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A terapeuta ocupacional Ana Oliveira, no Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado neste domingo (2), revela uma informação lamentável: muitos pais, quando descobrem que seu filho possui o Transtorno do Espectro Autista (TEA), mais conhecido como autismo, isolam a criança por vergonha. 

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Ana conta que essa atitude apenas agrava as dificuldades. “Muitos pais, quando descobrem, os isolam dentro de casa. Muitos pais não aceitam. É muito comum esse choque. O problema é que isso vai criando um bloqueio natural. É uma fase de luto, mas eles precisam entender que não é o fim do mundo. É preciso que ele olhe para a criança com mais cuidado, mas não olhar para ela como quem possui um transtorno. Ela é uma criança comum, apenas irá precisar de mais cuidados”, explicou. 

A profissional enfatizou que é crucial não limitar a criança achando que ela é incapaz. “Ela pode apresentar dificuldades, mas irá aprender também. Pode até não ser tão rápido como outra criança, mas ela aprende. Também é preciso cuidado com as informações que se busca sobre o autismo, principalmente, na internet. Há muitos choques de informações. Os pais precisam saber que os casos são isolados. São situações diferentes”. 

Ana também explicou um pouco sobre o comportamento das crianças autistas ressaltando as dificuldades de interação social e apresentadas pela sensibilidade sensorial. “A criança autista não brinca de forma funcional. É um brincar muito repetitivo”. 

Ela destacou a importância do trabalho da terapia ocupacional nesse sentido. “O brincar abrange aprendizados, já que ela precisa planejar para executar a atividade. É o desenvolvimento de habilidades e também um momento para colocar suas frustações. Na brincadeira, ela aprende a compartilhar e a perceber as outras pessoas. Daí, também, a importância da terapia ocupacional, que trabalha com essas atividades de forma que ela posse vir a ser independente”, explicou. 

Atividades como essas são essenciais para as crianças autistas. “Caso esse desenvolvimento não aconteça, o portador pode passar de um tipo leve de transtorno para um severo. A consequência vai ser maior. Será uma criança que não vai saber lidar com as situações, que não vai se socializar, que será um adulto 100% dependente. Se ela tiver um tratamento adequado, desde cedo, a probabilidade de tirar algumas características do autismo é maior”, acrescentou. 

Ana Oliveira ainda falou sobre o preconceito, salientando que a criança autista tem sentimentos como qualquer outra. “Apenas tem uma dificuldade de perceber o outro, de demonstrar o seu amor. Ela apenas não sabe se expressar e, demonstra, muitas vezes, com birra, grito e muito choro, mas elas possuem muito amor”, concluiu. 

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