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Ao menos três pessoas morreram e mais de 270 ficaram feridas em um grande incêndio provocado por uma explosão de gás durante a noite em Nairóbi, capital do Quênia, anunciaram nesta sexta-feira (2) as autoridades do país africano.

Após mais de nove horas de luta contra as chamas, o incêndio, que começou à meia-noite e provocou a mobilização de um grande número de bombeiros, foi controlado às 9h00 locais (3h00 de Brasília).

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Um caminhão "carregado com gás explodiu, provocando uma enorme bola de fogo que se propagou amplamente", afirmou o porta-voz do governo queniano, Isaac Maigua Mwaura, na rede social X.

"O fogo atingiu vários veículos e estabelecimentos comerciais, incluindo muitas empresas pequenas e médias", acrescentou.

"Infelizmente, dois edifícios residenciais do bairro também sofreram incêndios e muitos moradores estavam dentro dos prédios porque era noite", completou.

"Temos 271 pessoas internadas em vários hospitais de Nairóbi e registramos três vítimas fatais", declarou Douglas Kanja, vice-inspetor geral da polícia local.

Em um primeiro momento, a Cruz Vermelha divulgou um balanço de quase 300 feridos na tragédia, que aconteceu no bairro Embakasi, no sudeste de Nairóbi.

- "Explosão enorme" -

Várias unidades dos bombeiros foram mobilizadas para combater as chamas, que provocaram grandes colunas de fumaça.

As imagens divulgadas pelo meio de comunicação local Citizen mostram uma enorme bola de fogo perto de vários imóveis.

Muitos edifícios e veículos foram queimados, segundo um correspondente da AFP.

"Estávamos em casa e ouvimos uma explosão enorme", declarou à AFP James Ngoge, que mora perto do local da tragédia.

"Todo o prédio foi sacudido por um grande tremor, a sensação era de que ia desabar. No início, não sabíamos o que estava acontecendo, foi como um terremoto. Tenho uma loja na avenida que foi completamente destruída", explicou.

Assim como ele, muitos moradores da região passaram a noite ao ar livre.

A polícia estabeleceu um cordão de isolamento, onde alguns moradores tentavam entrar em suas casas para recuperar seus pertences e avaliar os danos.

"A área já foi protegida e instalamos um centro de comando para coordenar as operações de resgate e outros esforços de intervenção", disse o porta-voz do governo.

Em junho de 2018, ao menos 15 pessoas morreram e mais de 70 ficaram feridas em um incêndio no maior mercado ao ar livre de Nairóbi.

O Grande Recife fechou 2023 com cinco tiroteios por dia. O levantamento do Instituto Fogo Cruzado, publicado nesta segunda (29), apontou 1.827 casos foram registrados ao longo do ano e destacou os bairros mais violentos da região.

O acumulado corresponde ao aumento de 8% em relação a 2022, que fechou com 1.692 casos. Houve vítimas em 97% dos casos.

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Ao todo, 2.076 pessoas foram baleadas em 2023 - uma média de seis baleados por dia. Dessas, 1.497 morreram e 579 ficaram feridas. Ainda de acordo com o estudo, 245 pessoas foram atingidas dentro de casa.

Com 673 tiroteios, 521 mortos e 241 feridos, Recife é a cidade que mais sofreu com violência armada no Grande Recife em 2023, concentrando 37% dos tiroteios, 35% dos mortos e 42% dos feridos.

A capital foi seguida por Jaboatão dos Guararapes (347 tiroteios, 296 mortos e 103 feridos), Olinda (214 tiroteios, 173 mortos e 58 feridos), Cabo de Santo Agostinho (143 tiroteios, 123 mortos e 39 feridos) e Paulista (91 tiroteios, 75 mortos e 18 feridos).

Violência nos bairros

Quatro dos cinco bairros que mais sofreram com a violência armada estão em Jaboatão. O único bairro do Recife na lista é a Iputinga, na Zona Oeste:

Muribeca (Jaboatão dos Guararapes): 44 tiroteios, 34 mortos e 14 feridos;

Barra de Jangada (Jaboatão dos Guararapes): 39 tiroteios, 39 mortos e 8 feridos;

Prazeres (Jaboatão dos Guararapes): 39 tiroteios, 29 mortos e 14 feridos;

Iputinga (Recife): 36 tiroteios, 27 mortos e 11 feridos;

Cajueiro Seco (Jaboatão dos Guararapes): 34 tiroteios, 31 mortos e 8 feridos.

Ainda de acordo com o levantamento, 99% dos tiroteios mapeados (1.803) tiveram a motivação identificada. Os principais motivos foram: homicídio/tentativa de homicídio (1.634); ação/operação policial (99); roubo/tentativa de roubo (83); briga (22) e disputa entre grupos armados (3).

Polícia 

A polícia esteve envolvida em pelo menos 5% das trocas de tiro registradas em 2023. A participação policial em tiroteios aumento 48% em relação a 2022. Foram registrados 99 tiroteios e 113 pessoas baleadas durante operações. Também foram mapeadas quatro chacinas com o total de 13 feridos envolvendo as forças de segurança.

O balanço de mortos no deslizamento de terra ocorrido na segunda-feira (22) em uma zona montanhosa do sudoeste da China subiu para 44 nesta quinta-feira (25), depois de se encontrar a última pessoa dada como desaparecida, informou um veículo da imprensa estatal.

O drama aconteceu na manhã de segunda-feira na cidade de Liangshui, na província de Yunnan, uma das mais pobres do país.

Dezoito casas foram soterradas e mais de 200 pessoas foram retiradas do local.

O balanço anterior, divulgado mais cedo nesta quinta, indicava 43 mortos, mas o último corpo foi encontrado pouco depois sob os escombros.

Cerca de 200 equipes de resgate participaram das operações de busca na neve, enfrentando temperaturas abaixo de zero.

