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O incêndio que destruiu uma loja de instrumentos musicais na noite dessa segunda-feira (15), no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, deixou o imóvel do núcleo de associações sem luz. O prédio é da Prefeitura e também acomoda as organizações de marceneiros, serigrafia, lavadeiras e costureiras.

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As chamas se espalharam quando não havia mais pessoas no imóvel e tomaram maiores proporções por volta das 20h30, quando o fogo começou a chamar a atenção dos vizinhos.

Os bombeiros foram acionados por volta das 20h55 para apagar o incêndio. Não houve registro de vítimas no local.

O marceneiro Erivelton Paulino trabalha no imóvel e contou que a loja de instrumentos ficou completamente destruída, mas salas ao lado não foram atingidas.

O imóvel está sem energia elétrica e os profissionais estão impossibilitados de trabalhar na manhã desta terça (15). Erivelton estima que cerca de 200 cooperados foram afetados pelo incêndio.

"É tudo coladinho, porém só atingiu a loja do meu amigo mesmo", lamentou o profissional, que descreveu a situação do comércio de artigos musicais como "perda total".

De acordo com o marceneiro, a Defesa Civil do município chegou por volta das 8h30 para cadastrar os associados. Uma vistoria também foi feita. 

Ele apontou que a visita foi tardia, já que o prédio público não recebe manutenção ou acompanhamento da Prefeitura. A última reforma ocorreu durante a campanha eleitoral de 2019, mas não atendeu às demandas estruturais.

"Nunca houve prioridade não. Houve reforma, mas só de banheiro", criticou.

A Polícia Civil não deu informações sobre a abertura de inquérito para apurar as causas do incêndio.

Resposta da Prefeitura

Em nota, a Defesa Civil do Recife informou que não há risco aos imóveis vizinhos, mas a área vai passar por uma vistoria mais apurada.

Os profissionais afetados serão beneficiados com um auxílio de R$ 1.500 e uma reunião com os cooperados será agendada para oferecer condições para que voltem ao trabalho o quanto antes.

“A área já era objeto de estudos para melhoria de suas condições estruturais. Sob coordenação do Gabinete de Projetos Especiais, uma licitação está em fase final para contratação de projeto para requalificação dos espaços transformando os galpões em um grande centro de qualificação profissional. A licitação está prevista de ser finalizada nesta quinta (17)”, destacou a gestão municipal.

A Associação Brasileira de Ciências (ABC) e a Associação Nacional de Medicina (ANM) divulgaram, neste domingo (12), uma nota conjunta na qual condenam o uso indiscriminado da cloroquina (CQ) e da hidroxicloroquina (HCQ) no tratamento da covid-19, sob a alegação de que ele "não está apoiado em achados científicos robustos". A nota ressalta ainda que efeitos colaterais significativos foram constatados como arritmia cardíaca, toxicidade hepática e problemas de visão.

O presidente Jair Bolsonaro é um dos maiores entusiastas do uso desses medicamentos no tratamento da covid-19. Ele já defendeu a adoção dessa terapia em cadeia nacional, ao mesmo tempo em que condenou as políticas de isolamento social adotadas pelos governos e prefeituras.

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A nota conjunta é assinada pelo presidente da ABC, Luiz Davidovich, e pelo presidente da ANM, Rubens Belfort Mattos Junior. No texto, os dois especialistas lembram que, a partir de algumas constatações in vitro, estão sendo desenvolvidos estudos clínicos com o objetivo de confirmar a eficácia do tratamento desses medicamentos na covid-19, mas que, até agora, nada de conclusivo foi encontrado.

"Alguns desses estudos, testando poucos pacientes, encontram-se publicados até este momento e são, portanto, preliminares", ressalta a nota. "Os resultados desses estudos preliminares são controversos. Alguns estudos sugerem boa eficácia em alguns parâmetros clínicos (nenhum deles indica a melhora de sobrevida) e outros sugerem inclusive risco à saúde dos pacientes com covid-19 que usaram a medicação. Não há, portanto, qualquer evidência comprovada clinicamente do benefício do uso da CQ ou HCQ e há relatos de efeitos colaterais potencialmente significativos."

As academias de medicina e ciências lembram ainda que, além da necessidade de prova científica da eficácia clínica dos medicamentos no tratamento da covid-19, há outras questões importantes que seguem em aberto, como o esquema de tratamento e o período do ciclo da doença em que eles deveriam ser empregados.

