Tópicos | Para os mais resistentes

Não são todos os que se conformam facilmente com o fim do Carnaval. Em plena Quarta-feira de Cinzas, os insistentes ainda têm energia para cantar e dançar, rir. Brincar. Em Olinda, o maior símbolo desta disposição é o Bacalhau do Batata, que há 54 anos sai quando a maioria dos blocos já recolheu seus estandartes.

Ironicamente, o bloco não foi criado por um folião desses mais resistente, mas por um garçom, que trabalhava durante todo o Carnaval e decidiu que tinha direito de brincar também quando finalmente folgava, no último suspiro da folia. Izaías Pereira da Silva faleceu em 1993, mas ainda hoje o seu bacalhau atrai alguns milhares de pessoas.

##RECOMENDA##

O tradicional estandarte com legumes e o bacalhau é levado pela presidente do bloco, Fátima Araújo, que desce a Ladeira da Sé acompanhada por milhares de foliões. A partir daí, percorre as ruas de Olinda enquanto muitos já se despediram ou se despedem da maior festa do mundo esbanjando animaçao. Antônio Rodrigues, da diretoria do Bacalhau do Batata, contabiliza 15 pessoas envolvidas diretamente com o bloco durante todo o ano.

[@#video#@]

Essa animação começa mais cedo, com o Munguzá de Zuza e Thaís, que alimenta e revigora os insistentes da folia. Geraldo Matos, que desde 2000 sai com sua 'Burrinha Elétrica', contou ao LeiaJá que tem acompanhado o bacalhau do Batata nos últimos anos para fechar seu carnaval. "Tem gente que continua, até domingo ainda tem folia. Mas eu encerro por hoje, brinquei tudo o que queria brincar", explica.

Quando questionado da fórmula para manter a energia depois de brincar todo o Carnaval, Geraldo resume: "Não fumo, até faço minha academia. Mas tá no sangue mesmo, não tem jeito".

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando