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Uma mudança de comportamento da população brasileira está acontecendo. Isso é o que aponta uma pesquisa divulgada este mês pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). Segundo os órgãos, no ano passado, comparado com o ano de 2009, o segmento de vendas de livros teve um crescimento de 13% no número de exemplares. 

No Recife, o reflexo do aumento das vendas é sentido no bolso e no intelecto dos consumidores compulsivos pelo conhecimento. Em algumas das principais livrarias da cidade, o movimento dos apaixonados pela leitura dão a tônica de que o segmento está em expansão. Mas, mais do que um bom faturamento, a pesquisa faz acreditar que a sociedade brasileira está lendo mais, ou seja, se enriquecendo de conhecimentos.

É movido pela busca que o professor de teologia Wallson Sales, 38, ao ser questionado, numa tarde de compras, em uma livraria do Recife, se definia como um apaixonado pela leitura e pertencente ao público que fizeram com que o percentual de vendas superasse no ano passado. Acompanhado de seu filho, o pequeno Daniel Policarpo, de 4 anos, Wallson revela que chega a gastar, todo mês, 10% de seu salário com compras de livro. “Sempre estou comprando livros. Na semana passada cheguei a comprar uns dez. Além de comprar para mim, sempre que venho à livraria compro algum livro para o meu filho. Tenho que estimulá-lo desde cedo para a leitura”, diz Wallson, que lê em média de três a quatro livros por mês.

Assim como o professor, o microempresário e estudante de direito Antônio Sostenes, 34, também é um leitor ávido, principalmente, por livros técnicas. Para ele, o fruto desse boom deve estar na mudança de mentalidade da sociedade. “Acho que o brasileiro está criando o hábito de leitura, pois o mercado de trabalho está exigindo que a população se qualifique. Em virtude dessa exigência, as pessoas estão buscando mais conhecimentos, fazendo com que as vendas cresçam”, destacou Antônio que, em média, compra e lê de dois a três livros ao mês.

Segundo o gerente de loja da Livraria Saraiva do Recife, Bruno Leonardo, em meio a essa crescente das vendas, há uma diversificação de livros mais procurados. “Os livros mais procurados são religiosos, infantis e literatura técnica”, disse.   O mesmo pensando de Bruno também é compartilhado pelo analista comercial da Livraria Cultura, Cássio Tertuliano. Para ele, a justificativa desse aumento de vendas está ligado a três fatores. “Barateamento dos livros, os investimentos da indústria editorial na literatura infantil e a necessidade de se adquirir mais conhecimentos”, pontuou.

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