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O estoque de operações de crédito do sistema financeiro subiu 1,8% em junho ante maio e chegou a R$ 2,531 trilhões, segundo anunciou nesta sexta-feira o Banco Central (BC). No trimestre encerrado no mês passado, a carteira cresceu 4,3% e, no primeiro semestre do ano, houve alta de 6,9%. Em 12 meses até junho, a elevação foi de 16,4%.

De acordo com a autoridade monetária, o crédito livre aumentou 0,9% no mês e 9,7% em 12 meses, enquanto o direcionado subiu 2,9% em junho e 26,6% em 12 meses. No crédito livre, houve crescimento de 0,2% para pessoas físicas no mês, 3,3% no acumulado do ano e 7,9% em 12 meses. Para as empresas, no crédito livre, houve expansão de 1,7% no mês e altas de 3,4% no ano e de 11,6% em 12 meses. O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) passou de 54,7% em maio para 55,2% em junho.

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Juro médio

A taxa média de juros no crédito livre subiu de 25,8% ao ano em maio para 26,5% ao ano em junho. Para a pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre passou de 34,2% ao ano para 34,9% ao ano, no período, enquanto para a pessoa jurídica, avançou de 18,5% ao ano para 19,3% ao ano.

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa subiu de 136,3% ao ano para 136,8% ao ano na mesma comparação. Para o crédito pessoal, avançou de 36,7% ao ano para 38,1% ao ano. Para veículos, por outro lado, os juros caíram de 19,7% ao ano para 19,5% ao ano. A taxa média de juros no crédito total, que inclui também as operações direcionadas, subiu de 18,1% ao ano em maio para 18,5% ao ano em junho. O juro médio do crédito direcionado passou de 6,9% ao ano para 7,1% ao ano na mesma comparação.

O estoque de crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN) deve atingir R$ 2,8 trilhões em março, alta de 1,8% sobre fevereiro e 16,7% em termos anualizados, de acordo com estimativa do Informativo Semanal de Economia Bancária (Iseb) da Federação Brasileira de Bancos. Os números serão informados pelo Banco Central na nota de crédito a ser divulgada na sexta-feira, 26. Se confirmada a estimativa, o volume de crédito atingiria 53,9% do Produto Interno Bruto (PIB).

Segundo a avaliação da Febraban, nas operações com recursos livres a variação captada na sondagem será de 1,6% em março sobre fevereiro. O crédito para a pessoa jurídica deve avançar 2,6%, se comparados os mesmos períodos, enquanto que para pessoa física o avanço será de apenas 0,6%. "Em pessoa física, o desempenho mais fraco se deve aos segmentos de cartão de crédito e veículos, que devem encobrir a expansão mais forte de crédito pessoal", informou o Iseb.

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A variação anual do crédito para recursos livres deve ser de 12,5% em março, Na categoria, o crédito para pessoas jurídicas deve crescer, na mesma base de comparação, 15,8%, e avançar em menor ritmo, ou 9,3%, para pessoa física, segundo a avaliação da Febraban.

O relatório destaca ainda os ajustes verificados na Pesquisa Focus do Banco Central desta semana, entre eles a redução da previsão para a Selic ao final de 2013 de 8,50% ao ano para 8,25% ao ano, mesmo após a decisão do Copom de elevar a taxa 0,25 ponto porcentual, para 7,5% ano, na reunião da semana passada.

"Ao que parece, em conjunto com a abordagem cautelosa do BC no comunicado após o encontro, o mercado recebeu a decisão como uma confirmação da estratégia gradualista de aumentos de 0,25 p.p. (ponto porcentual) a cada encontro, ao invés de uma estratégia mais agressiva, de aumentos de 0,5 p.p.", informou. "De todo modo, o BCB poderá deixar sua estratégia mais clara na ata da reunião, a ser publicada na próxima quinta-feira, dia 25 de abril", conclui a entidade do setor bancário em seu informativo.

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