Deslizamentos de terra são comuns no montanhoso sudoeste da China, especialmente após as chuvas.

Em setembro passado, chuvas torrenciais na região sul de Guanxi causaram um deslizamento de terra em uma zona montanhosa. Pelo menos sete pessoas morreram, segundo a imprensa local.

Em agosto, mais de 20 pessoas morreram em um deslizamento de terra causado por enchentes no povoado de Xi'an, no norte do país.

Pelo menos seis civis morreram, e dezenas ficaram feridos, em ataques aéreos das forças russas, principalmente contra as cidades ucranianas de Kiev e Kharkiv, anunciaram as autoridades do país nesta terça-feira (23).

O governador da região de Kharkiv, Oleg Sinegubov, informou que mais de 50 pessoas ficaram feridas, e pelo menos cinco morreram, na capital regional com o mesmo nome, no nordeste da Ucrânia. O balanço anterior era de três mortos e pouco mais de 40 feridos.

Um fotógrafo da AFP viu na manhã desta terça socorristas retirando feridos e buscando sobreviventes em meio aos escombros de um edifício em ruínas.

Em Pavlograd, na região central de Dnipropetrovsk, "uma pessoa morreu, e outra ficou ferida", segundo as autoridades locais.

Em Kiev, 22 pessoas ficaram feridas, disse o prefeito da capital, Vitali Klitschko, acrescentando que "13 foram hospitalizadas, incluindo três crianças".

Segundo o ministro do Interior, uma pessoa em um hospital se encontra em "estado de morte clínica", mas as autoridades da capital ainda não confirmaram esse óbito.

Em um bairro da capital, um edifício e vários veículos pegaram fogo, segundo a mesma fonte. A ogiva não detonada de um míssil também foi encontrada em um apartamento.

Outras três pessoas ficaram feridas por fragmentos de mísseis na região de Kiev, disse o chefe da administração militar, Ruslan Kravchenko.

O primeiro-ministro ucraniano, Denys Chmygal, prometeu que seu país "fará a Rússia pagar pelo sofrimento e pela dor que causou".

Anteriormente, o gabinete do prefeito de Kharkiv havia relatado que o bombardeio desta cidade causou "a destruição completa de uma seção de um prédio de apartamentos".

"As equipes de resgate estão agora tentando remover os escombros para procurar pessoas", disse o conselho.

Segundo o comandante em chefe do Exército ucraniano, Valeriy Zaluzhny, a Rússia disparou 41 mísseis contra a Ucrânia. No total, a defesa antiaérea destruiu 21, segundo a mesma fonte.

A Ucrânia está pedindo urgentemente a seus aliados ocidentais mais meios de defesa antiaérea para fazer frente às tropas russas, que lançaram uma ofensiva contra seu vizinho que dura quase dois anos.

Moscou negou ter alvejado civis nos bombardeios desta terça-feira, alegando que ataca apenas alvos militares.

Pelo menos 47 pessoas foram soterradas em um deslizamento de terra na província de Yunnan, no sudoeste da China, nesta segunda-feira (22), informou a imprensa estatal.

O colapso ocorreu às 5h51 (18h51 de domingo em Brasília no condado de Zhenxiong, nordeste de Yunnan, de acordo com a agência estatal Xinhua.

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A televisão estatal CCTV informou que em torno de 18 casas foram soterradas e que mais de 200 pessoas foram "retiradas com urgência" na região.

Duas pessoas foram encontradas mortas na área à tarde, relatou a CCTV, citando um jornalista no local.

As autoridades lançaram uma resposta de emergência com mais de 200 equipes de resgate e dezenas de caminhões de bombeiros, entre outros equipamentos, segundo a CCTV.

"Na hora, achei que fosse um terremoto, mas depois vi que era a colina colapsando", disse um morador à mesma emissora.

Imagens de uma emissora de televisão local transmitidas nas redes sociais mostram socorristas em trajes laranja e de capacete em formação frente a uma estação dos bombeiros.

Em outras imagens, as equipes de resgate aparecem escavando em meio às casas soterradas, onde eram visíveis alguns pertences pessoais.

O presidente chinês, Xi Jinping, pediu "todos os esforços possíveis", segundo a CCTV.

Xi "exigiu que se organizem rapidamente forças de resgate (...) e que se façam esforços para reduzir as baixas, medida do possível", acrescentou a rede.

O presidente também lembrou que é "necessário conduzir adequadamente o trabalho de dar alívio às famílias dos mortos e realocar as pessoas afetadas".

A CCTV transmitiu a imagem de um bombeiro resgatando um morador preso em uma casa.

O chefe da aldeia rural onde ocorreu o incidente se recusou a comentar o incidente, ao ser contactado por telefone pela AFP, afirmando estar "muito ocupado".

As temperaturas em Zhenxiong atingiram -4°C na manhã desta segunda-feira, de acordo com dados meteorológicos.

A Xinhua indicou que estão em curso esforços para determinar o que aconteceu.

Deslizamentos de terra são comuns em Yunnan, uma região remota da China onde cadeias de montanhas escarpadas colidem com o planalto do Himalaia.

A China sofreu uma série de desastres naturais nos últimos meses, alguns causados por condições climáticas extremas.

Em um deles, em agosto passado, mais de 20 pessoas morreram em um deslizamento de terra causado por fortes chuvas na cidade de Xi'an, no norte do país.

Em setembro, chuvas torrenciais na região sul de Guanxi causaram um deslizamento de terra que matou pelo menos sete pessoas, segundo a imprensa local. E, em junho, um deslizamento de terra na província de Sichuan, no sudoeste do país - também remota e montanhosa - deixou 19 mortos.

Um ataque israelense em Damasco matou, neste sábado (20), cinco pessoas em um prédio onde estavam reunidos "líderes pró-iranianos", informou uma ONG síria.