"Assim, enquanto não estiverem disponíveis os resultados dos estudos clínicos que estão sendo conduzidos no mundo todo com esses dois medicamentos, testando número adequado de pacientes e de acordo com as melhores práticas científicas, seus usos no tratamento dos portadores da covid-19 devem ser restritos a recomendações de especialistas, com consentimento do paciente ou de sua família e cuidadoso acompanhamento medico", sustenta a nota.

A nota lembra ainda que a experiência científica já demonstrou mais de uma vez que o uso precipitado de um medicamento, baseado apenas em resultados preliminares, "pode trazer consequências graves e irreparáveis para a população", além de afetar negativamente o avanço dos estudos de outros compostos eventualmente mais eficazes.

Durante uma live com representantes de associações de comércio de diversos segmentos na tarde deste sábado (4), o ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre medidas do governo para auxílio aos empresários e redução dos impactos da pandemia da covid-19 nos empregos e na economia. Na conversa, que também contou com nove representantes de associações empresariais, Guedes defendeu a manutenção do isolamento social por enquanto, mas também citou possíveis medidas futuras até então não comentadas pelo responsável da pasta da Saúde, o ministro Henrique Mandetta. 

“Hoje conversamos com um amigo na Inglaterra que criou um passaporte de imunidade, coloca à nossa disposição 40 milhões de testes por mês”, disse o ministro, afirmando em seguida que as pessoas que obtiverem resultados negativos passariam a poder circular normalmente, mantendo os doentes e pacientes de grupo de risco sob isolamento. 

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“Nós já estamos nos preparando e pensando lá na frente, temos esse teste em massa que ajuda para quando furar a onda da economia ter esse passaporte. Quem tiver livre continua trabalhando, que são os mais jovens, e os idosos em casa. Lá na frente. Eu repito, estamos em isolamento, como disse o ministro Mandetta”, afirmou Paulo Guedes. 

Ao falar da importância de aliar o isolamento social, necessário nesse momento para conter o avanço da doença, com medidas que mantenham a economia ativa e os empregos dos trabalhadores, o ministro da Economia também deu declarações que contrariam algumas medidas tomadas em municípios e Estados para ajudar a população carente, como a suspensão do pagamento de algumas contas. 

“Se usamos serviços de luz vamos pagar as contas para não ter descontinuidade. Estamos em período de hibernação, teletrabalho, e-commerce, mas temos que manter respirando e oxigenada a economia brasileira. Não podemos cair na tentação do calote. Podemos renegociar o aluguel, mas não podemos desorganizar as redes de pagamento. (...) Economicamente nós temos que estar de mãos dadas. Se pararmos de pagar luz, daqui a pouco falta luz. Se não pagarmos comunicação, daqui a pouco não tem serviço de comunicação. O máximo que pudermos nos manter de mãos dadas do ponto de vista econômicos nós temos que manter a economia funcionando”, disse Guedes. 

A antecipação de feriados para o período de quarentena, sugestão apresentada por um dos representantes de associações comerciais envolvidos no bate-papo com o ministro, foi bem recebida por Paulo Guedes, que reagiu com entusiasmo. “Vamo [sic] trazer os feriados para agora e depois vamos celebrar, vamos gastar dinheiro, sair e celebrar a vida”, disse o ministro. Confira a transmissão:

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Apesar das novas regras de concessão do auxílio-moradia, associações de magistrados e integrantes do Ministério Público projetam retomar a discussão do tema já no início de 2019, na tentativa de ampliar outra vez o número de beneficiados. Para representantes do setor, a brecha que possibilitaria a mudança foi criada pelo próprio texto que restringiu o pagamento do auxílio apenas a casos de deslocamento, mediante comprovante. Ele foi aprovado pelos conselhos Nacional de Justiça (CNJ) e Nacional do Ministério Público (CNMP) na semana passada.

Um artigo incluído horas antes da votação estabelece que as novas regras terão validade até que seja aprovada uma "resolução conjunta" entre CNJ e CNMP, o que pode flexibilizar os critérios para o pagamento do benefício. "O artigo 6 abre espaço justamente para que seja revisado, com uma discussão mais aprofundada", afirmou o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Fernando Mendes.

