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O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, reafirmou nesta quinta-feira que o volume de recursos liberados neste ano deverão ficar entre R$ 145 bilhões e R$ 150 bilhões. Para Coutinho, o total de financiamentos previsto dependerá da velocidade com que as medidas de estímulo promovidas pelo governo, como a redução da taxa básica de juros, surtirão efeito sobre o investimento privado.

"Se esse investimento for retomado mais cedo estaremos mais perto dos R$ 150 bilhões". Em 2011, o BNDES emprestou R$ 139,678 bilhões. Segundo Coutinho, os setores de óleo e gás, infraestrutura e construção civil devem puxar a recuperação do investimento. "Mas o determinante será o programa de estímulos ao investimento".

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Os setores de energia e logística deverão ficar com R$ 24,5 bilhões, na estimativa do superintendente de Infraestrutura e Insumos Básicos do banco, Nelson Siffert. Se confirmada a previsão, esse total representará alta de 31% sobre 2011. Para 2013, a estimativa do BNDES é de R$ 31 bilhões para os dois setores, volume que representa uma alta de 26% sobre a previsão para 2012.

Segundo o presidente do BNDES, as políticas públicas terão papel fundamental na recuperação de investimentos de setores-chave como petróleo e gás, energia, infraestrutura e construção. Disse, ainda, que o governo fará o possível para cumprir a meta de crescimento prevista pelo governo para 2012.

"Faremos o possível para alcançar um crescimento de 4% do PIB, puxado pelo investimento", disse. O objetivo, diz Coutinho, é, neste ano, galgar um degrau e atingir uma taxa de 20,5% de investimento em relação ao PIB.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou nesta quinta-feira a perspectiva de investimento para a indústria no período 2012-2015. A projeção é de que R$ 597 bilhões sejam aportados nos setores de petróleo e gás, extrativa mineral, têxtil e confecção, papel e celulose, química, siderurgia, eletroeletrônica, automotivo, indústria aeronáutica e Complexo Industrial e Saúde (CIS).

O volume é superior ao investimento estimado pelo banco no período 2007-2010, de R$ 461 bilhões. O setor de petróleo e gás vai puxar os aportes com R$ 354 bilhões de crédito, contra R$ 238 bilhões entre 2007 e 2010. Os setores de extrativa mineral (R$ 58 bilhões) e automotivo (R$ 56 bilhões) virão em seguida no ranking de maiores investimentos, segundo o BNDES. "Estamos antevendo uma recuperação dos planos de investimento na indústria e uma firme continuidade nos investimentos em infraestrutura", disse o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

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Consultas

Para Coutinho, o aumento do número de consultas e enquadramentos registrado no primeiro trimestre de 2012 sobre igual período de 2011 mostra um cenário de retomada do investimento. "Estamos em um processo de superação das expectativas menos otimistas em relação à economia brasileira", disse. Os números relativos ao primeiro trimestre, segundo sua avaliação, ainda não refletem, no entanto, a segunda rodada do Plano Brasil Maior, lançado pelo governo federal para dar mais competitividade ao País.

Coutinho afirmou que o Brasil Maior deve reforçar a tendência de retomada dos planos de investimento no futuro. Para ele, o resultado dos desembolsos, que fechou o primeiro trimestre em patamar levemente inferior ao do mesmo período de 2012, ainda reflete um momento anterior.

O volume de recursos liberado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no primeiro trimestre de 2012 recuou 2% na comparação com o mesmo período do ano passado, somando R$ 24,486 bilhões. De janeiro a março de 2011, o banco liberou R$ 24,9 bilhões. Apenas no mês de março o BNDES liberou R$ 9,320 bilhões. No acumulado de 12 meses foram R$ 138,494 bilhões desembolsados.

As aprovações chegaram a R$ 25,458 bilhões entre janeiro e março deste ano, montante que representa uma queda de 34% sobre igual período de 2012. Já as consultas somaram R$ 55,712 bilhões no trimestre, uma alta de 37% em relação ao primeiro trimestre de 2011.

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A indústria recebeu R$ 6,360 bilhões do banco no período, que representam uma participação de 26% do total liberado pelo BNDES no período. O setor de infraestrutura recebeu um total de R$ 9,949 bilhões, fatia de 41% dos financiamentos do banco. O crédito para o setor de Comércio e Serviços somou R$ 5,958 bilhões, enquanto a Agropecuária recebeu R$ 2,220 bilhões.

Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) devem fechar o primeiro trimestre abaixo dos R$ 24,9 bilhões do mesmo período de 2011, que por sua vez foi 2% inferior aos primeiros três meses de 2010. O marasmo da indústria tem sido o principal responsável pelo impacto negativo na demanda e o banco se prepara para reduzir as taxas do Programa de Sustentação de Investimento (PSI) como forma de incentivar a retomada dos pedidos de crédito.

A redução das taxas, com anúncio previsto para as próximas semanas, vai variar de acordo com cada categoria, mas deve se situar num intervalo entre 1 e 2 pontos porcentuais. Com isso, alguns segmentos contemplados no PSI devem retornar aos patamares que vigoraram até março do ano passado.

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Naquela ocasião, o governo decidiu elevar as taxas e estender o programa até dezembro. Depois, nova prorrogação jogou para dezembro de 2012 o prazo de vigência do PSI, criado emergencialmente em julho de 2009 para estancar os efeitos da crise global sobre a indústria brasileira. O objetivo principal do programa é estimular a produção, aquisição e exportação de bens de capital e a inovação tecnológica.