"Um ataque israelense com míssil atingiu um edifício de quatro andares e matou cinco pessoas", reportou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), ressaltando que o bombardeio "destruiu o prédio inteiro, onde estavam reunidos líderes pró-iranianos".

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O OSDH é uma ONG com sede no Reino Unido e ampla rede de informantes na Síria.

Segundo a organização, o bairro em questão é conhecido por abrigar facções palestinas pró-iranianas e comandos dos Guardiões da Revolução iranianos, exército ideológico de Teerã.

"É certo que visavam altos comandos" destes grupos, disse o presidente do Observatório, Rami Abdel Rahman.

O ataque, executado pela manhã, também foi reportado pela imprensa oficial síria.

"Um ataque realizado por Israel atingiu um prédio residencial no bairro de Mazzeh, em Damasco", noticiou a agência estatal Sana, sem detalhar se houve vítimas.

Um jornalista da AFP pôde ver que o edifício desabou por completo. Perto dali, havia ambulâncias, bombeiros e socorristas em busca de pessoas debaixo dos escombros.

O bairro de Mazzeh também abriga escritórios das Nações Unidas, embaixadas e restaurantes.

"O barulho foi similar ao da explosão de um míssil e, minutos depois, ouvi as ambulâncias", disse à AFP um morador da região.

Desde que começou a guerra civil da Síria, em 2011, Israel lançou centenas de ataques aéreos contra seu território, dirigidos especialmente a forças alinhadas com o Irã, seu rival regional, mas também a posições do exército de Damasco.

Este tipo de ataques se intensificaram desde que teve início a guerra entre Israel e Hamas, em 7 de outubro, a partir do ataque surpresa do movimento islamista palestino em solo israelense.

Em dezembro, um alto comando dos Guardiões da Revolução iranianos, o general de brigada Razi Musavi, morreu em um ataque aéreo israelense na Síria, segundo Teerã.

No vizinho Líbano, o número dois do Hamas, Saleh al Aruri, morreu no começo do mês em um ataque israelense no sul de Beirute, reduto do Hezbollah, outro movimento pró-iraniano da região.

Cinquenta anos depois de serem assassinados na ditadura militar brasileira, dois estudantes da Universidade de São Paulo (USP) foram homenageados pela universidade com diplomas honoríficos neste mês. Mortos em 1973, Alexandre Vannucchi Leme e Ronaldo Mouth Queiroz foram alunos do Instituto de Geociências (IGc) na década de 1970 e também militantes do movimento estudantil da USP. 

A homenagem faz parte do projeto Diplomação da Resistência, uma iniciativa da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP) e da vereadora paulistana Luna Zarattini (PT), em parceira com o Instituto de Geociências da USP.

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As duas diplomações póstumas são as primeiras entre 33 homenagens que a universidade deve promover por meio do projeto para estudantes que foram assassinados pela ditadura militar. O objetivo, informou a instituição, é “reparar as injustiças e honrar a memória dos ex-alunos”.

“Diplomar estudantes que foram assassinados na ditadura significa reparar uma dívida histórica que a universidade tem com esses estudantes. Muitos deles se destacaram academicamente, politicamente e, por razões óbvias, não puderam finalizar seus estudos porque estavam mortos”, disse Renato Cymbalista, coordenador da Diretoria de Direitos Humanos e Políticas de Memória, Justiça e Reparação da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento. “É muito importante que a universidade reconheça essa enorme ruptura, essa tragédia, e se coloque em uma posição de solidariedade e de empatia com os familiares, com os amigos e com os parentes das vítimas e também consiga se colocar como uma instituição que não aceita a violação de direitos humanos”, acrescentou, em entrevista à Agência Brasil.

Em 2013, a universidade criou a sua própria Comissão da Verdade para examinar e esclarecer as graves violações aos direitos humanos que foram praticadas contra docentes, alunos e funcionários da universidade durante a ditadura militar brasileira. No relatório final, a Comissão da Verdade concluiu que a ditadura militar foi responsável pela morte de 39 alunos, seis professores e dois funcionários da universidade.

“Uma das recomendações da Comissão da Verdade da USP foi justamente a diplomação honorífica. Algo que nós agora estamos seguindo”, disse Cymbalista.

Alexandre Vannucchi Leme

Alexandre Vannucchi Leme tinha apenas 22 anos e estudava Geologia da USP. quando foi preso, torturado e morto por agentes do Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) paulista, um órgão subordinado ao Exército.

Nascido em Sorocaba, era filho de professores e militava na Ação Libertadora Nacional (ALN) na época de sua prisão. Segundo a Comissão Estadual da Verdade, ocorrida na Assembleia Legislativa de São Paulo, Leme foi visto pela última vez no dia 15 de março de 1973, assistindo aulas na USP. No dia 16 de março, ele foi preso por agentes do DOI-Codi e submetido a intensas sessões de tortura. Um inquérito policial instaurado na época informava que ele foi preso “para apurar atividades subversivas da ALN”. No dia seguinte à sua prisão, Leme morreu em decorrência das torturas.

O estudante foi enterrado como indigente e a causa da morte divulgada pelo governo foi atropelamento, que teria ocorrido, segundo a versão militar, enquanto Vannucchi tentava fugir da polícia. Apenas em 2014 sua certidão de óbito foi retificada, com a informação de que havia sido morto no DOI-Codi por tortura.

Ronaldo Mouth Queiroz

Ronaldo Mouth Queiroz também era estudante de Geologia e vinculado à ALN. Foi presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP e, sob o pseudônimo de Mc Coes, produziu um jornal independente que fazia críticas políticas bem-humoradas.

Queiroz foi morto a tiros por agentes do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), em 6 de abril de 1973, três semanas após a morte de Vannucchi, enquanto estava em um ponto de ônibus. A versão oficial dizia que Queiroz teria morrido após uma troca de tiros com militares, mas testemunhas que estavam no mesmo ponto de ônibus disseram ter visto ele ser executado.

