Após caciques do MDB se movimentarem nos bastidores contra uma eventual candidatura própria do partido, o ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) disse à reportagem que "felizmente esses pensamentos derrotistas e adesistas não são majoritários".
O ministro chamou de "oportunista" o pedido de alguns emedebistas para que a sigla permaneça neutra na disputa e não apoie nenhum candidato à Presidência este ano para liberar os Estados. Ele ponderou que "cada um pode ir ter seus pensamentos".
Marun diz ter certeza que o governo terá candidato e que é "provável" que seja um integrante do MDB. Neste caso, os nomes cotados são os do presidente Michel Temer e do ex-ministro Henrique Meirelles. Na última pesquisa realizada pelo Datafolha, em abril, ambos não ultrapassam 2% das intenções de voto.
Sobre o baixo índice de aprovação dos pré-candidatos do MDB, Marun disse que o partido vai para as eleições "torcendo para que a população caia na real". "Eleição se ganha e se perde. Ninguém pode apresentar à população o conjunto de realizações que nós promovemos. Não existe receita para o país melhor que a nossa", defendeu.
Como mostrou o Estadão/Broadcast, pelo menos nove diretórios regionais não querem que o MDB apresente candidato próprio à sucessão do presidente Michel Temer. O cálculo foi apresentado em jantar na quarta-feira, 9, na casa do presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).
Também estavam presentes o presidente do partido e líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), e o senador Renan Calheiros (AL), desafeto de Temer. O receio do comando emedebista é de que a impopularidade de Temer grude nos candidatos e prejudique o resultado nas urnas.
Na quinta-feira, 10, Temer procurou assumir um discurso que deixa aberta a articulação ao dizer, em entrevista ao Estadão/Broadcast, que "nenhuma possibilidade será descartada" embora tenha ressaltado achar difícil uma candidatura única de centro prosperar.
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