Tópicos | gestação interrompida

Esta terça-feira, 17 de novembro, é marcada por ser o Dia Mundial da Prematuridade – dedicado às pessoas que nascem antes de completar os nove meses de gestação. Mas, apesar da chegada antecipada, os casos mostram que é possível levar uma vida normal e sem maiores complicações. 

Carolina Sampaio foi um bebê prematuro. Apesar disso, a médica veterinária não enxerga problemas relacionados ao fato de ter nascido ‘antes do tempo’. “Tenho muitas alergias e rinite, mas não sei se há relação com o fato de eu ter nascido aos oito meses. Nunca investiguei o fato”, conta. 

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Já para Nikolle Aravanis, que também nasceu antes dos nove meses, a fragilidade na saúde tem ligação com a gestação interrompida. “Acho que o fato de eu ter nascido precocemente, afetou na minha saúde. Eu sou muito alérgica, e tenho sistema imunológico muito fraco e acho que isso tem a ver com o fato de ter nascido ‘antes do tempo’ e não ter tido toda ‘proteção’ que o corpo pode ter”, cogita a estudante de Engenharia agrícola e ambiental. 

Em ambos os casos, as mães tiveram pré-eclampsia, que ocorre quando a grávida - após a 20ª semana de gestação - pode ter alteração da pressão arterial que passa a ser acima de 140/90 mmHg.  “Minha mãe tinha uma idade avançada quando eu nasci. Então isso facilitou que ela tivesse esse problema, o que poderia ter ocasionado a sua morte”, explica Carolina. No caso de Nikolle, a mãe dela também passou por sérios problemas durante a gestação. “O médico disse que ela ou eu morreríamos. Então ela ficou de cama por seis meses, sem sair, de repouso total. Depois disso, eu nasci”, relata. 

Mesmo com os problemas, ambas consideram que as alergias também podem estar ligadas a outros fatos como genética e, por isso, frisam que levam uma vida normal e conseguem lidar bem com a fragilidade na saúde. “Eu sei quase tudo que tenho alergia e evito tomar ou comer essas coisas. Além disso, ando sempre com meus remédios e tenho escrito na minha carteira ao que tenho alergia. Então dá para viver muito bem”, conclui Nikolle.

Avaliação médica

Para a pediatra e tutora de medicina da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), Mônica Coentro, os casos de alergia apontados por Carolina e Nikolle nem sempre estão associados ao nascimento prematuro. Tudo vai depender do tempo que durou a gestação e sua consequências..

“Não existe uma ligação direta das alergias com todos os casos prematuros. Tudo depende do período de nascimento. Em algumas ocasiões, existe um comprometimento respiratório, que se alongam pelo primeiro ano de vida. Mas são casos e casos”.

A médica explica que os bebês são considerados prematuros quando nascem antes das 37 semanas da gestação – normalmente uma gravidez dura 42 semanas. E são várias as situações que podem levar a esse nascimento precoce. “Desde problemas na placenta, hormonal, infecções. Por conta disso, a melhor forma de evitar é fazendo um bom pré-natal”.

Mesmo nascendo antes do tempo, nem todas as crianças precisam de um tratamento especial. Essa avaliação também depende da idade gestacional. “O bebê vai receber o cuidado compatível com a idade que ele nasceu. Se nasceu bem, são cuidados normais. Se tem problema respiratório, provavelmente ele vai precisar de um suporte ventilatório, de uma incubadora. Nesses casos, há maior risco de infecção, e deve ser feito um tratamento com antibióticos. Por isso a importância do pré-natal, para que o pediatra esteja preparado para tudo”.

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