Estudo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) sobre números da Organização Mundial do Comércio (OMC), divulgado nesse sábado (20) pela Agência Brasil, apontou que no período do ano de 2005 a 2011, a exportação de produtos manufaturados no Brasil caiu de 0,85% para 0,73%. De acordo com a agência, o país apenas mantém a estabilidade no ranking de maiores vendedores internacionais por causa do crescimento das exportações de produtos básicos (commodities).
O Iedi chegou a conclusão que, após a crise financeira de 2008, o Brasil assumiu um papel de “mercado dinâmico” para vendas de nações que souberam preservar condições de agressividade como exportadores. Em 2005, na relação dos países que mais compraram, o Brasil saiu do 28º lugar para o 21º, uma vez que quando importou o equivalente a US$ 237 bilhões, passando de uma participação de 0,72% para 1,3% das compras totais do mercado mundial. Mesmo assim, o “país verde e amarelo” conseguiu manter patamar similar, de 23º para 22º lugar no ranking das exportações globais, com vendas de US$ 256 bilhões no ano passado, o que correspondem à participação de 1,4% das vendas totais, contra participação de mercado de 1,3% em 2005, conforme informações da agência. Essa manutenção foi mantida graças ao aumento de vendas de produtos básicos, tais como agropecuários e minerais, ao mesmo tempo em que as exportações de produtos manufaturados sofreram queda, no período, de 0,85% para 0,73% na participação mundial.
##RECOMENDA##Entretanto, de acordo com o estudo, no mesmo período de análise, as importações manufaturadas mais que dobraram. Antes, o Brasil adquiria aproximadamente 0,69% das vendas mundiais de máquinas e equipamentos, de uma forma geral. No ano passado, a compra de vendas mundiais por parte do Brasil cresceu para 1,37%, evoluindo de 31º no ranking dos países que mais importavam produtos manufaturados, em 2005, para 21º e, de 27º lugar dentre as nações que que mais vendiam tais produtos, naquele ano, caiu para 30%.
De acordo com a Agência Brasil, a avaliação técnica do Iedi destaca que a inserção brasileira no contexto do comércio mundial está ligada às mudanças na concorrência internacional, que ficou mais restrita depois do ano de 2008. Além disso, aspectos locais com a valorização do real e outras condicionantes da baixa competitividade brasileira concorreram para o aumento das importações e redução da posição nacional no mercado externo.
*Com informações da Agência Brasil.