Conceder o diploma honorífico a esses estudantes é um caminho para a memória e a reparação desse período. No entanto, os familiares e amigos das vítimas da ditadura militar no Brasil ainda prosseguem na luta por justiça e condenação. “O Brasil não foi capaz de fazer justiça. Ele não foi capaz de condenar explicitamente os algozes da ditadura. Isso porque, quando a gente teve a nossa lei da anistia, nós anistiamos tanto aqueles que tinham sido perseguidos pela ditadura, que estavam em exílio ou que estavam na clandestinidade quanto os torturadores. E isso teve algumas consequências bastante problemáticas porque a gente nunca conseguiu realmente fazer justiça como, por exemplo, aconteceu na Argentina, onde perpetradores foram para a cadeia e estão pagando por seus crimes. Isso não aconteceu aqui no Brasil”, disse Cymbalista.

Sobreviventes do terremoto na China se recuperavam nesta quinta-feira nos hospitais, enquanto as equipes de emergência transportavam mantimentos para a região afetada, três dias depois do tremor que deixou 135 mortos, segundo um balanço atualizado.

As equipes de emergência prosseguem com as buscas por vítimas na província de Qinghai, noroeste do país.

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Quase mil pessoas ficaram feridas na província e na vizinha Gansu após o terremoto potente, de pouca profundidade, que abalou a região na segunda-feira à noite.

O balanço anterior registrava 134 mortes.

No hospital do condado de Jishishan, em Gansu, perto do epicentro do terremoto, médicos atendiam os feridos em edifícios visivelmente danificados pelo tremor.

"Eu quero voltar para casa", declarou à AFP uma paciente que aguardava por uma cirurgia na perna. "Mas a minha casa foi destruída, não sei para onde ir", acrescentou.

"As pessoas estão preocupadas com os tremores secundários, não conseguem dormir porque não há lugar seguro", disse um funcionário do governo de Jishishan.

O Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS) afirmou que o terremoto foi registrado às 23H59 locais de segunda-feira, com 5,9 graus de magnitude a 100 km de Lanzhou, capital de Gansu.

Vários tremores secundários foram registrados. As autoridades alertaram para a possibilidade de terremotos de mais de 5 graus de magnitude nos próximos dias.

As equipes de emergência procuravam sobreviventes nesta terça-feira (19) entre os escombros de edifícios que desabaram após um terremoto que deixou pelo menos 118 mortos no noroeste de China.

O tremor aconteceu quase 1.300 quilômetros ao sudoeste de Pequim, na província de Gansu.

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As autoridades da província de Qinghai informaram que pelo menos 105 pessoas morreram e quase 400 ficaram feridas. Na província vizinha de Qinghai, o canal de televisão estatal CCTV anunciou um balanço de 13 mortos e 20 desaparecidos na cidade de Haidong.

O terremoto danificou milhares de casas e obrigou os moradores a correr para as ruas, em um período do ano de temperaturas gélidas.

"Estava com muito medo. Olhe como as minhas mãos e pernas estão tremendo", declarou uma mulher em um vídeo divulgado nas redes sociais do jornal estatal Diário do Povo.

"Eu saí correndo de casa, a terra da montanha cedeu e caiu no teto", acrescentou a jovem, sentada com um bebê nos braços e coberta por uma manta.

O terremoto de magnitude 5,9, segundo o Instituto Geofísico dos Estados Unidos (USGS), ocorreu às 23h59 (12h59 de Brasília) a uma profundidade de dez quilômetros.

A agência estatal Xinhua informou que a magnitude do terremoto foi de 6,2 e que o tremor foi sentido na cidade histórica de Xi'an, na província de Shaanxi (norte), a cerca de 570 km de distância.

O epicentro do terremoto foi localizado 100 km ao sudoeste da capital provincial, Lanzhou, e foi seguido por vários tremores secundários.

Este é o terremoto com o maior número de vítimas na China desde 2014, quando mais de 600 pessoas faleceram em um tremor na província de Yunnan, sudoeste do país.

As equipes de resgate começaram a trabalhar cedo nesta terça-feira. O presidente da China, Xi Jinping, pediu "todos os esforços" nas operações de busca e resgate.

As autoridades provinciais também se deslocaram para as áreas mais afetadas.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, aliado de Pequim, expressou "profundas condolências" a Xi e afirmou que o país compartilha "a dor dos que perderam seus entes queridos nesta catástrofe".

- Clima gelado -

A agência Xinhua relatou cortes nos serviços de energia elétrica e água em algumas localidades. Vídeos postados nas redes sociais mostraram telhados caídos e escombros nas ruas.

A CCTV exibiu imagens de veículos de resgate chegando às áreas afetadas por estradas cobertas de neve.

A emissora informou que mais de 1.400 bombeiros e socorristas foram enviados à área do desastre e outros 1.600 permanecem de sobreaviso.

Os socorristas apareceram lado a lado nos caminhões, enquanto outras imagens os mostraram em pé recebendo instruções.

Em outros vídeos, equipes de emergência foram vistas usando lanternas para procurar entre os escombros, com macas laranjas para carregar os corpos.

As temperaturas caíram abaixo de zero no norte da China, e imagens da CCTV de uma das áreas mais afetadas mostraram moradores se aquecendo em uma fogueira enquanto os trabalhadores de emergência levantavam tendas.

Os terremotos são frequentes na China. Em agosto, um terremoto de magnitude 5,4 atingiu o leste do país, deixando mais de 20 feridos e derrubando dezenas de prédios.

Em setembro de 2022, um terremoto de magnitude 6,6 atingiu a província de Sichuan, onde quase 100 pessoas morreram.

Outro terremoto, de magnitude 7,9 em 2008, deixou mais de 87.000 pessoas mortas ou desaparecidas, incluindo 5.335 estudantes.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) lamentou a morte trágica, neste domingo (10), de 9 pessoas no acampamento Terra e Liberdade, localizado em Parauapebas, no Sul do Pará, durante incêndio provocado por um curto-circuito na rede elétrica.

Segundo a assessoria do movimento, uma empresa estava instalando internet no acampamento e a antena colidiu com a rede de alta-tensão de energia: “essa descarga elétrica produziu incêndio e entrou na casa das pessoas através da rede de eletricidade e da cerca que dividia o acampamento”.

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Das nove vítimas, seis são acampados e três são servidores da empresa de internet. O número das vítimas, entretanto, pode aumentar.

“Com muita tristeza que neste dia 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos, venho comunicar essa tragédia que se abateu sobre o acampamento do MST no sul do Pará, que vitimou companheiros do movimento, fruto de um incidente”, disse João Paulo Rodrigues, da direção nacional do MST.

Em nome da direção do MST, Rodrigues se solidarizou com as famílias das vítimas. O diretor anunciou que amanhã (11) haverá o enterro coletivo das vítimas.

“Neste Dia Internacional dos Direitos Humanos, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), que é um momento para celebrar os avanços conquistados e refletir sobre ações concretas dos Estados para a sociedades, no sentido de garantir para todos os direitos civis, políticos, sociais e ambientais à população mundial, estamos em LUTO. Aos nossos mortos, nenhum minuto de silêncio, mas toda uma vida de luta! Lutar, Construir Reforma Agrária Popular!”, diz nota do MST do Pará.

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Pelo menos três pessoas morreram no terremoto que abalou o sul das Filipinas neste fim de semana e provocou vários tremores secundários, disseram as autoridades nesta segunda-feira (4).

Outras oito pessoas ficaram feridas após o terremoto de magnitude 7,6 que ocorreu no sábado (2) na costa da ilha de Mindanao. Na mesma área, vários tremores secundários com magnitudes superiores a 6,0 foram registados no domingo.

Um deles foi um terremoto de magnitude 6,9 na madrugada de segunda-feira, a uma profundidade de 30 quilômetros, em um ponto 72 quilômetros a nordeste do município de Hinatuan, na província de Surigao del Sur, disse o Serviço Geológico dos EUA.

"Ainda estamos aterrorizados porque há muitas réplicas", disse Alex Arana, chefe da agência de desastres da província, à rádio DZBB.

Na noite de domingo, mais de 30 mil famílias permaneciam em abrigos em Surigao del Sur, disse Arana.

O terremoto inicial de sábado desencadeou alertas de tsunami que foram posteriormente cancelados em toda a região do Pacífico e levou os moradores da costa leste de Mindanao a fugir dos edifícios.

Em Surigao del Sur, duas pessoas morreram, disse Arana, uma devido à queda de destroços e a outra devido ao desabamento de um muro.

Uma mulher grávida também morreu na cidade de Tagum, província de Davao del Norte, informou a agência de desastres.

Uma colisão entre um caminhão-caçamba da Prefeitura do Recife (PCR) e um veículo de passeio deixou dois mortos na madrugada desta segunda-feira (4), no bairro da Madalena, na Zona Oeste da cidade. O sinistro aconteceu por volta das 3h, no cruzamento da Avenida José Osório com a Rua Visconde de Albuquerque. O casal que ocupava o automóvel morreu ainda no local do acidente e os corpos ficaram presos às ferragens por cerca de três horas. Já o caminhoneiro ficou ferido, recebeu atendimento médico e passa bem. 

O Corpo de Bombeiros foi acionado ao local ainda na madrugada. Por volta das 6h, as equipes ainda trabalhavam na perícia e na serragem da lataria, para a remoção dos corpos. Segundo informações, na colisão, o caminhão esmagou completamente o veículo de passeio. O motorista do caminhão se feriu e foi atendido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que também foi acionado ao local. De acordo com a PCR, o trabalhador passa bem. Ele é um funcionário terceirizado da Prefeitura. 

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A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) foi acionada às 3h para a ocorrência e, no momento desta publicação, os agentes da Autarquia seguiam no local para coordenar o trânsito. No trecho do sinistro, os veículos que trafegam no sentido da Avenida Visconde de Albuquerque precisam pegar a Rua José Osório e seguir pela Rua Pessoa de Melo. 

Em nota enviada através da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), a Prefeitura lamentou o ocorrido e informou que “a empresa terceirizada responsável pelo serviço de coleta já foi acionada para as tratativas referentes ao acidente junto às autoridades responsáveis pela investigação do caso. O condutor do caminhão foi socorrido e passa bem”. 

 

Novembro nem terminou, mas já é o mês de 2023 com o maior número de pessoas baleadas em tiroteios na Região Metropolitana do Recife (RMR). A informação é do Instituto Fogo Cruzado, que mapeia a violência armada em capitais brasileiras como o Recife, Rio de Janeiro e Salvador. No mês de outubro, o Instituto já havia constatado que a violência por ocorrências com armas de fogo aumentou em 57% na região. No levantamento mais recente, desta quarta-feira (22), foi exposto que, em 21 dias, novembro teve 140 pessoas baleadas nos 109 tiroteios registrados. 

O indicador soma o número de mortos e feridos; nestes 21 dias do 11º mês, 96 pessoas morreram e 44 ficaram feridas. O mês também tem o número total de baleados mais elevado em relação aos outros 10 meses, mas isoladamente, a quantidade de mortos e de feridos não foi a maior. Novembro ocupou a segunda posição do ranking em número de mortos vitimados nestas situações: empatou com setembro (também com 96 mortos) e ficou atrás de fevereiro (103 mortos). No recorte de feridos, também ocupou a segunda posição, empatando com abril (44 atingidos) e atrás apenas de março (47 atingidos).  

