No Recife, Marina participa de grande comício

Marina foi a última a falar no comício realizada no centro do Recife nesta segunda (29)

ter, 30/09/2014 - 01:55

As ruas históricas do Cais da Alfândega, no centro do Recife, ficaram tomadas pelo amarelo na noite desta segunda-feira (29), para receber a candidata a presidência da República do PSB, Marina Silva. A socialista participou de um grande comício no local. No palanque, autoridades e políticos do estado, entre eles o governador de Pernambuco, João Lyra Neto; o prefeito do Recife, Geraldo Julio; os candidatos ao governo de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); ao Senado, Fernando Bezerra Coelho (PSB); e o vice de Marina, Beto Albuquerque; além de vários candidatos a deputados estadual e federal. A família do ex-governador Eduardo Campos também esteve presente, Renata Campos, viúva de Eduardo; e os filho Maria Eduarda, João, Pedro, e José Campos.  

Durante o discurso, a candidata socialista relembrou o legado e a história do ex-governador de Pernambuco e ex-presidenciável, Eduardo Campos. Marina também enalteceu a família de Campos. “Eu e Eduardo aprendemos a nos respeitar, nos gostar e confiar um no outro. Só vê a frente do seu tempo aquele que coloca a frente se si a justiça, e o compromisso com a paz e a verdade. A boa árvore deixa a semente pronta para brotar”, disse Marina se referindo a João Campos, filho de Eduardo.

Marina afirmou que se uniu a Campos porque enxergou nele a possibilidade de mudar o Brasil. “Quando aconteceu a tragédia com Eduardo, todo mundo passou a reconhecer o seu trabalho. Agradeço a Deus por ter dado discernimento a mim e ao Eduardo, ele confiou em mim. O que ele viu em mim eu vi nele, que foi a possibilidade de mudar o Brasil preservando as conquistas econômicas de Fernando Henrique e as sociais de Lula. Nós assumimos o compromisso de manter as coisas boas e combater as ruins”, discursou a candidata.

Ela também falou sobre as acusações que vem recebendo dos opositores durante a campanha eleitoral. “A verdade será sempre a verdade, não importa onde ela esteja e quantas vezes ela seja repetida, e uma mentira será sempre uma mentira. Agradeço por não ter no meu palanque políticos como o Maluf e o Renan”, disparou Marina.

A socialista afirmou que se inspira em pessoas como Nelson Mandela, Gandi e Barack Obama, para continuar a vida pública. Ele também comentou sobre a vida religiosa, afirmando que nunca usou o púlpito do altar para fazer política, nem nunca usou o palanque como um espaço religioso, e que aprendeu a respeitar a diversidade. “O melhor discurso é o que se vive. Aprendi a respeitar a diversidade e a diferença. Nunca promovi o preconceito, temos que respeitar as pessoas independente de religião, cor e orientação sexual”, frisou Marina Silva.

A candidata voltou a criticar a polarização entre o PT e o PSDB pontuando que os opositores não possuem programa de governo. “O PT e o PSDB estão no poder há mais de 20 anos e há uma polarização. Dois partidos brigando pelo poder, por isso que não tem programa. Os dois partidos já tiveram sua chance, agora chegou a hora da onça beber água. Chegou a hora de dar uma chance para o Brasil”, avaliou.  

A socialista aproveitou para alfinetar a sua opositora do PT, e candidata a reeleição, Dilma Rousseff. “A presidenta Dilma tem um problema, quando as coisas dão certo foi ela que fez, mas quando dão errado foram os prefeitos, governadores ou crise internacional”, alfinetou.

Marina agradeceu a acolhida do povo pernambucano, recifense e caruaruense. Ele afirmou se sentir acolhida pelo povo do estado e comentou que a agenda cheia até o dia da eleição se deve a falta de tempo no guia da televisão. “Bicho de perna curta tem que correr na frente. A Dilma tem 12 minutos na televisão para falar bem dela e me acusar. Eu e Beto temos apenas 2 minutos para mostrar nossas propostas e nos defender das acusações”, criticou.

Ela também pediu votos para Paulo Câmara e Fernando Bezerra Coelho, ambos do seu partido. “Eleger Paulo e Fernando é uma questão de honra para homenagear Eduardo Campos”, e encerrou o discurso dizendo que “o povo vai construir o novo Brasil”. 

 

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