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Uma das novidades desta 22ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns é a inserção dos conceitos de sustentabilidade, empreendedorismo e acessibilidade à realização. Diversas atividades envolvendo esses conceitos estão sendo realizadas durante o FIG, de exposições a oficinas, passando pela presença de tradutores de Libras para deficientes auditivos em espetáculos de teatro e circo. No Ambiente Criativo - um dos pavilhões localizados no Parque Euclides Dourado - é possível encontrar bolsas e acessórios produzidos com pedaços de lona reaproveitada. Apesar de poder causar estranhamento em alguns pelo material utilizado, as peças são muito bonitas e bem acabadas, e estão à venda.

Trata-se do projeto SustentHabilite-se, que envolveu cerca de 30 costureiras (sendo 10 delas em Garanhuns durante o Festival de Inverno). Elas participaram de uma oficina para aprender a trabalhar com o material, usado para a decoração de stands e pavilhões do Festival Pernambuco Nação Cultural, do Qual o FIG faz parte. A iniciativa é da designer Simone Andrade, que trabalha com criação há 10 anos e, recentemente, lançou sua própria grife de moda. "Ano passado percebi a grande sobra de lonas e descobri que depois do festival esse material era jogado fora", conta Simone, que ressalta a sustentabilidade e a consciência ecológica da ação.

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Durante uma semana de oficina, foram produzidas cerca de 40 peças, entre bolsas, cartucheiras e carteiras, todas reutilizando a lona de festivais anteriores do Pernambuco Nação Cultural. Os produtos agregam valor ao também utilizar outros materiais como couro e camurça, e o resultado é itens bonitos e práticos. A maioria das peças já havia sido vendida até a noite da última sexta (20), e a expectativa de Simone é vender tudo até o fim do FIG 2012. "Reunimos mulheres de baixa renda com a ideia é trabalhar também o empreendedorismo", ressalta a designer, que pretende levar o SustentHabilite-se para os próximos eventos do Pernambuco Nação Cultural. 

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A economia criativa teve, pela primeira vez, um espaço exclusivo no Festival de Inverno de Garanhuns. Conceito que vem ganhando visibilidade e prática cada vez mais comuns, o assunto tem muitas facetas e envolve desde inovações tecnológicas a redes de economia solidária e trabalhos artísticos. Diferentes ações envolvendo criatividade, inovação e sustentabilidade estão agrupadas no pavilhão Ambiente Criativo, localizado no Polo Euclides Dourado.

Uma das principais ações do Ambiente Criativo é o Papo Criativo, mesas com a participação de representantes de ONGs, Oscips, Pontos de Cultura e gestores públicos, para dar mais corpo ao debate do que é economia criativa e quais as consequências do reconhecimento de valor dessas atividades para o desenvolvimento econômico e social do país.

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João Paulo Seixas, da rede de Pontos de Cultura Iteia, organizador dos papos, ressalta que já foram debatidos temas como moda, audiovisual, sustentabilidade ambiental e festivais de música. "O que surpreendeu é que o público do festival que estava apenas passando parou para conferir os Papos", diz João Paulo, complementando, "é muito bom colocar em pauta assuntos como a inclusão social".

Para Klayton Bessone, idealizador do Ambiente Criativo, "o FIG 2012 é economia criativa pura. Os três pilares desta edição: sustentabilidade, empreendedorismo e acessibilidade são princípios básicos da economia criativa, conceito que é um divisor de águas". Klayton avisa que várias secretarias estaduais estão envolvidas com a iniciativa, como as de Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, e que está sendo articulada a criação do Criativa Birô, do qual é o representante por Pernambuco. A ideia e que todos os festivais do projeto Pernambuco Nação Cultural passem a contar com o Ambiente Criativo.

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Empreendedorismo - Um dos espaços do Ambiente Criativo é ocupado pelo SEBRAE, que oferece informações sobre as pessoas jurídicas do Empreendedor Individual. "Garanhuns já tem 1.400 empreendedores individuais, e a maioria é de mulheres", avisa Yoná Fernanda, orientadora empresarial do SEBRAE. O espaço, além de orientar, viabiliza o registro de pessoas que já tenham seus pequenos negócios e ainda não se formalizaram. Basta ter RG, CPF, Título de Eleitor e comprovante de residência ou de localização do seu negócio.

Com as informações, qualquer empreendedor sai com um CNPJ para seu negócio em cerca de apenas dez minutos.

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Foi lançado neste domingo (15), no Ambiente Criativo, um dos pavilhões do Parque Euclides Dourado, do Festival de Inverno de Garanhuns, a página do cinema pernambucano. Capitaneado por Isabela Cribari e Germana Pereira, o www.cinemapernambucano.com.br se propõe a ser um banco de dados sobre o cinema pernambucano em toda a sua história, catalogando filmes, produtoras, realizadores, técnicos, trabalhos acadêmicos, editais e cineclubes.

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Colaborativo, o site abre para que as pessoas envolvidas na cadeia produtiva do cinema pernambucano se cadastrem e registrem também suas obras. Já existem 430 filmes e mais de 60 profissionais da área no cinemapernambucano.com.br. "E uma forma de reunir informações que estão dispersas ou simplesmente não existem", afirmou Isabela Cribari. "Percebemos que não há visibilidado para o cinema pernambucano na internet e nosso principal objetivo é proporcionar essa visibilidade", ressalta Germana Pereira.

A intenção é ir além do catálogo e proporcionar às pessoas do audiovisual pernambucano uma ferramenta de conexão entre produtores, técnicos e realizadores, além de pesquisadores. E, antes mesmo de entrar no ar, o site já proporcionou isso para a própria Germana, que contratou uma produtora a partir das informações contidas no cadastro feito para o cinemapernambucano.com.br.

A cinesta Katia Mesel esteve no lançamento e considera a iniciativa "Muito importante, porque o nosso cinema é tão vasto que às vezes os segmentos não têm como visualizar o todo da cadeia produtiva". Katia ainda chama atenção para o fato do site ser dinâmico e proporcionar, mais do que um arquivo de informações, a interação entre quem faz cinema no Estado. Para a cineasta, ter um site como este também dá mais credibiliadde aos realizadores e ao cinema pernambucano.

A intenção é ampliar as ações para a área de formação e realizar, a partir do próximo ano, cursos online de cinema. A criação do site surge em um momento vigoroso da produção audiovisual de Pernambuco, como assinala Isabela: "Estamos vivendo talvez o melhor momento do cinema pernambucano. A contribuição hoje do cinema de Pernambuco para o cinema nacional é imensa".

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