Caso confirmada, a queda nas liberações do BNDES no primeiro trimestre será a segunda para este período desde 2006. O que preocupa técnicos do banco é que o recuo está ocorrendo não apenas em grandes financiamentos, acima de R$ 10 milhões, feitos por meio de operações diretas do banco, como para valores abaixo desse patamar, feitos com a intermediação de outros agentes financeiros. Geralmente, a maior parte dos empréstimos feitos por operações indiretas refere-se à compra de equipamentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) observou que houve uma descentralização geográfica na concessão de crédito em 2011. Os desembolsos para as regiões Norte e Nordeste somaram 22% do total liberado pelo banco. Em 2010, as duas regiões foram responsáveis por 17% dos desembolsos totais.

No entanto, a região Norte registrou uma queda de 8% nos desembolsos obtidos em 2011, em relação a 2010. Os desembolsos para a região Norte somaram R$ 10,9 bilhões em 2011, enquanto os liberados para o Nordeste totalizaram 18,8 bilhões no período, um aumento de 9% ante 2010 e que puxou o resultado da soma de ambas.

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A região Sudeste ficou com praticamente metade dos desembolsos do banco: R$ 68,2 bilhões. O resultado, porém, representa um recuo de 30% em relação ao volume liberado em 2010. Já a região Sul aprece com a segunda maior fatia dos desembolsos: 21% do total, ou R$ 29,7 bilhões, volume que representa uma queda de 2% sobre o valor de 2010. A região Centro-Oeste obteve 8% do total de desembolsos, com um total de R$ 11,35 bilhões, resultado estável em relação ao ano anterior.

Liberações

Segundo o BNDES, o ritmo de liberação de recursos no final do ano aumentou, o que permitiu fechar 2011 dentro da previsão de R$ 140 bilhões. O total de desembolsos somou R$ 139,7 bilhões em 2011. No quarto trimestre, as liberações foram de R$ 47,2 bilhões, que representam uma alta de 17% em relação a igual período de 2010. "A aceleração na concessão de crédito em novembro e dezembro ajudou o banco a fechar o ano dentro das nossas expectativas", contou Luciano Coutinho, presidente da instituição.

Coutinho ressaltou que, embora o resultado de 2011 represente um recuo de 17% sobre o total liberado em 2010, as liberações ficaram em patamar semelhante ao daquele ano. Se descontados os R$ 24,7 bilhões aplicados pelo BNDES na capitalização da Petrobras, considerada uma operação atípica, lembrou ele, os desembolsos de 2010 ficaram em R$ 143,6 bilhões.

Moderação

Em relação a 2012, Coutinho não quis fazer previsões sobre o desempenho do banco, mas afirmou que a orientação é seguir a política de moderação dos desembolsos para abrir espaço ao financiamento privado de longo prazo.

Segundo Coutinho, o BNDES ainda conversa com o Ministério da Fazenda sobre eventual necessidade do banco de fazer novos empréstimos do Tesouro Nacional neste ano. "Temos alguma folga", disse o presidente do banco, referindo-se à disponibilidade de R$ 10 bilhões do último crédito, aprovado em 2010.

O BNDES informou ainda que o banco registrou em 2011 o maior número de operações de sua história, com 896 mil financiamentos, expansão de 47% em relação a 2010. O aumento nas operações de crédito deveu-se, sobretudo, ao aumento dos desembolsos para as micro, pequenas e médias empresas.

O setor de infraestrutura liderou os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2011, até o mês de setembro, com R$ 38 bilhões, montante equivalente a 41% do total liberado pelo banco de fomento no período. Destacaram-se o transporte rodoviário, com R$ 19,7 bilhões; energia elétrica, com R$ 9,7 bilhões; e o transporte ferroviário, com R$ 1,1 bilhão.

O segmento de infraestrutura inclui projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A indústria ficou com R$ 28,4 bilhões, o correspondente a 31% do total desembolsado, seguida por comércio e serviços, com R$ 17,9 bilhões, e agropecuária, com R$ 7,2 bilhões.

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O BNDES informou ainda ter liberado um volume recorde de recursos para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) no período. O montante atingiu R$ 36,2 bilhões, que representam alta de 8% em relação ao mesmo período de 2010. Com o resultado, o volume liberado para as MPEs correspondeu a 39,5% dos financiamentos concedidos pelo banco no ano. Foram cerca de 600 mil operações com as micro, pequenas e médias empresas, o equivalente a 94% das operações registradas.

Luciano Coutinho, presidente do BNDES, disse que o banco deverá fechar 2011 com desembolsos entre R$ 140 bilhões e R$ 145 bilhões, volume no entanto, inferior ao que ele havia previsto no início de 2011. "É um pouco cedo ainda para avaliar, já que há uma concentração natural de desembolsos no final do ano. O importante é que fizemos isso sem comprometer os recursos para investimentos, que têm sido compensados pelo mercado de capitais. O nosso desempenho não será medido pelo crescimento dos desembolsos, mas pela nossa capacidade de calibrar com o mercado de capitais sem prejudicar o investimento", afirmou Coutinho.

Sobre a carteira da BNDESpar, Coutinho disse que o banco não vai perder com o mau momento da bolsa porque deixará de realizar a venda de papéis esperando um momento mais favorável. Segundo ele, tendo em vista a composição da carteira, os rendimentos de dividendos terão bom resultado no terceiro trimestre. Coutinho, no entanto, não quis antecipar detalhes.

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