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O vice-governador de Pernambuco, João Soares Lyra Neto (PDT), diz que está conversando com os partidos da Frente Popular para apresentar um novo nome para as eleições deste ano em Caruaru. João Lyra acredita que a Frente não pode perder as eleições para a oposição, pois isto representaria um retrocesso, o que segundo ele, também não é da vontade do governador Eduardo Campos (PSB). O receio do vice em relação à pré-candidatura do prefeito José Queiroz (PDT) se dá pela baixa aprovação do gestor na cidade, apontado em sucessivas pesquisas eleitorais.

“O candidato à reeleição deve defender a continuidade do seu governo, da sua gestão. Então ele tem que ter a aprovação do seu mandato, para que possa propor a continuidade e a ampliação e isso não está acontecendo nas pesquisas com o prefeito e para nós, é de fundamental importância a manutenção da prefeitura de Caruaru, nas mãos da Frente Popular. E eu tenho conversado com vários partidos de como há uma insegurança do que acontecerá na cidade de 2013 a 2016”, disse o vice-governador. Para João Lyra, o prefeito não conseguiu repetir o “êxito administrativo” que ele apresentou anteriormente, nas duas ocasiões que ocupou no cargo Executivo no município do Agreste.

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João Lyra atribui à atual administração de Caruaru falhas em três questões, que aponta como estratégicas. “Não se pode administrar hoje com um nível de informação deficiente. Eu acho que os grandes problemas lá foram não ter um modelo de gestão eficiente, não ter um planejamento estratégico e o fato de não ouvir a população. E as três questões foram fundamentais para a não aprovação do prefeito”, anotou João Lyra. Segundo ele, as conversas com os partidos da Frente serão intensificadas, além de levar o assunto ao governador ainda este mês. “Eu não tenho nenhum candidato a apresentar, eu tenho é preocupação com a cidade, afinal eu sou de lá e fui prefeito da cidade duas vezes, pois o Estado está crescendo e aquela região também”, reforçou.

Apesar das críticas feitas a gestão de José Queiroz e as pesquisas eleitorais serem lideradas pela pré-candidata democrata, a ex-deputada Miriam Lacerda, João Lyra acredita que a população não quer “voltar ao passado”. “Nem em Caruaru, nem em Pernambuco, nem no Brasil. Nós atingimos um processo de conquistas sociais que o povo quer avançar. Portanto, aquilo que representar o atraso há uma rejeição natural da população. Isso veio se consolidar muito a partir do presidente Lula e, agora, da presidente Dilma. Então, a candidata da oposição lá, que é possivelmente Miriam Lacerda, representa o passado, o atraso”, considerou.

Já o nome da filha do vice-governador, Raquel Lyra (PSB), que vem sendo cogitado como alternativa da Frente para a cidade, não foi confirmado, nem tão pouco descartado. “Raquel pertence ao PSB e nós não colocamos nome nenhum, nem o dela. Porque seu partido faz parte da atual gestão, que é representado pelo vice-prefeito, Jorge Gomes. Então isso precisa ser discutido em uma profunda conversa e eu acho que o governador tem todo o interesse de ajudar, pela sua liderança, por sua força, por ser presidente nacional do PSB e contribuir para que nós possamos achar uma alternativa para os próximos quatro anos na cidade”, reforçou.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta abrir um processo criminal contra o deputado federal João Lyra (PSD-AL) por suspeita de submeter trabalhadores de sua empresa rural a situação análoga à escravidão. Os ministros do STF aceitaram uma denúncia na qual o Ministério Público Federal responsabilizou o parlamentar pelas supostas condições degradantes às quais estavam sujeitos os trabalhadores.

De acordo com a denúncia, o Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego realizou em fevereiro de 2008 operações numa fazenda de Lyra no município da União dos Palmares (AL) e apontou uma série de irregularidades, principalmente no setor de corte manual de cana-de-açúcar.

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Conforme o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, trabalhadores eram submetidos a condições degradantes de trabalho e exerciam a função de cortar a cana sem equipamentos de segurança. Além disso, o procurador informou que as instalações onde os funcionários ficavam alojados eram muito precárias.

Segundo Gurgel, não existiam colchões, mas apenas pedaços de espuma sem revestimento "absolutamente imundos". O procurador também informou que há relatos de trabalho contínuo durante 24 horas. O relator do caso no STF, Marco Aurélio Mello, votou contra a abertura do processo. Para ele, para ficar configurado o trabalho escravo, é necessário que tenha ocorrido o cerceamento da liberdade de ir e vir dos empregados.

Em fevereiro, o STF abriu uma ação penal contra o senador João Ribeiro (PR-TO) também por suspeita de submeter trabalhadores a situação análoga à escravidão numa fazenda no Pará. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Federal após uma inspeção do Ministério do Trabalho ter detectado supostas irregularidades.

Nesta terça-feira, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, voltou a visitar o seu vice, João Lyra Neto, que está internado no Hospital do Coração (HCor), em São Paulo.

Lyra internou-se há nove dias para se submeter à colocação de três pontes de safena e uma mamária, mas se recupera bem. A previsão é de que o vice-governador receba alta médica na próxima quinta-feira (16).

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Eduardo esteve no HCor após apresentar uma palestra na XII CEO Conference do Banco BTG Pactual e embarcou ainda nesta terça para Bogotá, onde fará uma palestra no seminário sobre Segurança Cidadã promovido pelo BID e pelo Governo Federal da Colômbia.

*Com informações da assessoria.

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