Movimentos voltam às ruas contra o impeachment nesta terça

Atos acontecem em onze capitais do país. No Recife, a mobilização está agendada para às 15h, com concentração na Praça do Derby

por Giselly Santos ter, 09/08/2016 - 08:35
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo Senado inicia nesta terça a sessão para decidir se a presidente vai a julgamento ou não Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

No dia em que o Senado vota se a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) vai a julgamento ou não, as centrais sindicais, partidos e movimentos que integram a Frente Brasil Popular realizam atos em onze capitais do país. As mobilizações desta terça-feira (9) fazem parte da Jornada Nacional de Mobilização Contra o Golpe e em Defesa da Democracia e os militantes voltam às ruas para pedir “Não ao Golpe”, “Fora Temer” e “Nenhum Direito a Menos”.

No Recife, o ato está agendado para as 15h com concentração na Praça do Derby, área central da cidade. De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras (PT), a intenção é reforçar a resistência para que os senadores vejam que o povo não sairá das ruas. “Vamos à luta contra a agenda de retrocessos e juntos defender a democracia contra o golpe”, assinalou.

Caso o Plenário do Senado aprove a recomendação do relator Antônio Anastasia (PSDB-MG) para que a petista tenha o mandato destituído, a intenção dos movimentos e sindicatos é criar uma greve geral no país. 

“Hoje vamos recomeçar um processo que nos levará a uma greve geral se o golpe continuar. Temos uma tarefa: não deixar o agosto ser tão outono como normalmente na história do país acontece. Eles estão tentando transformar as Olimpíadas no que foi a Copa de 70 para a ditadura. Só tem uma saída para salvarmos a soberania nacional e a democracia brasileira se o povo for para as ruas”, pregou o líder do Movimento Sem Terra (MST) em Pernambuco, Jayme Amorim.

Sob a ótica de Amorim, Dilma deve voltar ao comando da presidência a partir do dia 3 de setembro, quando, segundo ele, será inocentada das acusações de crime de responsabilidade. “Há um sentimento de impedir que o golpe continue”, destacou. 

Além do Recife, cidades como São Luis, no Maranhão; Brasília, no Distrito Federal; Fortaleza, no Ceará e São Paulo também realizam atos nesta terça. 

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