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No acumulado de 2023, entre 1º de janeiro e 21 de novembro, houve 1.618 tiroteios que deixaram 1.851 baleados (1.324 mortos e 527 feridos). Números apontam para um aumento de 7% nos tiroteios, 14% na quantidade de mortos e queda de 8% na de feridos em comparação com o mesmo período de 2022, que concentrou 1.510 tiroteios e 1736 baleados (1.161 mortos e 575 feridos). 

Letalidade policial 

O número de baleados em tiroteios durante ações e operações policiais foi ainda mais preocupante. Ao menos 13 pessoas foram atingidas (11 morreram e duas ficaram feridas). O número de baleados nesses casos é o maior registrado em comparação com os primeiros 21 dias dos meses anteriores. No acumulado do ano até agora, houve 87 tiroteios em ações e operações policiais que deixaram 103 baleados (63 mortos e 40 feridos). 

A falta de planejamento do estado para conter os avanços da violência armada é parte do problema identificado por Ana Maria Franca, coordenadora regional do Instituto Fogo Cruzado em Pernambuco. “O ano está chegando ao fim e nada foi feito para trazer segurança para a população. O Estado não tem um plano de segurança pública estruturado para combater a violência. Falta transparência, faltam dados de qualidade para subsidiar políticas públicas e falta vontade política para abandonar os métodos de combate à violência que já se mostraram ineficazes. Um planejamento de segurança pública eficiente tem que ser baseado em dados. Sem dados, não pode haver um plano. É preciso revelar o que se quer esconder”. 

A violência armada tem chegado também nos principais destinos turísticos de Pernambuco. No último fim de semana, três civis foram mortos durante uma ação policial em Porto de Galinhas, em Ipojuca, no dia 18. Dois dias antes, três civis foram mortos e um ficou ferido durante ação policial na comunidade do V8, no Varadouro, em Olinda, no dia 16, próximo ao sítio histórico. 

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Uma perseguição policial, na tarde desta sexta-feira (17), no bairro de Casa Amarela, zona Norte do Recife, resultou em pelo menos duas pessoas mortas e uma ferida. O confronto armado entre suspeitos de roubar um carro e policiais militares começou no bairro do Vasco da Gama e terminou entre a Rua Doutor Carlos Mavigner e a Rua Major Nereu Guerra, onde o veículo foi alvejado.  

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Carro teria sido roubado e foi alvejado durante perseguição policial. Foto: Marília Parente/LeiaJá  

Segundo a Polícia Militar, a Companhia Independente de Policiamento com Cães (CIPCães) recebeu uma denúncia de um veículo que realizava direção perigosa. Ao locarizarem o carro, os ocupantes começaram a atirar contra o efetivo. 

Próximo ao mercado de Casa Amarela, os suspeitos se deparam com outros policiais da Companhia Independente de Policiamento com Motocicleta (CIPMoto) e dispararam contra o efetivo, vindo a atingir uma mulher que foi socorrida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nova Descoberta. 

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Mais adiante, os suspeitos continuaram atirando contra as equipes, após troca de tiros, eles foram atingidos e socorridos para a mesma UPA, onde não resistiram aos ferimentos. Na ação, foi apreendida uma pistola calibre .40 com três carregadores, munições e cápsulas deflagradas.  

Vídeos registraram o momento em que os policiais se aproximam e atiram contra o veículo. Os sons dos tiros ecoam entre os prédios da zona Norte recifense. 

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Sete integrantes da mesma família morreram e pelo menos 10 ficaram feridos após a colisão entre uma van e um caminhão de madeira na BR-316, em Ouricuri, no Sertão de Pernambuco. O sinistro aconteceu por volta das 4h desta sexta-feira (17), no quilômetro 109 da rodovia. Na van, estavam 19 familiares, que haviam saído de um velório em Arapiraca, no Agreste de Alagoas, e estavam seguindo para Araripina, no Sertão pernambucano.   

As vítimas fatais do acidente são três mulheres, de 58, 60 e 68 anos, e quatro homens, de 31, 56, 76 e 87 anos. 

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Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a van colidiu com a traseira do caminhão. Pelo menos 10 pessoas foram encaminhadas ao Hospital Regional de Ouricuri, mas ainda não é possível confirmar o número total de feridos. Imagens feitas pelos agentes da PRF mostram a parte dianteira da van completamente destruída e muitos destroços no asfalto. O caminhão, por outro lado, não sofreu danos graves. O condutor do caminhão e o passageiro também não se feriram.  

No local, caminhoneiro e passageiro realizaram o teste do bafômetro e o resultado foi normal, sem indícios de consumo de álcool. Os dois se apresentaram à Delegacia de Polícia Civil de Ouricuri para prestar maiores esclarecimentos. Além da PRF, o Corpo de Bombeiros, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a Polícia Militar e o Instituto de Criminalística (IC) estiveram no local. A Polícia Civil informou que um inquérito foi instaurado e as investigações seguirão até elucidação dos fatos. 

 

O número de pessoas mortas pela polícia em apenas oito estados brasileiros chegou a 4.219 em 2022. Desse total, 2.700 foram considerados negros (pretos ou pardos) pelas autoridades policiais, ou seja, 65,7% do total. Se considerados apenas aqueles com cor/raça informada (3.171), a proporção de negros chega a 87,4%. 

Os dados são do estudo Pele Alvo: a Bala não Erra o Negro, realizado pela Rede de Observatórios da Segurança, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec), e divulgado nesta quinta-feira (16), com base em estatísticas fornecidas pelas polícias do Rio de Janeiro, de São Paulo, da Bahia, de Pernambuco e do Ceará, Piauí, Maranhão e Pará, com base na Lei de Acesso à Informação (LAI).

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Dos oito estados, apenas o Maranhão não informou a cor/raça de qualquer um dos mortos. Já nos estados do Ceará e Pará, há um grande número de mortos sem identificação de cor/raça: 69,7% e 66,2% do total, respectivamente. 

