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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou nesta quarta-feira, 17, que a Prefeitura da capital volte a fornecer o serviço de aborto legal realizado no Hospital Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da cidade. A oferta do procedimento havia sido suspensa em dezembro pela prefeitura.

Na decisão, o juiz Adler Batista Oliveira Nobre determinou ainda que o hospital faça uma busca ativa para que todas as pacientes que tiveram o procedimento cancelado sejam atendidas. O hospital, tido como referência e que oferece a realização do aborto legal há cerca de 30 anos, fica proibido de negar o agendamento do serviço para novas pacientes.

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Procurada pelo Estadão, a Prefeitura de São Paulo disse em nota que o serviço de aborto legal segue disponível às gestantes em outros quatro hospitais municipais "independentemente do período gestacional", e que o procedimento também é feito em hospitais estaduais (leia a íntegra da nota abaixo).

Já sobre a decisão do TJ-SP diz que, "ainda que o Município tenha mantido/disponibilizado o serviço e a realização do procedimento em outras unidades de saúde após a suspensão", o Hospital Vila Nova Cachoeirinha é o único da cidade de São Paulo que não impunha limite de idade gestacional.

O processo de interrupção da gravidez no Brasil é previsto na Constituição em três casos: caso haja risco de vida para a mulher, em caso de estupro e quando o feto é anencéfalo.

A decisão liminar respondeu a uma ação popular movida pela deputada federal Luciene Cavalcante, pelo deputado estadual Carlos Giannazi e pelo seu irmão, o vereador Celso Giannazi, todos do PSOL.

O juiz também dá a opção do serviço não ser reativado na unidade, com a condição de que a Prefeitura providencie que as novas pacientes e aquelas que tiveram o acesso negado sejam atendidas por outros hospitais. O reagendamento deve ser feito em no máximo dez dias.

Em ambas as opções, a Prefeitura de São Paulo deve se encarregar de procurar a paciente que teve o serviço negado pelo hospital. O juiz dá o prazo de cinco dias para a Prefeitura decidir qual das opções vai acatar.

"O aborto legal constitui, logicamente, um direito, e a criação de obstáculos para sua realização, além de simbolizar retrocesso, representa grave violação aos direitos e à dignidade da mulher", diz trecho da decisão.

Na última semana, o Ministério Público Federal (MPF) solicitou informações sobre interrupção do atendimento hospital em questão. O órgão questionou o porquê de a unidade de saúde não oferecer o serviço desde dezembro, sendo que é especializado no atendimento de mulheres com mais de 22 semanas de gravidez.

Na ocasião, MPF também pediu informações aos hospitais municipais do Tatuapé, do Campo Limpo, do Jardim Sarah e Tide Setúbal, para averiguar se a oferta do procedimento está regular, independentemente da idade gestacional, conforme prevê a legislação.

Se não respeitar a decisão do TJ-SP, a administração municipal terá que pagar multa diária de R$ 50 mil. A prefeitura não respondeu se acatará a decisão, nem quais das opções propostas pelo juiz vai seguir, caso acate.

O que diz a Prefeitura

"O serviço de aborto legal segue disponível às gestantes no município de São Paulo, independentemente do período gestacional, conforme estabelece a legislação em quatro hospitais: Hospital Municipal Dr. Cármino Caricchio (Tatuapé), Hospital Municipal Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha (Campo Limpo), Hospital Municipal Tide Setúbal e Hospital Municipal e Maternidade Prof. Mário Degni (Jardim Sarah). Lembrando que o procedimento também é feito em hospitais estaduais. A reorganização do Hospital Municipal e Maternidade da Vila Nova Cachoeirinha tem como objetivo realizar no local mutirões de cirurgia, como de endometriose e histerectomia, e outros procedimentos envolvendo a saúde da mulher a fim de atender à demanda necessária."

Um bebê prematuro se contorce em uma incubadora de vidro na enfermaria neonatal do Hospital al-Aqsa, no centro da Faixa de Gaza. Ele chora quando linhas intravenosas são conectadas ao seu minúsculo corpo. Um ventilador o ajuda a respirar enquanto um cateter administra medicamentos e monitores mostram seus frágeis sinais vitais.

A sua vida depende do fluxo constante de eletricidade, que corre o risco de acabar iminentemente, a menos que o hospital consiga obter mais combustível para os seus geradores. Uma vez que os geradores param, o diretor do hospital, Iyad Abu Zahar, teme que os bebês da enfermaria, incapazes de respirar por conta própria, morram. "A responsabilidade sob nós é enorme", disse.

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Médicos que tratam bebês prematuros em Gaza sofrem com medos parecidos. Pelo menos 130 prematuros estão sob "risco grave" nas seis unidades neonatal, disseram trabalhadores humanitários. A perigosa escassez de combustível é causada pelo bloqueio de Israel a Gaza, que começou - juntamente com ataques aéreos - depois de os terroristas do Hamas atacarem cidades israelitas no dia 7 de outubro.

Pelo menos 50 mil mulheres grávidas em Gaza estão sem acesso a serviços de saúde essenciais, e cerca 5,5 mil devem dar à luz no próximo mês, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Sete dos quase 30 hospitais foram forçados a parar devido a danos causados pelos ataques israelenses e à falta de energia, água e outros suprimentos. Os médicos dos demais hospitais disseram que estão no limite. A agência da ONU para refugiados palestinos disse no domingo (22) que tem combustível suficiente para três dias para atender às necessidades críticas.

"O mundo não pode simplesmente olhar enquanto esses bebês são mortos pelo cerco a Gaza... A omissão de ação equivale a condenar estes bebês à morte", disse Melanie Ward, diretora-executiva do grupo de ajuda Assistência Médica aos Palestinos.

Nenhum dos 20 caminhões que entraram em Gaza no sábado, 21, o primeiro desde o cerco imposto por Israel, continha combustível, em meio aos temores israelenses de que o caminhão acabe nas mãos do Hamas. Fornecimentos limitados de combustível dentro de Gaza estavam sendo enviados para geradores hospitalares. Mas eventualmente o combustível acabará se não for permitida a entrada de mais pessoas.

Tarik Jašarevic, um porta-voz da OMS, disse que 40 mil galões de gasolina são necessários para oferecer serviços básicos nos cinco principais hospitais de Gaza.

Abu Zahar se preocupa com quanto tempo suas instalações poderão resistir. "Se o gerador parar, o que esperamos que ocorra nas próximas horas devido às fortes demandas dos diversos departamentos do hospital, as incubadoras da unidade de terapia intensiva ficarão em situação muito crítica", disse.

