Cerca de 18 militantes pelos direitos da comunidade LGBT (lésbicas, gays, transsexuais e bissexuais) foram presos nesta segunda-feira em São Petersburgo quando se manifestavam contra a perseguição de homossexuais na Chechênia, segundo um site local.
Deitados no chão, com o rosto manchado por sangue falso e o corpo coberto com a bandeira das cores do arco-íris, símbolo do orgulho homossexual, as pessoas protestaram contra as detenções feitas na Chechênia e que provocaram uma onda de indignação em todo o mundo.
Pelo menos 18 dos militantes da comunidade LGBT foram detidos pela polícia anti-distúrbios, afirmou o site Fontanka, enquanto a organização OVD-Info, especializada no acompanhamento de manifestações, estimou que foram 17 detidos.
"Várias pessoas que provocaram desordens públicas durante o desfile (de 1º de maio) foram detidas", confirmou à AFP uma fonte policial.
No fim de março, uma investigação do jornal independente Novaia Gazeta revelou que os homossexuais estão na mira das autoridades da Chechênia, país conservador onde a homossexualidade - considerada como tabu - é um crime passível de morte.
Segundo o jornal, as forças de segurança prenderam mais de 100 homossexuais e incitaram suas famílias a matá-los para "lavar sua honra". A Novaia Gazeta acrescentou que pelos menos duas pessoas morreram pelas mãos de familiares, e uma terceira faleceu como consequência de atos de tortura.