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Os últimos hóspedes do hotel Maksoud Plaza, o casal de namorados Marina Gryczynki, de 26 anos, e Eduardo Gomes, de 34, afirmam que não foram avisados do fechamento do estabelecimento e acabaram expulsos. Na noite da segunda-feira (6), eles encontraram as malas já na recepção feitas pelos próprios funcionários e um aviso do encerramento das atividades. O casal narrou o episódio nas redes sociais. "Passamos o dia passeando e, quando voltamos ao hotel, o segurança barrou a gente. Tinha uma movimentação estranha e não vi ninguém. Aí, nos entendemos que o hotel estava fechado e éramos os últimos hóspedes e eles estavam aguardando a nossa chegada", conta Mariana.

Eles reconhecem que o hotel tentou entrar em contato, mas dizem que não havia nenhum aviso sobre o encerramento das atividades. "A gente não viu as ligações. Estávamos passeando. Foi uma situação que estressou a gente", diz Mariana, filha de empresários do setor hoteleiro e estudante de pós-graduação.

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De acordo com o casal, o maior problema foi a falta de comunicação. Quando fizeram a reserva por um site de viagens, eles escolheram o dia 7 como encerramento da estadia. Na noite de segunda, o casal se transferiu para outro hotel em São Paulo.

Apesar do desconforto, o casal reagiu com tom de ironia por terem sido os últimos hóspedes do icônico hotel paulistano. "O fato legal foi ter conhecido o Maksoud aos 45 do segundo tempo", diz Mariana. "Nós entramos para a história do Maksoud", diz Eduardo, que é arquiteto.

O Maksoud Plaza informa que avisou todos os hóspedes por carta e também por ligação telefônica sobre a necessidade do check-out ser feito até segunda pela manhã, antes do encerramento das atividades. Ainda segundo a administração, o hotel interrompeu a realização de reservas na última semana considerando o encerramento das atividades na segunda-feira.

Fechamento encerra 42 anos de história

Um dos ícones da hotelaria de São Paulo, o Maksoud Plaza anunciou o encerramento das atividades nesta terça-feira (7), aos 42 anos. O espaço - que esteve no auge nos anos 1980 e 1990 e recebeu celebridades nacionais e internacionais, como Frank Sinatra - continuará a existir enquanto marca e há planos de reabertura em um novo endereço.

Em crise, o hotel estava em recuperação judicial desde 2020. Em nota assinada pela administradora (HM Hotéis) e a controladora (Hidroservice Engenharia), o fechamento é atribuído à "crise da covid-19" e ao "plano de reestruturação do Grupo Hidroservice". Uma reportagem publicada pelo Estadão em 2020 também apontou que o espaço era alvo de uma longa disputa familiar.

Um dos ícones da hotelaria de São Paulo, o Maksoud Plaza anunciou o encerramento das atividades nesta terça-feira (7). O espaço - que esteve no auge nos anos 1980 e 1990 e recebeu celebridades nacionais e internacionais, como Frank Sinatra - continuará a existir enquanto marca.

Em crise, o hotel estava em recuperação judicial desde 2020, cuja ação apontava dívida de R$ 81 milhões. Em nota assinada pela administradora (HM Hotéis) e a controladora (Hidroservice Engenharia), o fechamento é atribuído à "crise da Covid-19" e ao "plano de reestruturação do Grupo Hidroservice".

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O comunicado aponta que novidades e novos empreendimentos serão anunciados "em breve", sem trazer detalhes. Além disso, não é informado o destino do espaço físico do hotel, localizado na Rua São Carlos do Pinhal, na região da Avenida Paulista, conhecido pela fachada colorida, os elevadores panorâmicos e a vista do centro expandido paulistano.

Na nota, são lembrados os mais de 3 milhões de pessoas que se hospedaram em seus 416 quartos. Segundo o comunicado, clientes com reservas agendadas serão "imediatamente" reembolsados. No local também havia um centro de eventos, teatro, algumas lojas, restaurante e bares, incluindo o premiado Frank Bar.

O hotel foi uma das principais referências em luxo e hospedagem cinco estrelas no País desde a inauguração, em 1979. Nas primeiras décadas, hospedou nomes conhecidos nacional e internacionalmente, como Margareth Thatcher, integrantes dos Rolling Stones, Ray Charles, Catherine Deneuve e Pedro Almodóvar, dentre outros. Mais recentemente, já não tinha o glamour das primeiras décadas e oferecia hospedagens a preços mais acessíveis à classe média.

Um de seus momentos mais marcantes foi um show de Frank Sinatra, em 1981, no salão nobre do hotel. Outros nomes célebres se apresentaram nos anos seguintes na casa de espetáculos do local, o 150 Night Club, como Tom Jobim, Julio Iglesias, Buddy Guy e Dorival Caymmi, segundo informações do hotel.

Uma reportagem publicada pelo Estadão em 2020 apontou que o espaço era alvo de uma longa disputa familiar. Em 2011, por causa de uma dívida trabalhista da controladora Hidroservice, o imóvel - avaliado em cerca de R$ 400 milhões - foi a leilão judicial.

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