Papa quer padres humildes e dispostos a ouvir

Declaração foi dada em discurso na Basílica de Santa Maria del Fiore

| ter, 10/11/2015 - 10:22
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Foto: Vincenzo Pinto Papa Francisco exalta proximidade com o povo e oração Papa Francisco exalta proximidade com o povo e oração

O Papa Francisco pediu nesta terça-feira mais "humanidade, desinteresse e felicidade" da parte dos padres, que são chamados a se inspirar nos santos da Igreja e em personagens inventados, como Don Camillo, encarnado nas telas por Fernandel.

"A Igreja italiana tem muitos santos cujos exemplos podem ajudar a viver sua fé com humildade, desinteresse e felicidade", declarou o Papa em um discurso antes durante a Convenção dos bispos italianos, na Basílica de Santa Maria del Fiore, em Florença.

Desta forma, ele citou Francisco de Assis e Filippo Neri, padre italiano do século XVI, santo padroeiro de Roma, conhecido por seu senso de humor.

"Mas eu também acredito na simplicidade de personagens inventados, como Don Camillo, que fazia dupla com Peppone" nos romances do escritor italiano Giovannino Guareschi, afirmou Francisco.

Nestes livros, "a oração de um bom padre toca de maneira evidente as pessoas".

"Don Camillo dizia: 'Eu sou um pobre padre do campo que conhece seus paroquianos cada um pelo nome, que os ama, quem conhece suas dores e suas alegrias, que sofre e sabe rir com eles'", lembrou o Papa.

Para Francisco, a "proximidade" com o seu povo e a "oração" são as "chaves para viver um cristianismo humano, popular, humilde, generoso e alegre".

"Se perdermos esse contato com o povo fiel de Deus, vamos perder e, humanidade e não iremos a lugar algum", insistiu, pedindo aos 220 bispos reunidos na capital toscana de serem antes de tudo "pastores".

Jorge Bergoglio almoçou na Caritas de Florença, antes de celebrar uma missa no estádio Artemio-Franchi no início da tarde.

Mas cedo, visitou Prato, a 20 km de Florença, capital da indústria têxtil italiana e onde trabalham milhares de imigrantes chineses. Ele denunciou "o câncer da exploração do homem e do trabalho, o veneno da ilegalidade" e apelou pelo direito de todos "a um trabalho digno".

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