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Um dia depois do seu grande show no intervalo da final do futebol americano, o SuperBowl, a cantora Lady Gaga tem sua participação no Rock In Rio confirmada através das redes sociais do festival: 

Rock In Rio anuncia show de Lady Gaga

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O show será realizado em 15 de setembro, sendo a única apresentação de Gaga no Brasil em 2017 com a tour mundial 'Joane'. Os ingressos já podem ser adquiridos através do site Ingresso.com. O anúncio surpreendeu os fãs da cantora que já estão comemorando a vinda da diva pop ao país no Twitter, chegando aos trending topics. Confira a repercussão: 

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Várias marcas, entre elas a plataforma de aluguel Airbnb, deram no domingo um viés político ao SuperBowl, ao exibirem anúncios que fazem menção ao tema migratório nos Estados Unidos, em meio à tempestade causada por um decreto anti-imigração de Donald Trump.

Geralmente, a política não tem protagonismo durante a transmissão do Superbowl, já que os interesses financeiros são mais importantes em um evento que, em 2016, reuniu mais de 111,9 milhões de telespectadores.

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Mas no domingo a história foi diferente. Uma série de anúncios colocou sobre a mesa temas políticos que dividem a sociedade americana.

A plataforma de aluguel Airbnb surpreendeu ao divulgar uma publicidade na qual preconiza a tolerância de todas as origens e religiões, uma resposta evidente ao decreto anti-imigração assinado há dez dias por Trump.

- #WeAccept -

"Pensamos que, seja quem for, venha de onde vier, ame quem amar, ou acredite em quem acreditar, todos temos nosso lugar, quanto mais se aceita, mais lindo é o mundo", foi a mensagem divulgada pela empresa com seu anúncio, que incluiu imagens de pessoas de diversas origens.

Junto com a publicidade, a plataforma lançou a hashtag #WeAccept.

Minutos depois de publicar a publicidade na rede Fox, o diretor-geral da Airbnb, Brian Chesky, tuitou: "Vamos entregar 4 milhões de dólares em quatro anos ao International Rescue Committee (IRC)", uma ONG que ajuda os refugiados no mundo, "para satisfazer as necessidades das populações deslocadas no mundo".

Diferentemente da maioria dos outros anunciantes do Superbowl, o Airbnb não havia divulgado detalhes do conteúdo de sua publicidade, o que aumentou o efeito surpresa do anúncio durante sua divulgação.

Com esta publicidade, o Airbnb roubou o protagonismo do anúncio que deu o primeiro enfoque político ao Superbowl. Trata-se da publicidade divulgada pela marca de cerveja mais popular nos Estados Unidos, Budweiser.

A empresa usou seu espaço publicitário no Superbowl para divulgar um anúncio no qual evocava a trajetória migratória de seu fundador alemão, Adolphus Busch, aos Estados Unidos.

Ao ser questionado sobre seu anúncio, o fabricante de cerveja afirmou que havia sido criado antes da posse de Trump.

No caso do Airbnb, a publicidade emitida segue a linha dos dirigentes da empresa, que criticaram publicamente o decreto migratório de Trump, que proíbe a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen por 90 dias.

- Parede intransponível -

O outro golpe forte da noite foi o anúncio da empresa especialista em materiais de construção 84 Lumber. Na publicidade, uma mulher e sua filha aparecem tentado cruzar clandestinamente o que parece ser a fronteira entre México e Estados Unidos.

A publicidade, divulgada pelo canal Fox, mostra apenas a primeira parte da viagem e convida os telespectadores a entrarem no site da 84 Lumber para ver o resto.

A publicidade completa mostra as duas migrantes se deparando com uma parede intransponível, o que lembra o famoso muro que Trump deseja construir. Finalmente, as mulheres encontram uma porta que conseguem abrir e, em seguida, aparece uma mensagem: "a vontade de êxito sempre é bem-vinda".

Trata-se da segunda versão do comercial, já que a primeira havia sido rejeitada por Fox diante do temor de que gerasse polêmica. De qualquer forma, ao apresentar o comercial esclarece que inclui conteúdo que pode "gerar controvérsia".

