Tópicos | Paulo Jorge Albuquerque

Na manhã desta segunda-feira (15), a Polícia Civil de Pernambuco divulgou mais detalhes da investigação que resultou na prisão de uma organização criminosa que fraudava a folha de pagamentos e desviava dinheiro público no município de Goiana, no litoral norte pernambucano. De acordo com o delegado Thiago Uchôa, à frente da Operação Spectrums, sete pessoas foram presas temporariamente e já foram liberadas; apenas o mandante do grupo, Paulo Jorge Albuquerque, que era funcionário de cargo comissionado da Prefeitura de Goiana, segue preso. Até o atual momento da investigação, já foi contabilizada a fraude de mais de R$ 2,5 milhões dos cofres públicos.

A Polícia Civil informou que Paulo Jorge era o administrador da folha de pagamentos da gestão municipal de Goiana. Durante a investigação, a polícia descobriu que pelo menos em novembro e dezembro do ano de 2012 os salários dos envolvidos na quadrilha chegava a cerca de R$ 60 mil por mês. Além de Paulo Jorge, a sua esposa, Glaucia Coatti, e sua mãe, Alaíde Albuquerque, também trabalhavam na prefeitura e participavam do esquema. 

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"Eram creditadas quantias de dinheiro nas contas correntes de terceiros, alguns eram funcionários fantasmas e outras pessoas que trabalhavam, de fato, na Prefeitura de Goiana", comentou Uchôa. O delegado explicou que através da quebra do sigilo bancário deverá saber para onde o dinheiro era encaminhado, se ele voltava para Paulo Jorge, ou se era direcionado para conta de algum terceiro que também possa estar envolvido na quadrilha. 

Em uma das transferências realizadas por Paulo Jorge, a polícia constatou que houve uma doação de R$ 4 mil para a campanha política do candidato a prefeito de Goiana, no ano de 2012. Carlos Viegas (PDT) não ganhou a eleição e ainda não se sabe se o político também está envolvido na organização criminosa. Outra doação também está sendo investigada. Uma das empresas de Paulo Jorge também realizou uma doação de R$ 7 mil para a candidatura da prefeita Tatiana Correa, do Conde, na Paraíba. 

A prisão temporária dos sete envolvidos foi de 24 horas. Paulo Jorge continua preso e deve ser encaminhado para a Cadeia Pública de Goiana. Todos os participantes da quadrilha devem responder por peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. 

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