Guillemette Thomas, coordenadora médica dos Médicos Sem Fronteiras nos territórios palestinos, disse que alguns dos bebês podem morrer dentro de horas, e outros em alguns dias, se não receberem os cuidados especiais e os medicamentos de que necessitam urgentemente.

"É certo que estes bebês estão em perigo", disse. "É uma verdadeira emergência cuidar deles, assim como é uma emergência cuidar da população de Gaza que sofre com estes bombardeios nas últimas duas semanas."

Nesma al-Haj trouxe a sua filha recém-nascida de Nuseirat para um dos hospitais. A menina nasceu há três dias, mas logo desenvolveu complicações. "O hospital carece de suprimentos", disse ela, falando de al-Aqsa. "Temos medo de que, se a situação piorar, não sobrará nenhum medicamento para tratar os nossos filhos."

Os problemas são agravados pela água contaminada que muitos foram forçados a usar desde que Israel cortou o abastecimento de água. Abu Zahar diz que as mães estão misturando fórmulas infantis com água contaminada para alimentar seus bebês, o que contribui para o aumento de casos críticos na enfermaria.

No Hospital Al-Awda, uma instalação privada no norte de Jabalia, nascem quase 50 bebês quase todos os dias, disse o diretor do hospital, Ahmed Muhanna. O hospital recebeu ordem de esvaziamento dos militares israelenses, mas continuou funcionando.

"A situação é trágica em todos os sentidos da palavra", disse ele. "Registramos um grande déficit em medicamentos de emergência e anestésicos", bem como em outros suprimentos médicos.

Para racionar os suprimentos cada vez mais escassos, Muhanna disse que todas as operações programadas foram interrompidas e que o hospital dedicou todos os seus recursos a emergências e partos. Casos neonatais complexos são enviados para Al-Aqsa.

Al-Awda tem combustível suficiente para durar no máximo quatro dias, disse Muhanna. "Apelamos a muitas instituições internacionais, à Organização Mundial de Saúde, para que abasteçam os hospitais com combustível, mas sem sucesso até agora", disse ele.

Guillemette Thomas disse que as mulheres já deram à luz em escolas geridas pela ONU, onde dezenas de milhares de pessoas deslocadas procuraram abrigo. "Essas mulheres estão em perigo e os bebês estão em perigo neste momento", disse ela. "Essa é uma situação realmente crítica." Fonte: Associated Press.

Diante de inúmeras e recorrentes denúncias sobre problemas no Hospital da Restauração e no Getúlio Vargas, unidades de saúde que são referências em Pernambuco, uma audiência pública será realizada nesta quarta-feira (26), na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe). A sessão ocorre às 10h, no auditório Sérgio Guerra.

A proposta partiu do deputado estadual Gilmar Júnior (PV), que é enfermeiro e vinha recebendo inúmeras denúncias de profissionais da categoria e da população: “Acho importante ouvir quem trabalha nesses prédios, quem faz uso frequente das instalações: os profissionais de saúde. Também acho de extrema necessidade estender essa discussão para toda a sociedade, que faz uso do serviço público de saúde”. 

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Além de membro da Comissão de Saúde e Assistência Social, o parlamentar preside a Comissão Especial em Defesa dos Profissionais de Enfermagem. A audiência, que será promovida, de forma conjunta, pelos dois colegiados, contará com a presença dos diretores dos hospitais, lideranças e especialistas da área da saúde, parlamentares, representante da gestão estadual e a população em geral.

*Da assessoria 

Mais um indicador de preços veio a corroborar em junho o processo de desinflação em curso no País. Desta vez, foi o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H) que, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e a plataforma Bionexo, fechou o mês passado com uma queda de 0,99%.

Essa queda dos medicamentos supera a deflação de 0,08% medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mesmo período. Trata-se de uma baixa menor do que a de 1,37% apurada em maio pelo IPM-H, mas ainda assim em linha com a redução da inflação plena do País.

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As análises feitas sobre horizontes de prazos maiores também mostram os preços dos medicamentos destinados aos hospitais caindo a uma velocidade maior do que a da inflação oficial plena do Brasil. Só nos primeiros seis meses do ano, o IPM-H acumula uma queda de 4,03% enquanto o IPCA, no acumulado de 12 meses encerrados em junho, acumula ainda uma alta de 3,16%, o que já se situa abaixo do centro da meta, de 3,25% ao ano.

Na comparação mensal com o IGP-M, no entanto, os preços dos medicamentos caíram menos que a inflação do atacado, que em junho fechou negativa em 1,93%. Também contribuiu para a queda dos remédios vendidos aos hospitais a valorização cambial de 2,63%. Dado que boa parte dos insumos utilizados na fabricação dos medicamentos é importada, a queda do dólar frente ao real é positiva para a constituição do IPM-H.

"Os últimos resultados do IPM-H revelaram novo recuo nos preços dos medicamentos para os hospitais, abrangendo a maioria dos grupos terapêuticos que compõem o índice. A queda contribuiu para a variação negativa do índice no ano e nos últimos 12 meses. É consistente com o comportamento de outros preços da economia, principalmente no atacado, onde passam por deflação relevante", detalhou o coordenador de Pesquisas da Fipe, Bruno Oliva.

Ainda de acordo com Oliva, um conjunto de fatores pode estar contribuindo com esse fenômeno, entre eles a apreciação da moeda brasileira e queda nos preços de combustíveis.

Os resultados revelam que a queda mensal nos preços foi compartilhada pela maioria dos grupos terapêuticos: sistema nervoso (-3,70%); sistema musculoesquelético (-1,88%); preparados hormonais (-1,58%); aparelho geniturinário (-1,25%); sangue e órgãos hematopoiéticos (-1,25%); agentes antineoplásicos (-1,15%); aparelho respiratório (-0,99%); imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (-0,71%).

Em contrapartida, houve aumento nos preços dos medicamentos dos grupos de aparelho digestivo e metabolismo (1,37%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (0,64%); órgãos sensitivos (0,33%); e aparelho cardiovascular (0,23%).

Nos últimos 12 meses encerrados em junho, o IPM-H passou a acumular uma queda nominal de 7,90%. Nesta base, as variações mais expressivas foram as quedas dos medicamentos para tratamento do sistema nervoso (-22,18%); sangue e órgãos hematopoiéticos (-6,44%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-4,16%); sistema musculoesquelético (-4,06%); aparelho cardiovascular (-3,79%); e agentes antineoplásicos (-2,59%).

Milhares de médicos de hospitais ingleses iniciaram nesta quinta-feira (13) uma greve de cinco dias, uma paralisação das atividades de duração inédita, para reivindicar aumento salarial em meio à crise do custo de vida.

Os médicos auxiliares, estatuto similar ao do médico residente interno, iniciaram a greve às 7h locais (3h em Brasília) e voltarão a trabalhar apenas na terça-feira (18), no mesmo horário.

Já os médicos mais qualificados, com "status" de "consultores", apresentaram aviso de greve para 20 e 21 de julho.

Esta é a greve contínua mais longa dos médicos nos 75 anos de história da Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês), de acordo com o sindicato British Medical Association (BMA).

A paralisação acontece no momento em que o governo deve votar uma medida sobre o aumento salarial do setor público, enquanto a inflação permanece em 8,7%, a mais elevada entre os países do G7.

No Reino Unido, os auxiliares representam quase metade de todos os médicos dos hospitais. O estatuto inclui nessa categoria desde jovens médicos recém-formaos até outros com mais de oito anos de experiência. Nos últimos meses, eles aumentaram suas mobilizações.

Arjan Sing, um médico de 27 anos, sentou-se em um piquete do lado de fora do University College Hospital, em Londres.

"O NHS funciona, graças à boa vontade (dos funcionários), e esta é a última chance de mudar isso", disse.

Alguns de seus colegas cogitam a mudança para países que "se preocupam com os seus médicos", acrescentou.

"Acho que algo deve mudar, mas temo que as pessoas, ou o governo, não escutem, e que vejamos uma erosão gradual do NHS que todo mundo ama", disse sua colega Rebecca Lissman, 29 anos.

Os médicos denunciam que, nos últimos 15 anos, a categoria sofreu uma perda salarial de 26% em termos reais, já que os salários não acompanharam o ritmo da inflação.

- Salários em discussão -

Eles querem recuperar os níveis salariais de 2008-2009, mas o governo alega que isso implicaria um aumento salarial médio de 35% este ano e que é muito caro.

"Podemos cancelar esta greve se o governo britânico seguir o exemplo do governo escocês, que fez uma nova oferta que levou à suspensão do movimento", afirmaram Robert Laurenson e Vivek Trived, diretores da BMA.

Quando a greve foi anunciada no final de junho, um porta-voz do Ministério da Saúde considerou esta nova mobilização "extremamente decepcionante" e destacou que "os cinco dias de greve provocariam transtornos significativos para os pacientes e colocariam outras categorias de funcionários do NHS sob pressão".

O governo conservador do primeiro-ministro Rishi Sunak se declarou disposto a "continuar as discussões", caso a greve fosse cancelada e se os manifestantes abandonassem as "exigências salariais insensatas".

O NHS atravessa uma profunda crise, fragilizado pelas políticas de austeridade e pelas consequências da pandemia da covid-19.

De acordo com dados da BMA, em abril havia 7,42 milhões de pessoas à espera de tratamento na Inglaterra, com pouco mais de 3 milhões de pacientes esperando há mais de 18 meses.

A Universidade Guarulhos (UNG) doou 73 computadores novos para o Hospital Stella Maris, referência em Cardiologia no município e no Alto Tietê. Os equipamentos contribuirão para a informatização dos processos administrativos, com o objetivo de maior agilidade e qualidade na prestação de serviços aos pacientes.

A doação faz parte de convênio entre as instituições. A coordenadora da Área de Estágios da UNG, Ana Teles, destaca a importância da parceria: “Doamos computadores de excelente qualidade, reforçando nosso compromisso com a responsabilidade social. Todos acabam ganhando com o convênio, já que o hospital é um grande parceiro na oferta de vagas de estágio para nossos alunos dos cursos de Saúde", afirma.

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O executivo de operações do hospital, Márcio Assis agradece e diz que as máquinas vão ajudar na melhoria do serviço. “A parceria com a UNG é de extrema relevância e, sem dúvida, os equipamentos vão contribuir para a assistência do hospital, possibilitando aos profissionais acesso às melhores tecnologias”, conta.

Além de computadores, a UNG já realizou outras doações para hospitais de Guarulhos e Itaquaquecetuba, como o monitor fetal cardiotocógrafo, detector fetal portátil digital, Smart TV LG 43 polegadas e doppler venoso.

Milhares de médicos iniciaram uma greve de três dias em hospitais britânicos nesta segunda-feira (13) para exigir aumentos salariais, no início de uma semana de greves.

Nos últimos meses, as greves afetaram vários setores no Reino Unido, onde a inflação supera os 10%.

Trabalhadores ferroviários, enfermeiros, policiais de fronteira, professores e outros profissionais entraram em greve para exigir aumentos salariais devido à alta dos preços dos alimentos e da energia.

O governo começou a negociar com enfermeiros, ferroviários e outros trabalhadores. No entanto, a quarta-feira, dia em que o governo apresenta seu orçamento, pode ser um dos maiores dias de greve em anos.

Os médicos protestam nesta segunda-feira e membros do sindicato da Associação Médica Britânica (BMA) se manifestaram em frente aos hospitais.

Segundo o BMA, os médicos perderam 26% de seu salário desde 2008, quando foi imposta a austeridade ao serviço de saúde.

O sindicato lançou uma campanha alegando que os garçons ganham mais do que os médicos recém-formados. Estes últimos cobram cerca de 14 libras (15,8 euros) a hora, segundo a BMA.

"Achei que me tornar médica me tornaria financeiramente independente, mas não sou", disse Becky Bates, recém-formada em medicina na região central da Inglaterra.

"Com empréstimos para pagar as mensalidades e empréstimos pessoais, saí da faculdade de medicina com mais de 100.000 libras em dívidas. Agora não posso nem consertar meu carro se algo der errado com meu salário", lamenta.

O Serviço Nacional de Saúde (NHS) está imerso em uma profunda crise devido às políticas de austeridade e às consequências da pandemia e em 6 de fevereiro viveu a maior greve desde a sua criação em 1948.

O Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H) registrou avanço de 1,95% em 2022, abaixo da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período, de 5,79%. A informação foi apurada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a Bionexo, healthtech de soluções digitais para gestão em saúde. Os dados foram obtidos em primeira mão pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O resultado foi menor do que o registrado em 2021, quando houve crescimento de 5,96%, e também menor que as altas de 2020 (14,36%), 2019 (3,97%), 2018 (4,97%), 2017 (3,94%), 2016 (4,97%) e 2015 (4,74%).

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"Após 2 anos de elevação recorde dos preços, 2020 e 2021 foram os anos de maior aumento na série histórica, 2022 fechou com a menor variação (1,95%). Esse resultado pode ser explicado, em boa medida, por dois fatores principais: acomodação dos preços após o choque de demanda gerado pela pandemia e redução de custos logísticos resultante da redução do ICMS sobre combustíveis", afirma o economista da Fipe Bruno Oliva.