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Essa tentativa acontece em meio à insatisfação das associações com as novas regras, que reclamam da forma como o tema tramitou nos conselhos. As resoluções foram votadas pouco menos de um mês após o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubar as liminares de 2014 que garantiam o benefício generalizado, em troca do reajuste de 16,38% para o salário dos ministros do STF - base para o restante do funcionalismo público.

'Vontade'

"O CNJ impôs a sua vontade. Não se tratou de nenhuma negociação. O CNMP, infelizmente, acatou sem nenhuma necessidade. O conselho recebeu o texto e dois minutos depois estava votando", disse José Robalinho, presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Robalinho se refere ao fato de o CNMP ter aprovado resolução igual a do CNJ, segundo ele, sem espaço para uma reflexão.

Para as associações, as regras deveriam prever, por exemplo, o pagamento do benefício quando o magistrado mora em localidades de difícil acesso ou que sejam onerosas. Se enquadrariam nesses casos - previstos na lei que regulamenta o Ministério Público - locais de fronteira, como a Região Norte do País. "Acabou não sendo objeto de discussão naquele momento. Mas nessa possibilidade de revisão, se está na legislação do MP (os outros casos de recebimento), também tem de se aplicar à magistratura", disse Mendes.

Ele admite que haverá resistência a novo debate, mas diz que as discussões devem ser feitas de forma transparente. "Não é que o juiz está querendo simplesmente restabelecer o auxílio-moradia, é que o auxílio existe em outras situações. Por que o servidor tem direito e o juiz não?" As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Associações de categorias ligadas ao Poder Judiciário discutem formas para recuperar, ao menos em parte, perdas que teriam sido provocadas pelo fim do auxílio-moradia e cogitam a criação de um benefício adicional, com a justificativa de compensar a redução de valores nos vencimentos dos servidores. Caso avance, a sugestão deve ser levada ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Os órgãos serão responsáveis por regulamentar casos em que o auxílio-moradia será permitido, após o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, revogar na semana passada liminares de 2014 que garantiram o pagamento do benefício sem restrições.

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A decisão de Fux fez parte de um acordo com o presidente Michel Temer, que sancionou reajuste de 16,38% para o salário dos ministros do STF - base para o restante do funcionalismo público. Associações de classe, porém, reclamam que a revisão é insuficiente para recompor a perda nos vencimentos com o fim do auxílio-moradia, que não sofre descontos por ser verba indenizatória. Já sobre o valor a mais no salário, incidem tributos.

"O que nós podemos ter, como uma regra de transição pelo menos, é algum tipo de pagamento de auxílio que complementasse as despesas, para pelo menos manter a irredutibilidade dos valores", disse ao Estado o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Fernando Mendes. Segundo ele, a proposta ainda não está fechada.

Outra sugestão em fase de debate é de replicar regras do pagamento de auxílio-moradia previstas no Estatuto dos Servidores Públicos Federais. Instituído em 1990, o estatuto define o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O debate é feito num contexto em que as categorias se dizem vítimas de um tratamento desigual, tanto em direitos como da opinião pública, em relação a outros servidores contemplados com auxílio-moradia. "Ainda não se tem nada de concreto, mas certamente essa é uma das hipóteses que tem de ser avaliada. Porque não faz sentido também que o servidor da Justiça tenha direito maior que o próprio juiz. Isso aconteceu até 2014", afirmou Mendes.

Presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), José Robalinho Cavalcanti disse que a solução ideal é aquela que uniformize as carreiras da magistratura e do Ministério Público. "O Estatuto dos Servidores tem alguns valores de auxílio-moradia menores do que é pago para juízes. Já que a questão é impacto econômico, se for uma discussão de colocar um valor mais baixo, a gente pode fazer."

No caso do MP, porém, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, recorreu para que a decisão de Fux não seja aplicada aos procuradores e promotores.

Segundo apurou o Estado, o CNJ já deu início ao processo para cumprir a decisão de Fux de regulamentar o pagamento do benefício. Enquanto isso, no CNMP ainda não houve avanço. Mesmo assim, as associações têm procurados conselheiros do CNMP para discutir a questão.

Nesta segunda e terça, dias 3 e 4, o presidente do STF, Dias Toffoli, e alguns conselheiros do CNJ estarão reunidos na 12.ª edição do Encontro Nacional do Poder Judiciário, em Foz do Iguaçu (PR), evento visto como oportunidade para as associações abrirem diálogo com membros do conselho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Associações que representam produtores de carne e hospitais alegaram nesta quinta-feira (24) que os caminhoneiros, parados há quatro dias por rodovias de mais de 20 estados do país, estão descumprindo o acordo que prevê a circulação de caminhões que transportam produtos perecíveis, carga viva, medicamentos e oxigênio hospitalar.

Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informa recebeu relatos de que cargas vivas estão sem alimentação há mais de 50 horas. A ABPA também relata que vários caminhões de ração estão paradas, sendo que a situação nas granjas produtoras é "gravíssima", com falta de insumos e risco iminente de fome para os animais.

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"A cadeia produtiva da avicultura e da suinocultura do país iniciou esta quinta-feira com 120 plantas frigoríficas paradas – produtoras de carne de frango, perus, suínos e outros. Mais de 175 mil trabalhadores estão com atividades suspensas em todo o país", informa a nota da entidade.

A ABPA destaca que os prejuízos ao sistema produtivo são graves e demandarão semanas até que se restabeleça o ritmo normal em algumas unidades produtoras. "A ABPA, portanto, apela ao movimento dos caminhoneiros pelo cumprimento da promessa com a liberação do transporte de animais e rações em todos os bloqueios, além da retirada mínima de produtos nas fábricas para a retomada da produção. Os protestos são justos, mas é preciso bom senso e evitar a perpetuação desta situação aos animais", informa a entidade.

Medicamentos e insumos hospitalares

Já a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) enviou um comunicado às lideranças grevistas dos caminhoneiros solicitando a liberação de cargas de gases medicinais (como oxigênio, por exemplo), medicamentos e outros insumos hospitalares.

A entidade ressalta que os hospitais associados e parceiros comerciais do segmento começam a detectar queda substancial dos estoques e uma iminente falta de insumos nas instituições de saúde, que pode ameaçar o bem-estar e a vida dos pacientes atendidos.

Ao fim da nota, a entidade também reconhece as reivindicações dos caminhoneiros, mas chamam a atenção para o direito à vida e à saúde: "Reconhecemos o direito de greve garantido pela Constituição Federal, porém entendemos que o direito à saúde e à vida, assim como o dever das instituições hospitalares de prestarem atendimento deve prevalecer."

A Anahp representa 104 hospitais privados espalhados em todos os estados brasileiros e duas empresas de homecare.

Hoje pela manhã, o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, garantiu, em Brasília, que os caminhoneiros não estão proibindo a passagem de veículos que transportam itens essenciais como remédios, cargas vivas, produtos perecíveis ou oxigênio para hospital. De acordo com Fonseca, ônibus com passageiros e ambulâncias também estão podendo passar pelos bloqueios.

A crise das empreiteiras brasileiras tem afetado em cheio as associações que representam o setor de construção. Sem obras, com o caixa debilitado e atoladas em dívidas, não tem sobrado nem para pagar as contribuições que bancam as entidades de classe. Na Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro (Aeerj), o número de associadas caiu pela metade entre o segundo semestre de 2015 e janeiro deste ano. "Antes tínhamos 220 empresa adimplentes e hoje só 100", afirma o presidente da associação Luiz Fernando Santos Reis.

Na Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apeop), o cenário também não tem sido fácil. A inadimplência, que antes variava entre 5% e 10%, hoje está em 20%. Além disso, a associação não reajusta a mensalidade há dois anos, afirma o presidente da Apeop, Luciano Amadio. "Quando a situação aperta, eles cortam isso." A associação também teve de reduzir a estrutura para adequar ao novo nível de receitas.

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Amadio afirma que o setor vive a pior crise de sua história e que a recuperação vai levar, pelo menos, dez anos. Santos Reis concorda e diz nunca ter vivido uma crise tão violenta como a atual. Ele conta que dados do sindicato dos trabalhadores da construção do Rio de Janeiro mostram que o número de trabalhadores sindicalizados caiu de 40 mil em dezembro de 2015 para 2 mil funcionários em janeiro deste ano. "É uma situação muito grave." Para um especialista em infraestrutura, que prefere não se identificar, a situação pode piorar com a quebra de muitas outras empresas do setor.

