Após apoios estaduais, Haddad espera reciprocidade do PSB

Na ótica do petista, para a “recomposição” do campo progressista é essencial o apoio do PSB. Legenda se reúne na tarde desta terça-feira (9) para alinhar o posicionamento

por Giselly Santos ter, 09/10/2018 - 12:08
Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo Um dos governadores eleitos com a ajuda do PT foi Paulo Câmara Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

Depois de firmar alianças com o PSB em diversos Estados do país, o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, espera reciprocidade da legenda e um apoio oficial na disputa pelo segundo turno contra Jair Bolsonaro (PSL). Na ótica do petista, a “recomposição” do campo progressista é essencial para a próxima etapa do pleito. A Executiva Nacional do PSB se reúne na tarde desta terça-feira (9) para alinhar o posicionamento.

“Hoje o PSB está reunido, conseguimos eleger governadores importantes do PSB com a ajuda do nosso partido, tem outros concorrendo no segundo turno, sempre fomos favoráveis ao campo progressista democráticos, essa recomposição de campo é importante para nós”, salientou, em entrevista coletiva veiculada também nas redes sociais do candidato. Já com o PSOL no palanque, Haddad disse que, além do PSB, também está em contato com Ciro Gomes (PDT) e sua equipe.

Quanto ao eventual apoio do PSDB, ventilado por alguns setores da imprensa, o candidato observou ter ouvido “declarações contraditórias” e não saber “qual é a real”. Na manhã de hoje, o Partido Novo, que ficou em quinto lugar na corrida presidencial com João Amoêdo, divulgou uma nota declarando neutralidade na disputa, mas ressaltando ser “totalmente contrário ao PT”.

Promessa de gerar novos empregos e garantir poder de compra

Na entrevista, Fernando Haddad também aproveitou para detalhar sobre o que pretende fazer para melhorar a economia do país. Ele traçou três pilares: retomada do poder de compra, reforma bancária e reforma fiscal. Na avaliação do petista, “a economia vai ser recuperada garantindo o poder de compra dos trabalhadores e não cortando direitos”.

“O corte de direitos vai nos levar a mais recessão. Se garantirmos o poder de compra do salário, reduzindo a carga tributária de quem trabalha, compensando a queda de arrecadação cobrando dos ricos, vamos aumentar o poder de compra e isso vai gerar consumo, aumento da produção e de contratação”, salientou o candidato.

Outro ponto considerado pelo candidato como importante é a “diminuição drásticas dos juros”. “O enquadramento dos bancos a realidade internacional para que o empresário possa pegar emprestado, produzir e ficar com o lucro”, detalhou. “Um terceiro ponto, uma reforma fiscal. Não podemos comprometer o investimento público, as obras paradas vão ser retomadas porque isso gera emprego e aumenta a competitividade da nossa economia. Esse é o tripé da nossa retomada da geração de emprego e desenvolvimento do país”, acrescentou.

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