Os grupos de medicamento com maior contribuição para a desaceleração do IPM-H em 2022 foram órgãos sensitivos (-0,67%); sistema musculoesquelético (-1,01%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-5,31%); aparelho cardiovascular (-7,88%), sistema nervoso (-10,55%); e aparelho digestivo e metabolismo (-20,15%).

Por outro lado, ao longo do ano, registraram alta nos preços aos hospitais os grupos aparelho geniturinário (24,90%); aparelho respiratório (21,40%); sangue e órgãos hematopoiéticos (20,17%); agentes antineoplásicos (6,20%); e imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (2,33%).

Dezembro

O IPM-H desacelerou a 0,12% em dezembro na margem, inferior à variação de novembro, de 1,72%. O resultado foi influenciado pela acomodação dos preços depois de 2020 e 2021, quando foram registradas, respectivamente, a maior e a segunda maior variação anual acumulada da série histórica do IPM-H, principalmente devido à pandemia.

Houve recuo nos preços dos grupos aparelho geniturinário (-6,04%); sistema nervoso (-3,11%); aparelho digestivo e metabolismo (-2,42%); órgãos sensitivos (-2,34%); aparelho cardiovascular (-1,21%); imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (-0,84%); sistema musculoesquelético (-0,63%); e sangue e órgãos hematopoiéticos (-0,47%).

Em contrapartida, quatro grupos registraram altas: aparelho respiratório (2,0%); preparados hormonais (1,95%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (1,67%); e agentes antineoplásicos (1,49%).

A brasileira Debora Zilz teve sorte e, depois de passar uma noite na emergência, conseguiu internar seu pequeno Andreas, com grave complicação respiratória, no hospital St. Joseph de Berlim, sobrecarregado pela epidemia de bronquiolite que afeta vários países europeus.

"Quando cheguei ao pronto-socorro, há dois dias, não havia mais espaço", conta Zilz, de 33 anos.

A equipe "ligou para todos os hospitais de Berlim e Brandemburgo", o estado vizinho, em busca de um leito para seu bebê de 13 dias de vida.

"No final, após passar uma noite na emergência, conseguimos", suspira. Seu filho, internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), perdeu peso e agora tem 3,1 quilos, o que pesava quando nasceu.

O menino sofre de bronquiolite, uma infecção no peito que afeta especialmente a primeira infância e que atinge em cheio a Alemanha.

Passados dois anos da pandemia do coronavírus, em que o uso generalizado de máscaras protegeu os mais novos da exposição a vírus respiratórios, vários países europeus vivem agora um ressurgimento desta doença.

A situação em 2022 é especialmente ruim entre recém-nascidos e crianças expostas pela primeira vez ao vírus sincicial respiratório (VSR), que geralmente causa a bronquiolite.

A equipe pediátrica do Hospital St. Joseph em Berlim faz o que pode com uma equipe mais reduzida do que nunca. "Estamos com água até o pescoço", disse à AFP Beatrix Schmidt, chefe do departamento de pediatria e neonatologia do hospital.

"Um número impressionante de crianças doentes, trabalhadores infectados e, ao mesmo tempo, uma escassez crônica de pessoal" são a tempestade perfeita para se afogar, explica.

- 'As crianças pagam o preço' -

De acordo com dados do instituto de saúde Robert Koch, 9,5 milhões de pessoas na Alemanha sofriam algum tipo de doença respiratória na semana passada, em todas as faixas etárias, em um país de 84 milhões de habitantes.

Esse número é muito maior do que o do mesmo período em 2021 e maior que o pico da epidemia de gripe de 2017-2018.

Schmidt acredita que muitos problemas decorrem da política de redução de gastos.

"Por muitos anos economizamos em nosso sistema de saúde. As crianças são as primeiras a pagar o preço", diz a médica.

Hoje a Alemanha conta com 18.000 leitos hospitalares para crianças, contra 25.000 de 1995, segundo a agência federal de estatísticas.

Com uma população envelhecida e menos crianças que muitos de sus vizinhos europeus, o país investiu pouco em atendimento pediátrico, segundo Schmidt.

Os menores "não votam e não se ganha dinheiro tratando crianças", afirma.

As sucessivas reformas do sistema de saúde, com o objetivo de reduzir gastos, foram particularmente prejudiciais para a pediatria e as carreiras médicas lutam para atrair novos profissionais, dizem os críticos.

Somado a isso, afirma a médica, os salários dos profissionais de saúde muitas vezes deixam a desejar em um país de alta renda como a Alemanha.

Em outubro, os preços dos medicamentos vendidos aos hospitais no Brasil recuaram 0,61%. É o que mostra o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), indicador desenvolvido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a Bionexo - healthtech líder em soluções digitais para gestão em saúde.

Trata-se da quarta queda consecutiva dos preços dos medicamentos. Em julho haviam caído -0,74%; em agosto, 2,05%; em setembro caíram 2,48% e em outubro voltaram a ceder 0,61%.

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No acumulado do ano até outubro o IPM-H mostra uma ligeira alta de 0,11%. Nos últimos 12 meses os preços dos medicamentos acumulam alta de 0,1%.

A variação mensal do índice foi também inferior à alta do IPCA de outubro, que subiu 0,49%, embora tenha superado a queda de 0,77% do IGP-M. O IPM-H também fechou outubro abaixo da variação cambial, uma alta de 0,25%.

A queda dos preços dos remédios no mês passado, segundo a Fipe e a Bionexo, é atribuída ao recuo dos preços de grupos com peso relevante na cesta de IPM-H, como de anti-infecciosos gerais para uso dos sistemas nervoso, sanguíneo e órgãos hematopoiéticos.

"O IPM-H apresentou queda pelo quarto mês consecutivo, acumulando recuo de 5,8% nesse período. Como resultado, os preços aumentaram apenas 0,1% nos últimos 12 meses. Esse movimento recente foi influenciado pela redução de impostos sobre combustíveis, mas a alteração do imposto não deve impactar a dinâmica do IPM-H nos próximos meses", afirma Bruno Oliva, economista da Fipe.

Miguel assume compromisso com maternidade para Serra Talhada   Das oito maternidades propostas para os próximos quatro anos por Miguel Coelho, uma delas será em Serra Talhada. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (21) pelo candidato ao governo do estado. No total, oito maternidades, cinco hospitais e 12 centros de diagnósticos fazem parte do Plano de Governo de Miguel para descentralizar e interiorizar os serviços de saúde, evitando a transferência de pacientes e gestantes para outras cidades. Além disso, Miguel pretende concluir as obras do hospital de Serra Talhada. 

