A miscelânea do desenvolvimento

Janguiê Diniz, | sex, 16/12/2011 - 10:02
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Sotaques diferentes e feições atípicas aos nordestinos estão cada vez mais presentes na rotina do pernambucano. Com o rápido crescimento do estado e a prospecção de uma expansão contínua, Pernambuco se tornou um dos destinos mais procurados pelos migrantes do Brasil e do exterior.  Essa mistura de identidades culturais acaba dando uma nova forma ao estado que precisa se adaptar a esse inchaço e oferecer uma melhor estrutura para toda a população. O resultado disso é muito positivo uma vez que o estado está em ritmo acelerado e cresce mais do que o próprio país.

Registre-se que de acordo com o Condepe/Fidem mais de 50 mil pessoas vindas de fora da Região Metropolitana fixaram residência no Recife, mais de 30 mil são de outros Países. A quantia é expressiva comparada ao número de pernambucanos que deixaram a terra natal para tentar a vida no exterior, o que chega a ser menos da metade deste total.  A vinda destes forasteiros tem desenhado novos contornos na vida social dos municípios, os quais se adaptam cada vez mais para oferecê-los acolhimento. Os impactos já podem ser sentidos com a valorização dos imóveis, sobretudo nas áreas mais próximas dos projetos estruturadores como Suape.

Ampliando o quadro de análise, frisamos que a cidade de Ipojuca acaba por ser uma grata surpresa nas estatísticas econômicas. O município que praticamente não parecia no levantamento do PIB agora ocupa o posto de segundo maior de Pernambuco. A ascensão de Ipojuca se dá primordialmente pelo comercio atacadista de combustíveis o qual tem uma tendência ainda maior de expansão por conta das demandas trazidas por Suape.  Os municípios circunvizinhos aos projetos industriais seguem a linha do desenvolvimento não só no número e sim, na própria paisagem da cidade. Os municípios e a região metropolitana em si estão cada vez mais cosmopolitas e com centros urbanos desenvolvidos.

Nessa perspectiva, é auspicioso enfatizar que o cenário atual é muito parecido com que viveu a cidade de São Paulo há alguns anos atrás. Pessoas de várias partes do Brasil emigraram em busca de melhores condições,  os nordestinos foram os principais atores sociais desta história. Agora a história é recontada na direção inversa.  Antes Pernambuco era conhecido apenas pelas belas praias e a receptividade dos nativos, agora é uma terra de oportunidades.

A título ilustrativo citamos o setor de serviços como  um dos termômetros deste desenvolvimento. Comparado com 2010 tivemos um crescimento de 3,09% nesta área. Só no comercio houve um aumento de 5,6% nas atividades varejistas.  A indústria e a construção civil são os mais aquecidos ambos tiveram o crescimento de 5,4% e 8,1%, respectivamente. Comparado ao o mesmo período de 2010, O estado teve um crescimento de 3,9% quanto o País como um todo obteve a média de 2,1%. As estimativas são de que fechemos o ano com um crescimento de 5%.  

A guisa de arremate, asseveramos por fim que  tudo é  muito animador, porém não se pode esquecer que todo desenvolvimento possui algumas adversidades as quais precisam ser pensadas para que a longo prazo não haja o declínio de toda esta evolução.  Para que o crescimento não se dê de forma desordenada é preciso ficar atento a infra estrutura nas áreas de saúde e educação, saneamento básico, transporte, etc. Todas as teclas que já vem sendo batidas incessantemente para a melhoria na qualidade de vida de toda a população. Novas culturas, novas pessoas e os velhos desafios que se condensam nessa miscelânea de desenvolvimento que é Pernambuco atualmente.

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