Com a prisão temporária de cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ), nessa quarta-feira (29) a Associação Nacional dos Ministros e Conselheiros-Substitutos dos Tribunais de Contas (Audicon) avalia adotar medidas judiciais para garantir a atuação dos conselheiros substitutos na corte de contas fluminense.

Cada tribunal de contas estadual tem uma regra sobre o número de conselheiros substitutos. No caso do Rio, são três substitutos. Atualmente, a corte de contas tem uma regra que permite apenas um conselheiro substituto assumir o cargo de conselheiro.

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A entidade aguarda definição da presidência do TCE-RJ na sessão da próxima terça-feira, dia 4 de abril, para decidir se serão ocupados os cargos vagos. Com isso, na prática, enquanto os cinco conselheiros permanecerem presos, a corte de contas ficará travada. As prisões temporárias têm prazo de cinco dias, podendo ser prorrogadas por mais cinco dias ou até mesmo convertidas em prisão preventiva.

A sessão prevista para esta quarta-feira, no TCE-RJ, por exemplo, foi suspensa por falta de quórum - lei complementar prevê número mínimo de quatro conselheiros para a realização da sessão.

Concurso

Diferentemente dos conselheiros, que são nomeados por indicação política, os substitutos são concursados. Eles têm suas atribuições previstas na Constituição, que inclui não apenas substituir os conselheiros como também julgar os processos nas cortes estaduais, tal qual seus pares indicados politicamente.

Na prática, porém, a situação dos "conselheiros concursados" nos tribunais estaduais é considerada mais precária do que a dos conselheiros, e a categoria reivindica há anos uma distribuição igualitária de processos e uma melhor infraestrutura para atuar.

Em nota divulgada nesta quarta, o presidente da Audicon, Marcos Bemquerer, afirmou que a entidade defende as apurações envolvendo os integrantes do TCE-RJ e reitera a importância dos substitutos.

Apesar de a carreira ser prevista desde 1988, o próprio TCE-RJ só fez concurso público para os cargos de conselheiros substitutos no ano passado.

Antes disso, em 2012, a Audicon entrou com duas ações no Tribunal de Justiça do Rio para que fosse nomeado um conselheiro substituto em vez de Domingos Brazão, atual vice-presidente do TCE-RJ e que foi detido temporariamente nesta quarta.

Na ocasião, o pedido foi negado e Domingos Brazão, que não tem curso superior, assumiu o cargo. Para fazer o concurso para conselheiro substituto é preciso ter formação em um dos seguintes cursos: Direito, Economia, Ciências Contábeis ou Ciências Sociais.

Conselho Nacional

Enquanto os "conselheiros concursados" reivindicam suas demandas, o presidente da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), Valdecir Pascoal, defendeu ontem a criação de um Conselho Nacional para os Tribunais de Contas.

A entidade defende a criação do órgão por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). "Esse conselho teria a responsabilidade de zelar pela Constituição. Hoje, é difícil para a Corregedoria dos Tribunais de Contas fazer esse trabalho, em função da proximidade dos membros com o Poder Executivo", afirmou.

Pascoal classificou de "gravíssima" a situação do Tribunal de Contas do Rio e afirmou que é preciso aprimorar a seleção de conselheiros desses tribunais nos Estados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Associação Brasileira de Documentaristas e Curtas-Metragistas de Pernambuco e Associação Pernambucana de Cineastas (ABD-PE/Apeci) assinaram uma carta de repúdio, publicada no Facebook, contra o festival de cinema Cine PE, que será realizado no período entre 2 e 8 de maio. Segundo as associações, o convite para participar do júri especial na edição deste ano do evento foi negado porque o evento de audiovisual não dialoga com os princípios básicos de ideias defendidas por elas.

“Ao longo dos últimos 20 anos, o diálogo entre o Cine PE e o cinema pernambucano tem sido bastante difícil. (...) Não há motivo para compactuar com um festival que fez repetidamente proselitismo político em seu palco”, justificam na carta.

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ABD-PE/Apeci também argumenta que os recursos provenientes do Estado para a realização do evento vêm da Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur) e não do Fundo de Incentivo à Cultura (Funcultura) ou da Secretaria de Cultura. “A pasta é responsável por mega eventos calendarizados que pagam fortunas aos artistas midiatizados e migalhas aos artistas e às artistas pernambucanas”, escreveram.

