Tópicos | consumidor negro chamado de macaco

Um consumidor negro foi chamado de ‘macaco’ no pedido de lanche do Burger King, em Moema (SP), bairro nobre da zona sul de São Paulo. O caso ocorreu no último sábado (24) e a vítima, o universitário David Reginaldo de Paula Silva, 24 anos, registrou boletim de ocorrência dois dias depois por injúria racial.

O estudante espera que a Polícia Civil puna, na esfera criminal, o atendente da loja que o ofendeu ao compará-lo com o primata em vez de escrever seu nome no cupom fiscal. “Fiz um pedido normal. O atendente perguntou meu nome, CPF e anotou. Esperei chamar minha senha. Foi quando vi ao lado da senha o nome ‘macaco’ e fiquei assustado”, disse David. Além disso, o universitário afirma que três atendentes riam da situação e ele preferiu não se manifestar naquele momento. "Não fiz escândalo, não questionei o atendente e também não peguei sua identificação. Cheguei a comer dois pedaços do lanche e perdi o apetite. Depois fui para casa”, afirmou.

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Em sua rede social, David afirmou que “o preconceito racial é uma doença que deve ser eliminada da sociedade brasileira. É inadmissível que em pleno século XXI, em 2018, ainda possa acontecer esse tipo de atitude racista”. De acordo com a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), o fato pode ser considerado injuria racial, como diz o artigo 140, parágrafo 3º do Código Penal, pois ofende a dignidade do indivíduo utilizando palavra depreciativa referente à cor.

Em nota oficial, o Burger King afirmou que apura o caso para tomar as devidas providências e que a empresa repudia qualquer tipo de discriminação. “O Burger King informa que tomou conhecimento do caso relatado na unidade localizada na loja da Avenida Santo Amaro, em São Paulo, e está apurando o ocorrido para que as medidas necessárias sejam tomadas”, diz a nota.

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