“Não podemos cair na tentação do calote”, diz Paulo Guedes
Em live com representantes de associações comerciais, o ministro afirmou que o pagamento de contas é necessário para a manutenção de serviços
Durante uma live com representantes de associações de comércio de diversos segmentos na tarde deste sábado (4), o ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre medidas do governo para auxílio aos empresários e redução dos impactos da pandemia da covid-19 nos empregos e na economia. Na conversa, que também contou com nove representantes de associações empresariais, Guedes defendeu a manutenção do isolamento social por enquanto, mas também citou possíveis medidas futuras até então não comentadas pelo responsável da pasta da Saúde, o ministro Henrique Mandetta.
“Hoje conversamos com um amigo na Inglaterra que criou um passaporte de imunidade, coloca à nossa disposição 40 milhões de testes por mês”, disse o ministro, afirmando em seguida que as pessoas que obtiverem resultados negativos passariam a poder circular normalmente, mantendo os doentes e pacientes de grupo de risco sob isolamento.
“Nós já estamos nos preparando e pensando lá na frente, temos esse teste em massa que ajuda para quando furar a onda da economia ter esse passaporte. Quem tiver livre continua trabalhando, que são os mais jovens, e os idosos em casa. Lá na frente. Eu repito, estamos em isolamento, como disse o ministro Mandetta”, afirmou Paulo Guedes.
Ao falar da importância de aliar o isolamento social, necessário nesse momento para conter o avanço da doença, com medidas que mantenham a economia ativa e os empregos dos trabalhadores, o ministro da Economia também deu declarações que contrariam algumas medidas tomadas em municípios e Estados para ajudar a população carente, como a suspensão do pagamento de algumas contas.
“Se usamos serviços de luz vamos pagar as contas para não ter descontinuidade. Estamos em período de hibernação, teletrabalho, e-commerce, mas temos que manter respirando e oxigenada a economia brasileira. Não podemos cair na tentação do calote. Podemos renegociar o aluguel, mas não podemos desorganizar as redes de pagamento. (...) Economicamente nós temos que estar de mãos dadas. Se pararmos de pagar luz, daqui a pouco falta luz. Se não pagarmos comunicação, daqui a pouco não tem serviço de comunicação. O máximo que pudermos nos manter de mãos dadas do ponto de vista econômicos nós temos que manter a economia funcionando”, disse Guedes.
A antecipação de feriados para o período de quarentena, sugestão apresentada por um dos representantes de associações comerciais envolvidos no bate-papo com o ministro, foi bem recebida por Paulo Guedes, que reagiu com entusiasmo. “Vamo [sic] trazer os feriados para agora e depois vamos celebrar, vamos gastar dinheiro, sair e celebrar a vida”, disse o ministro. Confira a transmissão:
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