Tópicos | cenas de ação

Ainda tentando se adaptar ao mundo moderno, Steve Rogers/Capitão América (Chris Evans) descobre uma conspiração enraizada profundamente na S.H.I.E.L.D. Além disso, ele é forçado a enfrentar uma lenda dos tempos soviéticos, um exímio e sanguinário assassino conhecido como O Soldado Invernal.

Em 2000, a Marvel lançou a linha Ultimate, que tinha como objetivo renovar seus principais heróis para o novo milênio. Entre eles o Capitão América, que nos Supremos (como foram rebatizados os Vingadores no Ultimate) se torna um personagem mais sério, determinado, um soldado que faz o que tem que fazer em prol do seu país, mesmo tendo que contrariar a própria nação, ou melhor a S.H.I.E.L.D. Essa é a sensacão que temos quando assistimos Capitão América - O Soldado Invernal. É o filme mais sério dessa nova fase Marvel e tão realista quanto um filme sobre meta-humanos e aeroporta-aviões pode ser.

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O Capitão América se vê envolvido numa trama que facilmente poderia ter saído de um filme de Humphrey Bogart do pós-guerra. Um veterano de guerra, uma femme fatale de caráter duvidoso, o assassinato de um ‘figurão’, embates entre polos capitalistas/fascistas/comunistas e muita espionagem. A direção foi dividida entre os irmãos Anthony e Joe Russo (entre seus trabalhos mais conhecidos estão vários episódios da série Community).

Apesar da origem na comédia, os irmãos fizeram um trabalho brilhante, resultando num thriller de espionagem cheio de momentos de tensão, viradas inesperadas e muitas cenas de ação de qualidade e intensidade que vão agradar até o mais exigente fã de filmes de luta.

Chris Evans vem mantendo o bom trabalho que tem feito desde o primeiro filme do Capitão, adotando apenas um tom mais sério que o filme pede, mas isso não o impediu de acertar nas piadas, especialmente as relacionadas a sua idade. Com a Viúva-Negra tendo um papel mais decisivo na trama, Scarlett Johansson teve uma oportunidade maior de desenvolver sua personagem, oportunidade que ela aproveitou, dando profundidade e mostrando que ela é mais do que um rostinho lindo. O Falcão é vivido por Anthony Mackie com naturalidade e se encaixa no universo do filme sem que o espectador sinta que foi algo forçado. Sebastian Stan vive o vilão que dá nome à obra de maneira fria, calculista que beira o robótico, o que encaixa perfeitamente com o perfil do Soldado Invernal, que age e é tratado mais como uma arma viva do que um ser humano.

Mas não seria um filme da Marvel se não expandisse ainda mais o universo criado pela empresa. Nesse sentido, o Capitão é o arauto para Os Vingadores 2, criando vários possíveis cenários políticos para a S.H.I.E.L.D. e citando vários personagens dos quadrinhos, como o mago Dr. Stephen Strange, mais conhecido pela alcunha de Doutor Estranho. Os Starks, Howard e Tony, são citados várias vezes. Entretanto faz falta a ausência de outros Vingadores.

Muitas situações poderiam ter sido resolvidas pedindo ajuda para o Homem de Ferro, Thor, Gavião ou até mesmo o instavél Hulk, mas mesmo assim ninguém se lembra de pedir ajuda. Claro, eles podem estar ocupados com seus próprios problemas, crise terrorista em Homem de Ferro 3, Elfos Negros em Thor 2, mas o filme não deixa claro se essas crises estão acontecendo sequencialmente ou ao mesmo tempo.

Por todos os fatores enumerados acima, e alguns outros, que Capitão América - O Soldado Invernal é um filme superior ao primeiro longa do Vingador e um forte candidato a melhor filme da fase 2 da Marvel. Se a qualidade continuar ascendendo desse jeito, podemos esperar um Vingadores 2 revolucionário. Falando em Vingadores 2, não saiam do cinema até verem as duas cenas pós-crédito.

Por Stefano Spencer 

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