Injustiçados por uns, idolatrados por outros, mas necessário em qualquer clube. Dizem que fazer o papel de goleiro é a atividade mais ingrata no futebol. Existem razões para acreditar nessa tese: normalmente são os primeiros a chegar no treino e os últimos a saírem; estão sob pressão a quase todo o momento e podem ir da glória ao inferno ou o contrário.
Hoje, dia 26 de abril, é dia de homenageá-los. A data foi “instituída” há 30 anos e, desde então, foi aderida ao calendário futebolístico mundial. Justa homenagem. Se o atacante perde um gol, pode ter mais chances de reverter a situação, mas um goleiro... Um erro e tudo que foi feito pode ser taxado de "insuficiente".
Os apelidos pejorativos são muitos: frangueiro, mão de lodo, cotó, vigia... entre outros. Se o cara for realmente bom, ficam conhecidos como os paredões, ou até como santos, que diria o “São Marcos”, goleiro responsável por defender a meta da Seleção Nacional durante anos.
O Brasil é um celeiro de grandes arqueiros. Citar alguns seria injustiça, todos é praticamente impossível. No mundo, existem os folclóricos. O maior exemplo deles é o colombiano René Higuita, responsável pela defesa mais curiosa da história do futebol, conhecida como “defesa escorpião”. Confira o lance da partida entre sua seleção diante da Inglaterra:
Existem também os considerados milagreiros. Entre eles, um dos clássicos foi o inglês Gordon Banks, famoso também por ter feito uma das defesas mais difíceis dos registros futebolísticos, na cabeçada do Rei Pelé, em um jogo entre Brasil e Inglaterra, pela Copa de 90. Assista a defesa abaixo:
Pernambuco também não tem do que se queixar. Grandes goleiros estiveram presentes nas metas do Estado. Um deles, inclusive, chegou à seleção. O arqueiro Bosco, na época defendendo as cores do Sport, foi convocado em algumas oportunidades para defender a Seleção Brasileira, entre 2000 e 2001.
No momento, os três clubes da capital tem três ídolos em suas metas. No Sport, Magrão é titular absoluto há seis anos. No Santa Cruz, o então desconhecido Tiago Cardoso chegou ao time no ano passado. Um ano depois, é considerado peça fundamental do grupo comandado por Zé Teodoro. Defendendo as cores do Náutico há três anos, Gideão chegou como aposta. Foi reserva de Glédson durante boa parte deste tempo. Quando teve sua oportunidade, mostrou que teria condições de ser uma das referências do time.
Dia 26 de abril, dia do goleiro. Como diria um poema de autor desconhecido, "Ser goleiro é ser heroi e vilão. É querer evitar o inevitável sempre achando, lá no fundo, que dava pra defender o mais indefensável dos chutes. É jogar um jogo coletivo de forma quase individual e depois de uma grande defesa, ainda que não te agradeçam, saber que você é tão importante quanto o atacante. É saber dizer que falhas fazem parte, pois só quem joga lá sob as traves, sabe o quanto defesas que parecem fáceis podem ser bem mais difíceis do que se espera. Enfim, ser goleiro é ser o coração do time, mesmo num jogo onde o principal objetivo você deve evitar."
Parabéns, Goleiros!