“O Hospital Regional de Serra Talhada foi prometido para 2020 e até agora não foi concluído. Essa é uma obra prioritária, que a gente tem que concluir e ampliar, para atender não só o Sertão do Pajeú, mas todas as cidades próximas. Também temos o compromisso de construir em Serra Talhada uma maternidade de médio e alto risco para atender mães e crianças com acolhimento humanizado. Fiz isso em Petrolina com a construção da Casa de Parto, e o Centro de Referência em Saúde da Mulher, além de ter concluído o Hospital do Câncer, que atende 27 cidades do Sertão de Pernambuco”, explicou Miguel em entrevista à Rádio Cultura de Serra Talhada. 

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O candidato também falou sobre a falta de água que atinge diversas regiões do estado e firmou o compromisso de implementar um programa de cisternas para as áreas não atendidas pela Compesa de forma imediata. Segundo Miguel, 30 mil cisternas serão instaladas por ano. 

 “O maior culpado pela falta d’água e a sede do povo de Pernambuco chama-se Compesa, chama-se PSB, que já se arrasta há 16 anos e não conseguiu resolver esse problema. Vamos fazer a concessão da Compesa, e o nosso compromisso é acabar com o racionamento e o rodízio nos próximos quatro anos”, afirmou. “Onde a Compesa não puder chegar de forma imediata, vamos retomar o programa de carro-pipa e implementar um programa de cisternas. Vamos instalar 30 mil cisternas por ano e acabar com o déficit no estado, muito concentrado no Sertão e no Agreste.”

*Da assessoria 

O uso de máscaras de proteção contra a Covid-19 deixa de ser obrigatório nas escolas, no transporte público e nas farmácias em Pernambuco a partir da próxima segunda-feira (19). A determinação da Secretaria Estadual de Saúde (SES) se baseou na queda considerável dos indicadores do vírus. 

O decreto que derruba a obrigatoriedade do item de proteção será publicado neste sábado (17). Nas ruas, a realidade aponta que a maior parcela da população já não aderia mais ao uso, inclusive dentro de ambientes fechados. Nesse contexto, a máscara passou a ser vista com mais frequência apenas em ambientes onda a entrada era condicionada ao uso, como hospitais públicos. 

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A liberação proposta pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) se orientou na análise do cenário epidemiológico, atualmente representado pela queda no número de casos graves e mortes pela doença, além do fim do período sazonal de doenças respiratórias. Dessa forma, a máscara só continua obrigatória em hospitais e serviços de saúde. 

Atualmente, a positividade para os casos suspeitos da doença está menor que 1%. O secretário de Saúde, André Longo, destacou a importância da vacinação para a queda dos indicadores da Covid-19 no estado. 

“Aqui em Pernambuco nessa longa jornada de mais de dois anos de pandemia, temos nos guiado pela ciência e contra o negacionismo. Esta medida que anunciamos hoje é fruto, essencialmente, do avanço da vacinação, que tem trazido os indicadores da doença para patamares de controle. Também reforço que, mesmo com essa desobrigação, o uso de máscara ainda é fortemente recomendável para pessoas com sintomas gripais, mesmo que leves, pacientes imunossuprimidos e os idosos que ainda não tomaram todas as quatro doses da vacina”, considerou Longo. 

Aproveitando-se da fragilidade emocional e do momento delicado, é cada vez mais comum criminosos se passarem por médicos ou funcionários de hospitais na tentativa de conseguirem dinheiro de familiares que têm algum parente internado. Recentemente, o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) alertou todos os hospitais privados sobre o conhecido golpe aplicado por estelionatários envolvendo pacientes internados.

"Golpistas têm adentrado o sistema informativo de estabelecimentos de saúde e emitido cobranças às famílias com pacientes internados sobre a necessidade de cirurgias ou compra de medicamentos", afirmou o SindHosp. "Foram emitidos vários comunicados aos estabelecimentos de saúde, sugerindo que todos os hospitais alertem os familiares dos pacientes no ato da internação para que não deem qualquer valor solicitado em nome do hospital. Solicitações financeiras que anônimos façam a familiares devem ser comunicadas à administração do hospital para a tomada de medidas policiais."

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No comunicado intitulado "Golpe na saúde é alerta para proteção de dados", a entidade pede que, entre as ações, os hospitais revejam os processos de segurança interna para prevenir a invasão e o uso indevido de dados.

O presidente do Sindhosp, Francisco Balestrin, afirma que as informações pessoais ficam protegidas porque existem níveis de acesso diferentes a informações do paciente para a administração, enfermagem, equipes de suporte e médicos. No entanto, vazamentos criminosos podem ocorrer. Ele orienta ainda que os serviços de saúde providenciem a divulgação de informativos para colaboradores, pacientes, visitantes e acompanhantes.

Em abril, a entidade já havia sinalizado que a pandemia da covid-19 influenciou a retomada dessa prática ilegal antiga envolvendo o ecossistema da saúde. De forma ilícita, bandidos conseguem descobrir informações sobre o paciente, desde dados médicos até contato de familiares mais próximos que poderiam transferir valores para quitar procedimentos.

"Nem os hospitais nem as clínicas pedem qualquer tipo de complementação para qualquer procedimento, para qualquer medicação. Isso não existe. Imediatamente deve dispensar essa conversa, entrar em contato com a administração do hospital, do laboratório ou clínica, para que possam ser tomadas todas as medidas, não só administrativas, mas, na maioria parte delas, também policiais e legais em relação à busca desses meliantes que tentam se aproveitar desses momentos das pessoas", afirma Balestrin.

Em depoimento ao Estadão, o filho de uma paciente que esteve internada no Hospital Santa Catarina, na Avenida Paulista, na Bela Vista, relata que recebeu uma ligação durante o momento delicado. "Disseram que era da enfermaria e queriam falar com algum parente", disse ele, que preferiu não se identificar.

Imediatamente, ele ligou para o hospital e soube que ninguém de lá havia telefonado. "Ou seja, continua a ação de quadrilhas junto a pacientes de hospitais. É um golpe antigo. Eles se aproveitam do estado emocional dos familiares em um momento muito delicado. O que me assusta é como sabem que minha mãe está lá e qual o número da minha casa", questionou. No momento da internação, ele recebeu um folder com as informações de alerta sobre o golpe telefônico.