Os dados mostram que a polícia baiana foi a mais letal no ano passado, com 1.465 mortos (1.183 tinham cor/raça informada). Desse total, 1.121 eram negros, ou seja, 94,8% daqueles com cor/raça informada, bem acima da parcela de negros na população total do estado (80,8%), segundo a pesquisa, feita com base em dados do Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística (IBGE). 

Aliás, isso ocorre em todos os sete estados que informaram a cor/raça de parte das vítimas. No Pará, por exemplo, 93,9% dos mortos com cor e raça identificadas eram negros, enquanto o percentual de negros na população é de 80,5%, de acordo com o estudo. 

Os demais estados apresentaram as seguintes proporções de mortes de negros entre aqueles com cor/raça informada e percentuais de negros na população: Pernambuco (89,7% e 65,1%, respectivamente), Rio de Janeiro (87% e 54,4%), Piauí (88,2% e 79,3%), Ceará (80,43% e 71,7%) e São Paulo (63,9% e 40,3%). 

Racismo

“Os negros são a grande parcela dos mortos pelos policiais. Quando se comparam essas cifras com o perfil da população, vê-se que tem muito mais negros entre os mortos pela polícia do que existe na população. Esse fator é facilmente explicado pelo racismo estrutural e pela anuência que a sociedade tem em relação à violência que é praticada contra o povo negro”, diz o coordenador do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), Pablo Nunes. 

Nunes também destaca que há falta de preocupação em registrar a cor e raça dos mortos pela polícia em estados como Maranhão, Ceará e Pará. “A dificuldade de ser transparente com esses dados também revela outra face do racismo, que é a face de não ser tratado com a devida preocupação que deveria. Se a gente não tem dados para demonstrar o problema, a gente ‘não tem’ o problema e, se ‘não há’ problema, políticas públicas não precisam ser desenhadas.”

O estudo mostrou ainda que, neste ano, a Bahia ultrapassou o Rio no total de óbitos (1.465 contra 1.330). Em terceiro lugar, aparece Pernambuco, com 631 mortes. “Isso significa um cenário de degradação das forças policiais baianas e um processo de falta de políticas públicas de ação do governo estadual para lidar com essa questão, elencando-a como prioridade e estabelecendo metas e indicadores de redução dessa letalidade por parte das forças policiais”, afirma Nunes.

Segundo a Rede de Observatórios, a quarta edição do estudo demonstra o crescente nível da letalidade policial contra pessoas negras. “Em quatro anos de estudo, mais uma vez, o número de negros mortos pela violência policial representa a imensa maioria. E a constância desse número, ano a ano, ressalta a estrutura violenta e racista na atuação desses agentes de segurança nos estados, sem apontar qualquer perspectiva de real mudança de cenário”, afirma Silvia Ramos, pesquisadora da rede. 

Segundo ela, é preciso entender esse fenômeno como uma questão política e social. “As mortes em ação também trazem prejuízos às próprias corporações que as produzem. Precisamos alocar recursos que garantam uma política pública que efetivamente traga segurança para toda a população”, completa. 

Posicionamentos

A Secretaria de Segurança de São Paulo informou, por meio de nota, que as abordagens da Polícia Militar obedecem a parâmetros técnicos disciplinados por lei, que criou a Divisão de Cidadania e Dignidade Humana e que seus protocolos de abordagem foram revisados. Além disso, oferece cursos para aperfeiçoar seu trabalho – nos cursos de formação, os agentes estudam ações antirracistas.   

Uma comissão analisa todas as ocorrências por intervenção policial e se dedica a ajustar procedimentos. A Polícia Civil paulista busca “estabelecer diretrizes e parâmetros objetivos, racionais e legais, sem qualquer tipo de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, origem, onde o policial civil, no desempenho da sua atividade”. 

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) informa que, de janeiro a outubro de 2023, o estado alcançou redução de 22% nas mortes por intervenção de agentes do Estado, se comparado ao mesmo período de 2022, quando foram registrados, respectivamente,  440 e 569 casos em todo o Pará. A Segup ressalta que as ocorrências são registradas no Sistema Integrado de Segurança Pública pela Polícia Civil e que o campo “raça/cor” não é de preenchimento obrigatório, sendo a informação de natureza declaratória por parte de parentes ou da vítima no momento do registro.

Na Bahia, a Secretaria da Segurança Pública ressalta que as ações policiais são pautadas dentro da legalidade e que qualquer ocorrência que fuja dessa premissa é rigorosamente apurada e todas as medidas legais são adotadas. A secretaria informa que investe constantemente na capacitação dos efetivos e também em novas tecnologias, buscando sempre a redução da letalidade e a preservação da vida.

Para tanto, foi criado um grupo de trabalho voltado para a discussão e criação de políticas que auxiliem na redução da letalidade policial, promovendo uma análise mais aprofundada das informações provenientes dessas ocorrências, como o perfil das pessoas envolvidas, contextualização e região, entre outros dados que possam colaborar para a redução desses índices. A secretaria destaca ainda que a maioria dos acionamentos  policiais se dá a partir dos chamados via 190 (Centro Integrado de Comunicações) e 181 (Disque Denúncia), além das operações para cumprimentos de mandados determinados pela Justiça.

No Rio de Janeiro, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que, em todos os cursos de formação e aperfeiçoamento de praças e oficiais, a corporação insere nas grades curriculares como prioridade absoluta disciplinas como direitos humanos, ética, direito constitucional e leis especiais. A questão racial perpassa, de forma muito incisiva, por todas essas doutrinas na formação dos quadros da corporação.

De acordo com a assessoria, internamente, a Polícia Militar do Rio de Janeiro tem feito a sua parte para enfrentar o desafio do racismo estrutural ao longo de mais de dois séculos. Foi a primeira corporação a oferecer a pretos uma carreira de Estado, e hoje mais de 40% do seu efetivo é composto por afrodescendentes.

A instituição orgulha-se também de seu pioneirismo em ter pretos nos postos de comando. O coronel PM negro Carlos Magno Nazareth Cerqueira comandou a corporação durante duas gestões, nas décadas de 1980 e 1990, tornando-se uma referência filosófica para toda a tropa, ao introduzir os conceitos de polícia cidadã e polícia de proximidade. No decorrer dos últimos 40 anos, outros oficiais negros ocuparam o cargo máximo da corporação.

A Agência Brasil entrou em contato com as polícias dos outros estados e aguarda os posicionamentos.

Um avião de pequeno de porte caiu neste domingo (29) próximo ao aeroporto de Rio Branco. De acordo com o governo do Acre, 12 pessoas morreram no acidente, sendo nove adultos, um bebê e dois tripulantes (piloto e co-piloto).

A aeronave, modelo Caravan, é de propriedade da empresa ART Taxi Aéreo e fazia um voo particular para Envira (AM).

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Logo após a queda do avião, viaturas do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas para realizar o resgate, mas os corpos das vítimas foram encontrados carbonizados.

Em nota, o governo do Acre manifestou solidariedade aos familiares das vítimas.

"O governo do estado do Acre manifesta solidariedade às famílias dos passageiros, do piloto e do copiloto que estavam a bordo da aeronave, e comunica que manterá toda a sua estrutura de segurança e saúde no local para garantir o resgate dos corpos e evitar novos desastres em decorrência das chamas que se alastraram rapidamente após o acidente", diz o comunicado.

 A passagem do furacão Otis pelo México provocou a morte de pelo menos 27 pessoas, informou nesta quinta-feira (26) a ministra da Segurança do país, Rosa Icela Rodríguez.

Em uma coletiva de imprensa que teve a participação do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, a política revelou que quatro indivíduos estão desaparecidos.

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A cidade de Acapulco, que foi a mais impactada pelo fenômeno, permaneceu sem eletricidade, água encanada e serviços de comunicação por várias horas. Ao todo, cerca de 300 mil pessoas continuam sem energia.

Com ventos de até 270 km/h, o furacão deixou um rastro de destruição por Acapulco. Além dos danos estruturais e materiais, o fenômeno causou inundações e deslizamentos de terra.

O mandatário mexicano garantiu que um plano de ajuda à população afetada pelo furacão, principalmente as pessoas que vivem nas proximidades do porto de Acapulco, está com sua implementação em curso.

"Trataremos de tudo o que diz respeito aos danos causados não só em Acapulco, mas também em Coyuca de Benítez e outros municípios. O setor do turismo foi fortemente afetado", disse Obrador.

Acapulco é conhecido por suas praias paradisíacas, mas o município está isolado do restante do México. Os tradicionais centros comerciais e hotéis de luxo ficaram destruídos em função da violência do furacão.

"Queremos avisar aos turistas que o governo já enviou 30 ou 40 caminhões que ficarão estacionados em frente aos hotéis para iniciar um processo de evacuação para outros destinos", afirmou a governadora de Tabasco, Evelyn Salgado. 

Da Ansa

O brasileiro Hassan Rabee, de 30 anos, recebeu a informação nesta sexta-feira (2) de que o primo, a esposa, e filhos e netos do casal foram mortos em um bombardeio no norte da Faixa de Gaza durante na noite desta quinta-feira.  

Hasan é palestino naturalizado brasileiro que vive em São Paulo desde 2014. Ele foi à Faixa de Gaza visitar a família poucos dias antes do início das hostilidades entre Israel e Hamas. Ele está com a esposa e duas filhas pequenas também brasileiras.  

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Em vídeo enviado à imprensa, Rabee conta que os bombardeios destruíram o prédio onde o primo dele vivia com a família, na cidade de Jabalia.   

“Ele estava no norte da Faixa de Gaza, teve ataque bombardeio na noite passada perto da casa dele, o prédio dele foi destruído em cima dos cidadãos palestinos. A notícia que recebemos é de que mais de 60 pessoas moravam nesse prédio. Muito triste, um cara cidadão do bem, trabalhador, não tem nada a ver com isso”, lamentou.  

Ontem, uma bomba caiu próximo à casa onde Hassan se abriga com a família à espera da abertura da fronteira com o Egito. Até o momento, não há previsão para abertura da fronteira para saída de palestinos ou estrangeiros, segundo informa o Itamaraty.   

A família tem sido atendida com água, alimentos e suporte psicológico oferecido pelo escritório de Representação de Brasil em Ramala, capital da Cisjordânia, na Palestina. Ao todo, 30 brasileiros na Faixa de Gaza estão esperando para deixar a zona de guerra.   

 

Cinco pessoas morreram em ataques russos com mísseis contra a cidade de Zaporizhzhia e a região de Dnipropetrovsk durante a madrugada, anunciaram as autoridades locais nesta quarta-feira.

"Durante a madrugada, entre 1H33 e 1H48 (20H33 e 20H48 pelo horário de Brasília), a Rússia disparou seis mísseis contra a cidade de Zaporizhzhia", escreveu no Telegram o governador da região, Yuri Malashko.

Quatro pessoas morreram em um prédio residencial atingido por um míssil em Zaporizhzhia e uma mulher morreu em um ataque nos arredores da cidade de Dnipro, de acordo com o ministro ucraniano do Interior, Igor Klymenko.

A maior central nuclear da Europa fica nesta região, a 50 quilômetros da cidade de Zaporizhzhia. O local está ocupado pelas tropas russas.

Mais ao norte, a região de Dnipropetrovsk também foi bombardeada. Segundo as autoridades ucranianas, várias casas ficaram destruídas na localidade de Obujiva.

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