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Entre aquarelas e gravuras, a exposição Asger Jorn – Um Desafio à luz, aberta à visitação no Museu Nacional da República, em Brasília, destaca a obra de um artista que foi além da pintura e se aventurou na escultura e tapeçaria, tendo a luz e escolha de cores como um toque especial e pessoal. A mostra é composta por 48 desenhos/colagens e aquarelas, além de 53 gravuras, somando 101 trabalhos sobre o papel do Museu Jorn, na Dinamarca, e três pinturas de coleções particulares.

De acordo com o curador da exposição, Jacob Thage, o integrantes do Grupo CoBrA (1948-1951) notabilizou-se por uma produção vasta, que vai do desenho à cerâmica. “Em todas as suas obras, Jorn baseia-se em uma iconografia pessoal, um universo que trata de estética, ciências sociais, política, história, filosofia e vida privada”, explicou o curador. O título da mostra foi extraído do prefácio de um livro de René Renne e Claude Serbanne sobre os desenhos de Jorn, publicado em 1947.

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Entre as obras estão os desenhos feitos por Jorn entre 1937 e 1973, época em que o artista se apropriou do surrealismo, durante o período em que esteve em Paris estudando com Fernand Léger.  As descolagens do artista também integram a mostra. As obras foram criadas quando ele arrancou lâminas dos cartazes que costumavam ser colados uns sobre os outros em colunas (maioria produzida em 1964).

O trabalho gráfico explora várias técnicas: linoleogravura, gravura, litografia e xilogravura, entre outras. “A gráfica tem para mim um papel importante, pelo fato de poder esgotar todas as possibilidades de expressão existentes em cada técnica – gravura, ponta-seca, água-forte, litografia, xilogravura e assim por diante –, levá-las até o limite”, declarava o artista. Segundo Thage, Jorn soube explorar as múltiplas possibilidades de técnicas gráficas.  “A coleção completa de obras gráficas, desde os primeiros retratos um pouco ingênuos de membros da família em cortes de linóleo, até as últimas xilogravuras, de beleza quase cintilante, produzidas por volta de 1970, apresentam uma gama cromática extremamente rica e transições fantásticas”, frisou.

A exposição permanece no Museu Nacional da República até o dia 17 de fevereiro. O horário de visitação é de terça a domingo, das 9h às 18h30. A entrada é franca.

Com informações da Agência Brasília.

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