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O salário mínimo do trabalhador do País deveria ter sido de R$ 2.285,83 em setembro para que ele suprisse suas necessidades básicas e da família, conforme estudo divulgado nesta quarta-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A constatação foi feita por meio da utilização da Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mês passado, realizada pela instituição em 17 capitais do Brasil.

Com base no maior valor apurado para a cesta no período, de R$ 272,09, em Porto Alegre, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ter sido 4,19 vezes maior do que o piso vigente no Brasil, de R$ 545.

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O valor é maior do que o apurado para agosto, quando o mínimo necessário foi estimado em R$ 2.278,77 (4,18 vezes o piso em vigor). Em setembro de 2010, o Dieese calculava o valor necessário em R$ 2.047,58, ou 4,01 vezes o mínimo então em vigor, de R$ 510.

A instituição também informou que o tempo médio de trabalho necessário para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse adquirir, em setembro de 2011, o conjunto de bens essenciais diminuiu, na comparação com o mês anterior e avançou ante o mesmo período do ano passado. Na média das 17 cidades pesquisas pela instituição, o trabalhador que ganha salário mínimo necessitou cumprir uma jornada de 93 horas e 58 minutos para realizar a mesma compra que, em agosto, exigia a realização de 94 horas e 38 minutos. Em setembro de 2010, a mesma compra necessitava o cumprimento de 91 horas e 4 minutos.

O preço médio da cesta básica caiu no mês de setembro, na comparação com agosto, em nove das 17 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Conforme a Pesquisa Nacional de Cesta Básica, divulgada hoje pela instituição, Natal registrou o recuo de preços mais expressivo, de 6,17% em setembro, seguida de João Pessoa (-2,85%) e Aracaju (2,19%). Na sequência, figuraram Fortaleza (-1,42%), Recife (-1,22%), Brasília (-0,96%), Rio de Janeiro (-0,90%), Curitiba (-0,79%) e Salvador (-0,61%). Em outras sete capitais, o conjunto de produtos alimentícios essenciais apresentou aumento de preços, enquanto em Vitória houve estabilidade.

Entre as cidades onde foi verificada alta de preços, a maior variação foi registrada em Goiânia (1,87%), seguida de Belo Horizonte (0,59%), Manaus (0,52%), Porto Alegre (0,31%), São Paulo (0,16%), Florianópolis (0,13%) e Belém (0,04%). Entre janeiro e setembro deste ano, apenas Natal (-6,29%), Goiânia (-1,34%), Fortaleza (-1,19%), Manaus (-1,06%) e Curitiba (-0,78%) apresentam variações acumuladas negativas. Já os maiores aumentos foram anotados em Florianópolis (9,32%), Porto Alegre (7,91%), Belo Horizonte (6,23%) e Aracaju (4,40%).

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Nos últimos 12 meses até setembro, nenhuma capital teve variação acumulada negativa. As maiores altas foram percebidas em Florianópolis (16,36%), Belo Horizonte (15,30%), no Rio de Janeiro (14,24%), em Brasília (12,00%), Porto Alegre (11,64%), Belém (11,57%), São Paulo (10,83%), Vitória (10,76%) e Curitiba (10,39%). As demais capitais tiveram variação anual inferior a 10,00%.

O Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica nas cidades de Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, do Rio de Janeiro, de Salvador, São Paulo e Vitória.

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