Tópicos | Saúde visual

As lentes de contato têm sido uma opção para pessoas que têm problemas oculares como miopia, hipermetropia e astigmatismo e também para quem não gosta de usar óculos. Mas, é preciso que haja muita cautela, pois o descuido durante o uso pode causar sérios problemas aos olhos.

O mau uso das lentes pode desencadear úlcera na córnea, conjuntivite alérgica grave, irritações e até cegueira. Os óculos são muito importante para que haja um intervalo entre o uso das lentes, e os olhos precisam estar saudáveis para suportar o material. "As lentes melhoram a acuidade visual, mas possuem um determinado tempo de uso de acordo com o fabricante, após esse período o paciente deve optar pelo óculos", orienta a optometrista Liliane Nóbrega.

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Segundo Liliane, qualquer pessoa a partir dos seis meses de vida pode utilizar lente de contato, algumas, claro, com o auxílio rigoroso de um responsável. "Os laboratórios fornecem testes para a adaptação do paciente, porém, antes do uso da lente de contato o usuário deve procurar um contatólogo para fazer alguns exames e testes para definir o tipo ideal de lente", ressalta.

Pessoas que usam maquiagem e lentes de contato precisam ter um cuidado redobrado, pois rímel, lápis e delineadores impregnam nas lentes e propicia o surgimento de bactérias. "A lente de contato gelatinosa é a mais utilizada no mercado. Ela funciona como uma 'esponjinha', tudo que tem no olho ela absorve. Esse é um dos motivos pelo qual a limpeza deve ser feita corretamente, para que as impurezas da lágrima não gere qualquer dano visual", conclui Liliane.

Smartphones, tablets e computadores estão cada dia mais presentes na vida das pessoas. Mas, embora esses aparelhos tenham se tornado parte essencial do dia a dia, é preciso cuidado com seu uso em excesso. A 'luz azul', como é conhecida a luz emitida pelos aparelhos eletrônicos, pode levar a miopia, distúrbios de sono, síndrome do olho seco e causar riscos à retina. "A exposição à 'luz azul' antes de dormir acaba suprimindo a melatonina, que é um dos hormônios do sono, o que dificulta alcançar o estágio do sono profundo. Essa mesma luz leva a degeneração macular que é uma perda de células da mácula responsável pela visão", afirma o oftalmologista Marcelo Mastromonico Lui.

Segundo o médico, alguns estudos estimam que até 2030 cerca de 50% da população pode vir a ter miopia, que é a dificuldade de enxergar de longe. "A partir dos três anos de idade é indicado procurar um oftalmologista para uma avaliação, principalmente se tem casos hereditários na família. Quanto aos retornos, depende de cada caso", orienta.

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Com as crianças o cuidado precisa ser redobrado. Hoje em dia os pequenos quase não brincam ao ar livre e estão sempre com um aparelho tecnológico nas mãos, o que pode ocasionar alguns danos oculares. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que crianças menores de 2 anos não façam uso de tablets ou smartphones. De 2 a 5 anos é indicado que utilizem os aparelhos apenas uma hora por dia, com supervisão de um adulto. Tanto para adultos quanto para crianças não é recomendado o uso dos aparelhos durante as refeições e nas duas horas que antecedem o sono.

Algumas pessoas acreditam que ler ou usar celulares e tablets dentro de veículos em movimento pode levar ao descolamento de retina, mas o oftalmologista Lui alerta que isso é um mito. Quando a pessoa está concentrada em uma leitura estando em movimento, ela está mandando duas mensagens distintas para o cérebro. Por isso, é bastante provável que a pessoa venha a ter uma sensação de mal-estar. Como é mais difícil focar os estímulos cerebrais em uma só tarefa também há mais exigências para a visão. Como o esforço para ler é maior, pode ser que ocorra uma fadiga ocular e frequentemente dores de cabeça. "O descolamento de retina ocorre quando tem uma ruptura na retina, normalmente em casos de traumas ou em diabéticos. Então, trata-se de um mito. A pessoa pode ler dentro do ônibus ou carro em movimento, pois esse tipo de patologia, nesse caso, não acontece", conclui Lui.

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