Confira a nota completa publicada pela (ABD-PE/Apeci):

"CARTA ABERTA DA ABD-PE/APECI AO Cine Pe

A Associação Brasileira de Documentaristas e Curtas-Metragistas de PE / Associação Pernambucana de Cineastas - ABD/Apeci firmou um compromisso nas lutas pelo audiovisual independente desde sua formalização no estado em 1994. Se hoje o cinema feito aqui no estado é reconhecido mundo afora, não é graças, somente, à qualidade artística e técnica, mas também pela estruturação de políticas públicas construídas com a participação deste coletivo.

Há algumas semanas atrás, a BPE - Bertini Produções & Eventos, produtora do Cine PE Festival do Audiovisual enviou uma mensagem para a a diretoria colegiada da ABD-Apeci convidando a entidade a formar um júri especial na edição deste ano do evento. A nossa resposta, resultado de discussões entre os associados, é NÃO.

E o motivo é simples: ao longo dos últimos 20 anos, o diálogo entre o Cine PE e o cinema pernambucano tem sido bastante difícil. Acreditamos que duas décadas é tempo mais do que suficiente para um evento amadurecer. Portanto, não há motivo para corroborar com um festival que não dialoga com os princípios básicos daquilo que defendemos. Não há motivo para compactuar com um festival que fez repetidamente proselitismo político em seu palco. Houveram inúmeras iniciativas de diálogo entre a ABD/Apeci e a organização do festival ao longo dos últimos anos. Quem não lembra da faixa “Menos Glamour, Mais Cinema” em 2011? A partir daquela manifestação, construímos coletivamente um documento com diversas proposições ao evento que é financiado com recursos públicos e, portanto, deve atender a critérios como inclusão social e democratização do acesso à produção em sua diversidade.

Outra questão dissonante que gostaríamos de dar visibilidade é a fonte de recursos provenientes do Estado para realização do evento e sua falta de transparência. O Fundo de Incentivo à Cultura - o Funcultura - investe um terço de seus recursos em audiovisual e esse fundo é referência de política cultural no país. A comissão de seleção dos projetos culturais e a comissão deliberativa do Funcultura é formada, em sua maioria, por representantes da sociedade civil. Isso foi resultado de muita luta, não só da ABD/Apeci, mas de inúmeras entidades, coletivos, movimentos, articulações e frentes atuantes no estado. Antes, os projetos incentivados pelo Estado através da Fundarpe e Secretaria de Cultura eram incentivados por uma única via: o balcão. O produtor legítimo ou os atravessadores e lobistas negociavam diretamente com o governo e não havia transparência alguma sobre os critérios para seleção dos projetos. Infelizmente, esse tipo de procedimento ainda existe. O Cine PE recebe incentivos não da Fundarpe/Secretaria de Cultura ou mesmo do Funcultura, que têm seus orçamentos e equipamentos cada vez mais reduzidos e sucateados pelo Governo do Estado, mas da Empetur - Empresa Pernambucana de Turismo. A pasta é responsável por mega eventos calendarizados que pagam fortunas aos artistas midiatizados e migalhas aos artistas e às artistas pernambucanas.

Diante disso, reforçamos a importância do Funcultura como instrumento de incentivo com participação da sociedade, onde os projetos são julgados em editais públicos, e entendemos que todas as instâncias de incentivo do Estado devem seguir o princípio da transparência com critérios claros e democráticos, sem apadrinhamentos. Há muito a avançar na democratização e aprimoramento do Funcultura e do Sistema de Incentivo à Cultura do Estado? Sim! Há muito a fazer. E, a nosso ver, o caminho é o da participação social, com transparência e sem favorecimentos.

Recife, 26 de abril de 2016

Diretoria Colegiada da ABD-PE/APECI"

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A Associação Pernambucana de Cabos e Soldados Policiais e Bombeiros Militares (ACS-PE) e a Associação dos Praças de Pernambuco (Aspra-PE) foi condenada, nesta segunda-feira (26), a arcar com os gastos da Força Nacional em Pernambuco, em decorrência da greve dos policiais e bombeiros militares, realizada no começo deste mês. A ação foi decretada pelo juiz federal titular da 3° Vara Federal, Frederico José Pinto de Azevedo. 

