Tópicos | Kenneth Branagh

"Cinderela", a nova versão do conto de fadas dirigida por Kenneth Branagh, estreou nas telas americanas arrecadando mais de US$ 70 milhões, segundo cifras preliminares.

O segundo lugar ficou com "Noite sem fim", de Jaume Collet-Serra, com US$ 11 milhões.

##RECOMENDA##

A comédia "Kingsman: Serviço Secreto", com Colin Firth e Samuel L. Jackson, passou de quarto para terceiro lugar, com US$ 6,2 milhões (US$ 107,4 milhões em cinco semanas).\

"Golpe duplo", com Will Smith, arrecadou US$ 5,8 millhões e ficou em quarto lugar.

Em quinto lugar, a ficção científica "Chappie" arrecadou US$ 5,8 milhões (total de US$ 23,3 milhões desde a estreia).

Jack Ryan, o espião americano criado pelo escritor Tom Clancy, retorna ao cinema interpretado por Chris Pine e sob a direção do britânico Kenneth Branagh, em uma história original que busca "a síntese entre a tradição e a modernidade". Operação Sombra: Jack Ryan (Jack Ryan: Shadow Recruit), que estreia sexta-feira nos Estados Unidos e no dia 24 de janeiro no Brasil, é o quinto filme do célebre agente que já foi interpretado por Alec Baldwin, Harrison Ford e Ben Affleck.

Diferentemente dos quatro filmes anteriores - A Caçada ao Outubro Vermelho (The Hunt for Red October, 1990), Jogos patrióticos (Patriot Games, 1992), Perigo Imediato (Clear and Present Danger, 1994), A Soma de Todos os Medos (The Sum of All Fears, 2002) -, esta quinta versão não é uma adaptação direta de um livro de Clancy. "O autor concordou em nos deixar criar algo original, aproveitando elementos de todos os seus romances", explicou à AFP Kenneth Branagh. "Há muitos detalhes, em todos os livros, sobre o que os personagens fazem e suas características". "Ele foi muito generoso neste sentido", acrescentou o diretor, que dedicou o filme o autor de 100 milhões de livros vendidos, falecido em outubro aos 66 anos.

##RECOMENDA##

Os aspectos fundamentais do universo de Jack Ryan foram respeitados: o espião é um ex-marine ferido em combate, contratado pela CIA em seu regresso à vida civil, e o inimigo dos Estados Unidos continua sendo a Rússia, mas já não há Guerra Fria. "Precisávamos criar uma ligação entre o DNA original do mundo de Clancy, ancorado na Guerra Fria (...), com as novas tensões existentes entre Estados Unidos e Rússia, com novas questões em jogo e novos perigos", destacou o cineasta britânico.

Uma reflexão sobre o patriotismo

No século XXI, Jack Ryan, interpretado por Chris Pine (o novo capitão Kirk de Star Trek e Além da Escuridão: Star Trek), precisa enfrentar um oligarca russo que quer dinamitar a economia americana, combinando um ataque terrorista e movimentos financeiros gigantescos. Em sua missão, contará com a ajuda de sua companheira Keira Knightley e seu "mentor" Kevin Costner.

"Eu venho de um universo bastante clássico, que tenta alcançar uma síntese entre a tradição e a modernidade", afirma Branagh, que também se sentiu confortável com Shakespeare (Muito Barulho por Nada, Hamlet), óperas (A Flauta Mágica) e filmes de super-heróis (Thor). Ator incansável, Branagh reservou para si mesmo o papel do oligarca russo Viktor Cherevin, com um forte sotaque e algumas frases na língua de Lermontov, a quem faz referência em uma cena com Keira Knightley.

"Uma das coisas que é diferente neste personagem é que ele sabe que vai morrer, então ele já está em outra realidade", observou. "Ele tem um profundo sentimento de dor pessoal. A seu ver, é um patriota e acredita que os Estados Unidos traíram o povo russo", declara. "Ele também tem um senso de história e é implacável. Traz com ele uma coisa muito perigosa. Não tem nada a perder, o que dá um peso diferente para a história", acrescenta.

Para o cineasta, o filme não pretende "celebrar a violência ou os Estados Unidos, ou denegrir os russos". É uma reflexão sobre o patriotismo: "O que quer dizer ser patriota para Jack, um homem que faz perguntas e reflete? E para Viktor e sua forma torta e defeituosa?". De acordo com ele, o público irá se identificar com Jack Ryan, que é "acessível, afável, gentil. Tem um ar comum. Desde o início, queremos segui-lo", considera. "Ele age com a coragem que gostaríamos de ter".

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando