Secretário deseja luz para Teich 'aguentar o chefe'

Durante a coletiva de imprensa desta sexta (17), o Secretário de Saúde de PE André Longo reforçou a necessidade do isolamento e desejou sorte ao novo ministro

por Lara Tôrres sex, 17/04/2020 - 18:56

Na tarde desta sexta-feira (17) o Secretário Estadual de Saúde, André Longo, responsável pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), desejou ao novo ministro da Saúde, Nelson Teich, luz e resiliência para “aguentar o chefe”, referindo-se ao presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido). Durante a coletiva de imprensa do Governo do Estado sobre a Covid-19, na qual aparece ao lado do secretário de Saúde do Recife, Jailson Correa, Longo explicou a importância de manter e ampliar as medidas de isolamento social no enfrentamento à pandemia e criticou a postura do presidente.

“A gente lamenta muito que continue esse descaminho, essa mensagem dúbia do governo federal sobre a necessidade do isolamento. Ao novo ministro da Saúde a gente deseja muita luz, muita resiliência para aguentar o chefe. (...) Precisamos manter o isolamento social. em algum momento poderá ter a necessidade de ser ampliado. É preciso ter cautela. A gente espera que o ministro possa ser iluminado para trazer informações uníssonas para a sociedade e encontrar o caminho para a normalidade possível mas passando pela dificuldade”, declarou o secretário.

Até esta sexta-feira (17), Pernambuco já registrou 2006 casos da doença e 186 mortes. Desse total, 323 registros de Covid-19 foram oficializados apenas nas últimas 24 horas. Segundo o secretário, o aumento se deve a uma ampliação da testagem.

Manutenção do isolamento

André Longo destacou ainda que Pernambuco irá manter as medidas de isolamento no mínimo pelo restante do mês de maio, conforme decreto assinado nesta sexta (17) pelo Governador do Estado, Paulo Câmara (PSB). “Não há como haver uma recomendação sanitária diferente disso. Estamos em franca aceleração de casos e de óbitos. É preciso manter até que a gente supere essa fase. A curva será mais ou menos íngreme a depender do nosso comportamento. A fase de ápice e platô dependerá do nosso comportamento, com número de casos e óbitos expressivo a depender do nosso comportamento e da capacidade de leitos. Depois vamos chegar ao controle da epidemia. Na atual situação estamos no início da aceleração epidêmica. Poderá demorar de 45 a 60 dias, dependerá das medidas não farmacológicas”, afirmou ele.

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