Em nota, o Hospital Santa Catarina - Paulista afirma que não faz ligações para o paciente ou familiares. "Como medida de segurança, no momento da internação, todos os pacientes recebem um informativo sobre possíveis golpes relacionados à instituição. Durante toda a estadia do paciente em nossa rede, a comunicação é feita pela equipe assistencial responsável diretamente para o acompanhante ou a pessoa responsável pelo paciente", afirmou.

Nas redes sociais, também há relatos recentes de familiares que receberam ligação de golpistas pedindo dinheiro referente a tratamento de paciente internado em hospital. Nesta quinta-feira, 11, a influencer digital Bic Müller, que está com o pai na UTI, contou ter sido alvo de golpistas. Em resposta, vários usuários do Twitter contaram suas experiências.

Em abril deste ano, Diogo Mussi, irmão de Rodrigo Mussi, que sofreu um acidente de carro, divulgou nas redes sociais uma mensagem que recebeu enquanto o ex-BBB estava internado. "Tentaram se passar por um médico do Hospital das Clínicas. Me pediu R$ 7 mil para que meu irmão tivesse remédios que não possuem no HC. O pior é se passar por um médico do HC, dando informação sobre a gravidade do estado de saúde do Rod. Meu coração quase parou. Já passei tudo para a polícia", publicou ele.

Na ocasião, a assessoria de imprensa do Hospital das Clínicas esclareceu que é um hospital público e que não solicita depósitos para realização de procedimentos ou para aquisição de medicamentos de pacientes em tratamento no complexo."Se qualquer paciente ou familiar receber uma ligação desta natureza, a orientação, que está disponível no site e nos canais telefônicos do complexo, é não fazer o depósito e reportar imediatamente o caso para a Central de Monitoramento e Segurança do HC pelo número (11) 2661-7050. O HCFMUSP informa ainda que, até o momento, não foi identificado nenhum profissional do seu corpo clínico a partir das informações postadas nas redes sociais da família do paciente", informou, em nota.

O que dizem a polícia e o Procon

Com os dados dos pacientes em mãos, os criminosos procuram ligar para o familiar em um momento em que não está com o doente, afirmando que há custo em aberto para a realização de um procedimento que o convênio médico não cobre. Em seguida, pedem depósitos bancários para que o mesmo seja realizado com urgência.

Para evitar que familiares caiam no golpe, hospitais devem disponibilizar informativos na recepção, assim como entregar folhetos aos pacientes e familiares. Até mesmo no telefone, podem conter avisos. Nas alas de internação, profissionais devem requerer a assinatura do responsável em um termo que contenha a informação que o serviço de saúde não requer nenhum tipo de pagamento extra durante a recuperação do paciente.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP) afirma que as forças de segurança paulistas estão empenhadas diuturnamente no combate à todas as modalidades criminosas, incluindo o estelionato - independentemente do meio em que aconteça.

"A Polícia Civil esclarece que é essencial o registro da ocorrência em uma delegacia territorial ou pela Delegacia Eletrônica, para que o crime seja devidamente investigado e os autores punidos", disse, em nota.

A denúncia, no entanto, ainda gera receio na maioria, em razão de ter o familiar internado ou mesmo depender do plano futuramente. Vítimas do golpe procuradas pelo Estadão preferiram não participar da reportagem e disseram ainda ter receio até mesmo de realizar um boletim de ocorrência, ou seja, o número de ocorrências pode ser ainda maior que o registrado oficialmente.

De acordo com Guilherme Farid, diretor executivo do Procon-SP, é importante ainda que os consumidores fiquem muito atentos a qualquer tipo de ligação que não solicitada, principalmente em situações em que se encontram mais vulneráveis. "Todas as tratativas financeiras devem ser feitas presencialmente no hospital. Nada deve ser feito por telefone", afirma ele.

Sobre a prática ilegal, ele reforça que os dados dos consumidores estão disponíveis para venda em ambientes ilícitos da internet. "Por esta razão, o consumidor deve desconfiar de qualquer ligação que receba utilizando seu nome e dados. Geralmente, o criminoso se utiliza disso para dar credibilidade para a ligação", reforçou o especialista.

Conforme Farid, se o familiar foi vítima do golpe, ele pode pedir a devolução dos valores pagos junto ao hospital e ao plano de saúde (se for o caso), principalmente se os criminosos tiverem fornecido informações do paciente que apenas o hospital e a operadora tenham conhecimento como é o caso de dados pessoais e informações sobre a internação do mesmo.

"O hospital e a operadora de plano de saúde têm responsabilidade mesmo que não haja como saber quem foi o responsável pelo vazamento desses dados. O consumidor deve procurar, primeiramente, os fornecedores (hospital e operadora). Se o caso não for resolvido diretamente com as empresas, pode registrar reclamação no Procon. Entendemos que o hospital é responsável solidário por este tipo de problema", afirma Farid. Para reparação de danos morais a questão deve ser levada ao poder judiciário.

Confira algumas dicas preventivas:

- Fique atento ao número que realizou a chamada, se é o mesmo do hospital. Anote-o;

- Anote também a conta bancária beneficiária do correntista falso;

- No dia da internação, procure dar um telefone do familiar menos emocional, que possa perceber rapidamente que se trata de um golpe;

- Entre em contato com a administração do hospital ou tesouraria para ter informações sobre possíveis cobranças, a maioria já informa que não liga para solicitar transferências bancárias;

- O consumidor não deve efetuar o pagamento antes de verificar a veracidade junto ao hospital;

- Além do hospital, também entre em contato com o plano de saúde para saber sobre o procedimento médico;

- Considerado estelionato, se possível, faça um boletim ocorrência para denunciar o crime. Procure a Delegacia de Polícia mais próxima de sua casa ou realize o registro pela Delegacia Eletrônica;

Jamais repasse informações por internet ou telefone sem confirmar se está falando com um canal oficial.

Caso tenha êxito em chegar ao Palácio do Campo das Princesas, o pré-candidato ao governo pernambucano, Miguel Coelho (União), terá atenção prioritária à saúde do estado. Em seu plano parcial de governo, divulgado nesta segunda-feira (13) através do plano de diretrizes macro, o ex-prefeito propôs um investimento bilionário em assistência médica descentralizada.

De acordo com as propostas já definidas, em quatro anos, a gestão de Coelho construirá 12 Centros de Diagnóstico e Atenção Primária, um em cada microrregião de Pernambuco, além de oito maternidades regionais e cinco novos hospitais, todos eles com referência de atendimento às pessoas com deficiência (PCDs). As unidades hospitalares seriam construídas no Sertão (1), Agreste (1), e Grande Recife (3).

