A presidente Dilma Rousseff (PT) e o governador Eduardo Campos (PSB) voltaram a se encontrar nesta terça-feira (17) durante agenda em Ipojuca. Esta foi a primeira vez que a petista e o socialista se reuniram em Pernambuco após a ruptura do PSB com o governo federal.
Durante as cerimônias na Refinaria Abreu e Lima e da conclusão da Plataforma P-62, Dilma e Campos tentaram demonstrar que ainda há uma relação amistosa, no entanto, em outras ocasiões eles deram a entender que a relação não passa de cordialidade entre lideranças políticas.
Em seu único discurso, Campos elogiou a petista e lembrou sobre a participação do ex-presidente Lula na aproximação dos dois. Campos ainda destacou que ele e Dilma sabem separar o campo político do administrativo, destacou o "respeito" que tem pela petista, apesar da rivalidade.
"Tenho por vossa excelência (Dilma Rousseff) um respeito muito grande e a tenho como uma brasileira honrada que ajudou a construção do Brasil. Sempre fiz este registro de culto e faço questão de reiterar, nessas circunstâncias (de rivalidade política)", discursou cordialmente o governador. "Que minhas palavras, aqui neste instante, também de agradecimento sejam extensivas a outro grande brasileiro que nos aproximou o nosso querido presidente Luiz Inácio Lula da Silva", completou o socialista, que - antes - chegou a ser apontado como "o governador querido" de Lula. Mas segundo fontes petistas, "demorou, mas Lula reconheceu quem é Eduardo" e apesar da "afinidade", o colocou como segundo plano, desfazendo a preferência.
Diferentemente da primeira aparição dos dois juntos, na Refinaria Abreu e Lima, Eduardo e Dilma já tinha se acostumado com a ideia de voltar a dividir os holofotes e apesar das críticas direcionadas um contra o outro souberam maquiar bem o relacionamento. Tanto é que no fim da cerimônia de entrega saíram juntos e sorridentes do local.
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