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Questionado sobre a eventual possibilidade de se criar um imposto sobre as transações realizadas pelo Pix, o diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do Banco Central (BC), Renato Dias de Brito Gomes, avaliou nesta segunda-feira, 4, que taxar o uso do instrumento seria "uma loucura".

"Espero que não. Não é assunto do BC, mas seria uma loucura", afirmou Gomes, na live semanal da instituição.

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O diretor repetiu que o Pix Internacional é uma das prioridades em desenvolvimento pelo BC e negou que o instrumento tenha o objetivo de substituir o uso dos cartões de crédito, como aventou o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, na semana passada. "O grande impacto do Pix é substituir dinheiro, que vai sempre existir, mas é um meio de pagamento ineficiente, Quanto mais houve migração de dinheiro para meios digitais, sobretudo o Pix, melhor. A preocupação do Pix não é substituir cartão de crédito, que oferece também outros serviços. Mas o crédito é uma grande avenida de desenvolvimento para o Pix", completou.

Gomes ainda apoiou o movimento dos servidores do BC pela reestruturação da carreira do órgão. "A equipe que trabalha no Pix entregou muito, e um dos grandes desafios para seguir na agenda evolutiva é a moral da equipe, devido à avaliação de que a carreira do BC não é devidamente valorizada", concluiu.

O BC publicou nesta segunda-feira o "Relatório de Gestão do Pix - Concepção e primeiros anos de funcionamento 2020-2022", com as principais estatísticas do instrumento até o ano passado.

O documento mostra, por exemplo, que a maior transação já realizada pelo Pix teve o valor de R$ 1,2 bilhão, em dezembro de 2022.

O Banco Central publicou nesta segunda-feira, 4, o "Relatório de Gestão do Pix - Concepção e primeiros anos de funcionamento 2020-2022", com as principais estatísticas do instrumento até o ano passado.

O documento mostra, por exemplo, que a maior transação já realizada pelo Pix teve o valor de R$ 1,2 bilhão, em dezembro de 2022. O valor médio das operações naquele mês, porém, foi de R$ 257.

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Considerando ainda esses números com mais de nove meses de defasagem, o BC afirma que o valor médio das operações de pessoas físicas desde o lançamento do Pix é de R$ 200.

Os dados publicados nesta segunda-feira se referem ao fim do ano passado, quando 133 milhões de pessoas físicas e 11,9 milhões em empresas usavam o instrumento.

Na comparação com dezembro de 2021, o valor transacionado na plataforma de pagamentos em tempo real saltou de R$ 718 bilhões para R$ 1,2 trilhão.

"Mesmo que o uso do Pix já esteja consolidado pela população enquanto instrumento de transferência entre contas, e que sua infraestrutura já permita diversas outras inovações, ainda falta superar alguns obstáculos. Parte dessas barreiras está relacionada aos hábitos de uso dos pagadores já acostumados a escolher outros instrumentos de pagamento no seu dia a dia, principalmente para o pagamento de contas e para a realização de compras", completou o BC, no documento.

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