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O postulante mencionou, ainda, a reforma nos cinco principais hospitais do estado, todos na região metropolitana: o Hospital da Restauração, o Barão de Lucena, o Otávio de Freitas, o Agamenon Magalhães e o Getúlio Vargas. Outra promessa da pré-campanha foi zerar a fila dos exames e cirurgias, através do "Mutirão da Saúde". A saúde veterinária não ficou de fora do plano: para a assistência à saúde animal, foi proposta a construção de 12 clínicas veterinárias no estado em quatro anos, uma em cada microrregião do estado.

 - - > LeiaJá também: ‘Se eleito, Miguel Coelho promete não aumentar impostos’

Mais propostas

Segurança pública

- R$ 1 bilhão investidos em inteligência e modernização da segurança

- Integrar nove mil guardas municipais às forças de segurança

- Reduzir em 30% o déficit de pessoal das forças policiais

Infraestrutura

- Programa de manutenção das estradas

- Construir o Arco Metropolitano

- Concessão de portos

- Duplicar em 300 quilômetros as estradas mais movimentadas do estado: BR-232, BR-423, BR-104, PE-060 e PE-090

- Estadualizar o metrô do Recife e privatizar o serviço

Renda

- Dobrar o número de beneficiários do "Chapéu de Palha" e transformá-lo no maior programa de renda básica de Pernambuco

- Bolsa de R$ 300

- Benefício cumulativo, ou seja, assegurado mesmo às famílias que já participam de outros programas sociais e um complemento ao Bolsa Família

Educação

- Abertura de 44 mil vagas

O evento

O anúncio das diretrizes do Plano de Governo do pré-candidato Miguel Coelho foi feito na manhã desta segunda-feira (13), em um evento aberto no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Centenas de lideranças partidárias e aliados do ex-prefeito participaram da solenidade, como o ex-ministro Mendonça Filho (MDB), o presidente do Podemos em Pernambuco, Ricardo Teobaldo, e o pai de Miguel, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB).

Conforme anunciado pelo postulante e por sua coordenadora de campanha, a prefeita de Bezerros, Lucielle Laurentino (MDB), a gestão de Coelho será contemplada por quatro eixos, sendo eles o estado inclusivo e sustentável, infraestrutura, ambiente favorável aos negócios; e serviços públicos e políticas públicas de qualidade.

Para coparticipar no plano de governo de Miguel, que será divulgado gradualmente até outubro, o público poderá enviar sugestões através dos sites porpernambuco.com.br e pernambucodetodos.com.br.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou a Nota Técnica 03/2022 para orientar hospitais, clínicas e demais serviços de saúde sobre os procedimentos que devem ser feitos nos casos envolvendo varíola dos macacos (Monkeypox) no país. 

Para o controle de infecções, a agência recomenda que seja mantida uma distância mínima de 1 metro entre os leitos dos pacientes, acomodação em quarto privativo e bem ventilado, isolamento dos infectados até o desaparecimento das crostas das lesões e instalação de barreiras físicas em áreas de triagem de casos suspeitos. 

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É recomendado aos profissionais de saúde o uso de equipamentos de proteção individual, como máscaras, óculos de proteção ou protetor facial. 

A Anvisa informa ainda que não existem saneantes específicos para limpeza de superfícies contaminadas. Dessa forma, devem ser utilizados produtos aprovados pelo órgão para higienização. 

Mais cedo, as secretarias Estadual e Municipal da Saúde de São Paulo confirmaram o primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil. 

A varíola dos macacos é uma doença causada por vírus e transmitida pelo contato próximo/íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, este contato pode se dar por meio de um abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias. A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo doente.

Não há tratamento específico, mas, de forma geral, os quadros clínicos são leves e requerem cuidado e observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.

Com a superlotação da rede hospitalar de Santa Catarina, o governo estadual decretou nesta sexta-feira (3) situação de emergência pelo prazo de 90 dias. A sobrecarga deve-se, principalmente, pela escalada de doenças infecciosas e respiratórias, além de casos de dengue. A portaria foi publicada no Diário Oficial do Estado.

Em 2021, houve sete óbitos por dengue em Santa Catarina. Já em 2022, foram confirmadas 54 mortes em decorrência da doença. A disparada representa um aumento de 200%. Em abril deste ano, 26 municípios catarinenses haviam declarado epidemia, três emitiram alerta de emergência.

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Conforme o texto, durante o intervalo de três meses, o governo vai se preparar para a compra de equipamentos, contratação de pessoal e abertura de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Temendo um colapso em cidades do interior, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) estabeleceu duas portarias. A determinação sugere que os horários de atendimento das unidades da Atenção Básica sejam ampliados.

No auge da crise sanitária no estado, 23 pessoas aguardavam vagas em UTIs nesta sexta-feira, 3, de acordo com informações da gestão estadual. Segundo o governo, nos próximos dias estão previstos: 10 leitos de UTI adulto, 6 de UTI neonatal e mais 8 de cuidados intermediários pediátricos.

A Justiça Federal do Rio, atendendo a um pedido do Conselho Regional e Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), determinou nessa segunda-feira (11) que o ex-policial militar, youtuber e vereador Gabriel Monteiro realize fiscalizações nas unidades de saúde desarmado e acompanhado de apenas um assessor, sob pena de multa do R$ 50 mil para cada evento. A decisão, é do juiz titular da 6ª Vara Federal do Rio de Janeiro, Marcelo Barbi Gonçalves, que atendeu em parte a tutela provisória do Cremerj.

Na decisão o juiz escreveu que o réu se abstenha de divulgar qualquer vídeo feito nas unidades de saúde que mostre, sem a respectiva autorização, a imagem e voz de terceiros nas suas redes sociais ou qualquer outro meio que torne público o conteúdo. Além disso, as imagens e vozes devem estar descaracterizadas, “por meio dos quais as imagens e vozes percam a possibilidade de associação, direta ou indireta, a um indivíduo, sob pena de multa de R$ 50 mil, por vídeo divulgado, e R$ 50, por visualização”.

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O juiz determinou ainda que o vereador apresente, no prazo de cinco dias, o consentimento por escrito e expresso dos médicos que tiveram a exposição de sua imagem e voz nos vídeos que geraram a ação do Cremerj. Gabriel Monteiro deverá entregar à Justiça uma cópia da autorização expressa dos médicos envolvidos indicando a que vídeo ela se refere.

Se não houver manifestação do vereador dentro do prazo de cinco dias, o juiz determinou a “imediata retirada dos vídeos relacionados, contendo a imagem não autorizada dos médicos nas unidades de saúde em que o réu esteve presente”. Gabriel Monteiro também precisa apresentar, em 48 horas, todas as gravações originais feitas nas unidades de Saúde, em sua integralidade e sem quaisquer edições, sob pena de multa diária de R$ 1 mil.

