seus organizadores esperam repetir o evento do ano passado e farão voar, de novo, o enorme balão representando um "bebê Trump" laranja.

Hoje, militantes da Anistia Internacional estenderam quatro grandes cartazes, que chamavam a "resistir" a "Trump", ao "racismo", ao "sexismo" e ao "ódio" sobre uma ponte em frente à embaixada americana.

- "Ingerência inaceitável" -

Toda essa pompa persiste ao mal-estar em um país, cuja premiê deve deixar oficialmente o cargo na sexta-feira, derrotada por sua incapacidade de levar adiante um Brexit decidido por referendo em 2016, mas adiado duas vezes. Agora, até 31 de outubro.

Em entrevistas com a imprensa britânica antes de sua chegada, Trump criticou o modo como a líder conservadora conduziu as negociações com Bruxelas, recomendou a seu sucessor que abandone a União Europeia bruscamente sem um acordo e apontou o ex-ministro das Relações Exteriores Boris Johnson como seu favorito para dirigir o país.

O presidente americano elogiou o extremista Nigel Farage, líder do Partido do Brexit, grande vencedor na semana passada nas eleições europeias no Reino Unido. No avião que o levava para Londres chegou a afirmar que "poderia se reunir" com ambos os políticos, com os quais disse ter "relações muito boas".

É uma "ingerência inaceitável na nossa democracia", criticou o líder da oposição trabalhista, Jeremy Corbyn.

Essencial para o Reino Unido após o Brexit, a relação comercial com os Estados Unidos deveria ocupar grande parte das conversas de Trump durante os três dias.

"Temos o potencial de ser um sócio comercial incrível para o Reino Unido", afirmou o presidente antes de partir de Washington, garantindo estar disposto a negociar rapidamente um acordo de livre-comércio.

Trump "é muito polêmico, é perturbador, mas também é o presidente do nosso aliado mais importante", disse o ministro britânico das Relações Exteriores Jeremy Hunt, antecipando longa vida para uma "relação especial".

Esta relação pode se ver tensa, porém, por temas como o acordo nuclear com o Irã, a luta contra a mudança climática, ou a guerra comercial entre China e Estados Unidos, que tenta convencer Londres de excluir o grupo tecnológico chinês Huawei do desenvolvimento de sua rede 5G.

"Que o Reino Unido tenha se mantido firme em seu esforço para forjar uma abordagem independente, pragmática e até tecnocrática em suas relações econômicas com a China está demonstrando ser um problema muito real para sua relação com os Estados Unidos", disse a especialista Leslie Vinjamuri, do Instituto Real das Relações Internacionais Chatham House.

Na quarta-feira, Trump participará de uma grande comemoração organizada em Portsmouth, na costa sul da Inglaterra, para comemorar o 75º aniversário do desembarque da Normandia.

O prefeito de Londres, Sadiq Khan, pediu que o governo britânico anule a visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, programada para ocorrer este ano ao país.

"Não acho que devemos estender o tapete vermelho ao presidente dos EUA nas circunstâncias em que suas políticas vão contra todos, enquanto nós estamos lutando", afirmou Khan, que é muçulmano, durante uma entrevista na noite de ontem (5). Na semana passada, o magnata republicano ordenou a retirada dos EUA do histórico acordo climático de Paris, considerado o maior tratado do mundo para frear o aquecimento global.

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A visita de Trump ao Reino Unido tem gerado polêmica desde antes da eleição do republicano, quando uma petição chegou ao Parlamento solicitando que o magnata fosse impedido de entrar no país devido às suas declarações xenofóbicas. Já Trump, por sua vez, também criticou o prefeito de Londres, acusando-o de "subestimar o risco de terrorismo".

O secretário das Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, que é ex-prefeito de Londres, garantiu que a visita de Trump ocorrerá, apesar dos protestos. "O convite foi feito e aceito, não tem razão para cancelar", comentou. 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou uma série de posts em seu perfil no Twitter, nesta manhã, criticando o prefeito de Londres, Sadiq Khan, por suas declarações sobre os atentados ontem à noite na capital da Inglaterra. Após Khan ter dito durante entrevista para uma rede de televisão que não havia razão para alarme", Trump publicou: "ao menos 7 mortos e 48 feridos em um ataque terrorista e o prefeito de Londres diz que 'não há razão para alarme'".

A declaração de Khan foi feita para alertar os londrinos sobre uma presença mais intensa da polícia nas ruas. "Não há razão para alarme. Uma das coisas que a polícia e todos nós precisamos é saber que estamos tão seguros quanto é possível", afirmou o prefeito durante a entrevista.

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O presidente norte-americano também aproveitou o atentado para voltar a falar de segurança nacional. "Temos de parar de ser politicamente corretos e tratar do problema da segurança para o nosso povo. Se não formos espertos, só ficará pior", afirmou em sua conta no Twitter.

Ontem, logo após os três ataques em Londres, Trump defendeu na rede social as medidas anti imigração que tenta aprovar no país como "uma camada extra de segurança". "Temos de ser espertos, vigilantes e duros. Precisamos que a Justiça nos devolva nossos direitos. Precisamos da suspensão de imigração como uma camada extra de segurança!", declarou.

A administração Trump solicitou à Suprema Corte dos EUA, na semana passada, para restabelecer sua proposta de proibir a entrada de imigrantes provenientes de seis países com população de maioria muçulmana e refugiados de qualquer lugar do mundo. No início do ano, Trump assinou um decreto presidencial sobre o tema, que foi bloqueado pela Justiça norte-americana. Desde então, a questão tornou-se um imbróglio judicial.

Em seu último post da manhã, Trump fez referência também à questão armamentista. "Vocês notaram que não estamos tendo um debate sobre armas neste momento? É porque eles (terroristas) usaram facas e um caminhão", disse o presidente nos EUA em seu perfil. (Fonte: Associated Press).

O prefeito de Londres, Sadiq Khan, criticou nesta quinta-feira (25) a proibição do burkini decidida por 30 prefeituras do litoral francês, em entrevista publicada pelo jornal londrino Evening Standard.

"Ninguém deve ditar às mulheres o que devem usar. Ponto. Assim, simples", declarou Sadiq Khan, que nesta quinta-feira iniciou uma visita a Paris, em sua primeira viagem oficial desde que foi eleito prefeito de Londres.

"Não é justo. Não digo que nosso modelo seja perfeito, mas uma das qualidades de Londres é que não apenas toleramos a diferença, mas que além disso a integramos", completou Khan.

O prefeito de Londres disse que a integração e a diversidade estão entre os temas que pretende conversar com a prefeita de Paris, a socialista Anne Hidalgo.

O Conselho de Estado, principal tribunal administrativo de França, deve se pronunciar a partir desta quinta-feira sobre a legalidade dos decretos contrários ao burkini.

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