Cálculos da União mostram que os gastos da segurança nacional no Estado somam R$ 1 milhão. De acordo com o decreto, cada associação deverá pagar 50% dos gastos da segurança nacional. As contas já estão disponibilizadas para serem pagas, através do sistema Banco Central do Judiciário (BACENJUD). Na decisão, o juízo cita ainda trechos da Constituição Federal e da do Estado de PE, que fala sobre sindicalização e greve do servidor militar. 

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“’A Constituição do Estado de Pernambuco deixa claro em seu artigo 100 que ‘são militares do Estado os membros da Polícia Militar de Pernambuco e do Corpo de Bombeiros Militar’ e que, no § 7º ‘Ao servidor militar são proibidas a sindicalização e a greve, não podendo, enquanto em efetivo exercício, estar filiado a partidos políticos’”, esclareceu Azevedo. 

O juiz federal, durante a decisão, ainda falou sobre os problemas que o Estado enfrentou durante a greve dos policiais e bombeiros militares. “Tal fato ocasionou sérios problemas à população pernambucana que levou o Governo do Estado a requisitar ao Governo Federal a presença da Força Nacional de Segurança e do Exército para a garantia da segurança nas ruas das cidades do Estado. Os dispêndios existiram e foram narrados pela Procuradoria da União, devendo ser ressarcidos por aqueles que causaram os problemas, e não pela sociedade pernambucana, vítima no presente caso, por meio do Governo do Estado”, determinou o magistrado.

 

Com informações da assessoria 

 

Depois de serem acusados de trabalhar de forma sorrateira para aprovar a criação de novos tribunais federais, as associações de classe da magistratura divulgaram nota nesta terça-feira em que afirmam ter o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, agido "de forma desrespeitosa, premeditadamente agressiva, grosseira e inadequada para o cargo que ocupa".

No documento, indicam que já esperam o fim do mandato do atual presidente. "Como tudo na vida, as pessoas passam e as instituições permanecem. A história do Supremo Tribunal Federal contempla grandes presidentes e o futuro há de corrigir os erros presentes", afirmaram os presidentes da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Nelson Calandra; da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Nino Toldo; e da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), João Bosco de Barcelos Coura.

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Os presidentes das associações afirmaram que Barbosa "mostrou sua enorme dificuldade em conviver com quem pensa de modo diferente do seu, pois acredita que somente suas ideias sejam as corretas". E dizem que Barbosa liberou a presença de jornalistas com a intenção de dirigir-se à imprensa e não para dialogar com as associações. "O modo como tratou as Associações de Classe da Magistratura não encontra precedente na história do Supremo Tribunal Federal, instituição que merece o respeito da magistratura", afirmaram.

Na nota conjunta, os dirigentes disseram ainda que Barbosa "injustificadamente" desrespeitou o Congresso Nacional e a advocacia. "Dizer que os senadores e deputados teriam sido induzidos a erro por terem aprovado a PEC 544, de 2002, que tramita há mais de dez anos na Câmara dos Deputados ofende não só a inteligência dos parlamentares, mas também a sua liberdade de decidir, segundo as regras democráticas da Constituição da República", afirmaram os presidentes das associações.

"É absolutamente lamentável quando aquele que ocupa o mais alto cargo do Poder Judiciário brasileiro manifeste-se com tal desprezo ao Poder Legislativo, aos advogados e às Associações de Classe da Magistratura, que representam cerca de 20 mil magistrados de todo o País", afirmaram.

Seis das nove associações de policiais militares da Bahia que ainda não aderiram à greve de parte da corporação, deflagrada na última terça-feira, ameaçam paralisar as atividades, ainda nesta semana, caso as reivindicações não sejam aceitas e caso haja violência contra os PMs que estão amotinados na Assembleia Legislativa.

As associações pedem a incorporação de uma gratificação aos salários dos policiais, o pagamento da Gratificação por Trabalho de Polícia e a anistia aos grevistas.

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No fim da tarde de hoje, teve início uma reunião de negociação entre governo e as três principais associações da categoria. O arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, dom Murilo Krieger, está intermediando o encontro, que também tem a participação de integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

"Dom Murilo se ofereceu para fazer esse trabalho e sempre acho bom quando é alguém de fora participando da intermediação", diz o governador Jaques Wagner. "Todo conflito termina em saída negociada, desde que haja bom senso dos dois lados."

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