“O livre exercício do mandato não confere ao vereador o direito de empregar expediente artificioso voltado a violar, direitos fundamentais alheios ou a alterar a verdade da informação, com o fim de desqualificar ou imputar fato desonroso à reputação de terceiros”, escreveu o juiz.

O presidente do Cremerj, Clovis Munhoz, disse que, como órgão fiscalizador, a entidade sabe que as vistorias são necessárias e todas elas seguem ritos que devem ser cumpridos. “Nos vídeos divulgados, os médicos e demais funcionários são expostos, sem qualquer direito de defesa, em edições tendenciosas. Os profissionais não têm suas identidades preservadas, impactando não só em sua carreira como em sua vida pessoal, por isso o resultado desta ação é tão importante e nos mostra que estamos no caminho certo”, avaliou.

Os ministérios da Economia e da Saúde autorizaram a contratação emergencial de 1.786 profissionais de saúde para atuar nos hospitais federais no Rio de Janeiro. A portaria foi publicada na edição de hoje (8) do Diário Oficial da União.

Estão previstas as contratações de 326 médicos, 326 enfermeiros, 816 técnicos de enfermagem e 218 profissionais de gestão, manutenção, apoio técnico e diagnóstico.

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Os contratos terão duração de até seis meses, mas podem ser prorrogados por, no máximo, mais 18 meses, “pelo prazo necessário à superação da situação de emergência em saúde pública”.

As internações por covid-19 caíram 84% em São Paulo na comparação com o pico da variante Ômicron, divulgou nesta quarta-feira, 30, o governo do Estado. Em janeiro, os hospitais da rede pública superaram a marca de 13 mil hospitalizados pela doença. Agora, são 1,9 mil pacientes internados, sendo 1,2 mil em enfermaria e 672 em leitos de unidade de terapia intensiva (UTI). Entre os 91 hospitais da rede estadual de assistência, 41 já não possuem mais pacientes com a doença.

"Esses 41 hospitais estão localizados em todas as regiões do Estado, o que comprova que a queda da pandemia ocorre de forma homogênea", disse o governador João Doria (PSDB), que exaltou o papel da vacinação para a consolidação do cenário atual. São Paulo está há oito semanas seguidas com queda nas internações.

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A média móvel de novas hospitalizações diárias foi de 1,5 mil, no final de janeiro, para 196, na última semana. A de casos de covid, por sua vez, caiu de 14,5 mil para 7,3 mil no mesmo período.

Dados do governo do Estado apontam que 85,54% da população total está com esquema incial completo com covid. Foram aplicadas mais de 104 milhões de doses até o momento. O Estado vacinou 77,55% das crianças de 5 a 11 anos com a 1ª dose. Enquanto isso, 40,12% desse público receberam a 2ª aplicação.

Ampliação da 4ª dose da vacina contra covid em São Paulo

A coordenadora do Programa Estadual de Imunização (PEI), Regiane de Paula, confirmou nesta quarta que o governo irá iniciar no próximo dia 5 a aplicação da 4ª dose da vacina no público acima de 60 anos. "Nós tínhamos feito (a vacinação com 4ª dose) primeiramente para os que têm 80 anos ou mais, e a partir do dia 5 será para todos (com mais de 60 anos)", disse.

Dessa vez, segundo ela, não haverá um escalonamento para vacinar a população de 70 anos antes do público de 60 anos, como foi feito em outros estágios da campanha de vacinação. Como requisito, o público-alvo necessita apenas ter tomado a 3ª dose há ao menos quatro meses.

No último domingo, 27, o governador já havia adiantado que a população acima de 60 anos poderia receber a 4ªdose da vacina contra a covid a partir do próximo dia 5 de abril no Estado. A declaração se deu durante as ações do 'Domingão da Vacinação', ação promovida para tentar aumentar a cobertura vacinal no Estado.

O coordenador executivo do Comitê Científico de Combate à Covid-19 do Estado de São Paulo, João Gabbardo, afirmou que o pico de internações pela doença no Estado deve ocorrer em até três semanas. Com avanço da variante Ômicron, a ocupação de leitos deve continuar a piorar nas próximas semanas, com uma situação "mais tranquila" em março, avaliou o coordenador.

"O Comitê Científico trabalha com uma expectativa de que nós ainda vamos piorar por duas semanas, nós vamos aumentar muito o número de casos. O nosso pico de internações e uso de leitos de Unidade de Terapia Intensiva UTI deve ocorrer em três semanas, aí pelo dia 20 de fevereiro vamos começar a reduzir a ocupação desses leitos e em março vamos estar em uma situação mais tranquila", disse Gabbardo, em entrevista à CNN na manhã desta sexta-feira.

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Mesmo com o cenário de aumento de internações, o coordenador descartou a necessidade de adoção de lockdown devido à alta disseminação da doença. Gabbardo justificou que não há risco de "desassistência" afirmando que São Paulo é capaz de aumentar os leitos na medida da necessidade. "Nós não vamos passar de cinco mil leitos para 15 leitos, até porque não seria necessário", disse, ressaltando que a expectativa do governo é que o número de internados fique em torno 6 mil pacientes.

Sobre o aumento na taxa de ocupação dos leitos, que atualmente na Grande São Paulo é de 74,4%, o coordenador justificou que existe um outro perfil de internados no Estado. "O que acontece agora é que as pessoas estão internadas por outras razões, pelas situações clínicas delas, na cardiologia, na neurologia", disse.

"Quarenta por cento da população hoje apresenta teste positivo para covid mesmo sem ter sintomas, e quando chega no hospital, faz o teste e esse pessoa vai ter o teste positivo para covid, então ela tem que ser deslocada para um leito de covid, e vai aparecer como uma interação por covid, porque efetivamente ela está com covid, mas ela não está no hospital pelos sintomas da covid, ela está no hospital por outras razões", justificou.

Vacina

Em incentivo à vacinação, o coordenador censurou aqueles que ainda não completaram o ciclo vacinal. "Quem ainda não tomou a dose de reforço está perdendo tempo, está fazendo uma aposta para ver quem chega primeiro no hospital". Gabbardo também avaliou que a vacinação contra a covid possa ser anual. "É bem provável que as pessoas uma vez por ano tomem uma vacina por covid, assim como a gente toma vacina por influenza", disse. "Talvez não seja necessário em toda a população, talvez seja necessário só nos grupos de maior risco", considerou.

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