Na mesma linha, a agência de viagens on-line Expedia mostrou uma mulher que percorre o mundo para salvar os migrantes e ajudar as populações necessitadas.

Este anúncio já havia sido divulgado nos Estados Unidos no dia da cerimônia da posse de Trump, em 20 de janeiro.

Estes comerciais foram, em sua maioria, bem recebidos nas redes sociais, mas também receberam algumas críticas.

O Superbowl, o evento tradicionalmente de maior audiência televisiva nos Estados Unidos, foi realizado neste ano em uma atmosfera de forte polarização em relação ao presidente Trump.

Quando a final do campeonato de Futebol Americano foi jogada, em 1967, haviam três formas de acompanhar o Super Bowl: ir até o estádio, ouvir a narração pelo rádio ou assistir na televisão. Se você tivesse acesso à tecnologia de ponta, na época, poderia até mesmo assistir ao jogo em cores.

Este ano, empresas ofereceram uma ampla gama de opções para melhorar a experiência dos torcedores, através do uso das redes sociais e tecnologias baseadas na Web. Tanto que, na opinião do jornal Washington Post, o campeonato deste ano será lebrado como o Super Bowl da “segunda tela”, já que anunciantes, a “indústria” do futebol e todos os que têm negócios relacionados ao evento competiram para chamar a atenção do torcedro nos momentos em que ele não estava apenas focado no jogo e na televisão.

O streaming online oficial transmitiu o jogo com 4 câmeras de diferentes ângulos, possibilidade de voltar e pausar. E apesar das críticas do TechCrunch, vaelu pela inciativa inédita, até então. O site também tentou acompanhar toda a discussão online nas redes sociais, Twitter e Facebook, através de um widget. O Super Bowl deste ano atingiu a incrível marca de 12,2 mil tuites por segundo, de acordo com o próprio Twitter, tornando-se o evento campeão em interações no microblog.

Opções de segunda tela

A Google lançou o site "Game Day With Google", que oferecia recursos especiais ao longo do Super Bowl Sunday. Às 8h da manhã já era possível acessar o portal para ver algumas receitas de lanches para o jogo, além de ler algumas informações prévias sobre a competição. E com a nova obsessão do Google são as redes sociais, o site também oferecia um recurso chamado "Veja o que seus amigos estão dizendo".

A empresa promoveu ainda uma videoconferência no Google+ (através do recurso Hangout) com personagens do New York Giants, pouco antes do jogo.

A cidade de Indianápolis, onde o Super Bowl aconteceu na noite de ontem (5/2), tem uma central de mídias socais de 2.800 metros quadrados. Pessoas especializadas em internet pesquisaram perguntas sobre a cidade em um raio de 80 quilometros para responder às dúvidas dos internautas. Eles também indicaram vagas de estacionamento e, em geral, tentaram responder a todas as perguntas postadas no Facebook, Twitter, Google+ e salas de bate-papo.

A NFL (National Football League) lançou um aplicativo para iOS e Android para quem foi ao jogo. O software móvel oferecia  mapas do estádio e dos arredores, destacando restaurantes e empresas próximos. O aplicativo também oferecia vídeos e informações sobre cada um dos jogadores e equipes do Super Bowl, bem como um banco de dados sobre as edições anteriores.

Anúncios sociais

E não só o jogo, mas principalmente a publicidade também se tornou mais social. Este ano um spot de 30 segundos durante o Super Bowl custou em média 3,5 milhões de dólares. Assim, os anunciantes tentaram aproveitar ao máximo a interação social na internet. Mais de 80% das propagandas ofereciam algum tipo de componente social ou integração com aplicativos.

Cerca de metade dos cerca de 50 anúncios criados para o Super Bowl foram postados online. As empresas tentaram criar virais antes do jogo. A Audi chegou a afirmar ser a primeira anunciante do Super Bowl a usar uma hashtag do Twitter em um anúncio. A hashtag #ProgressIs era vinculada a um concurso.

A única razão para a Audi ter dito isso? Seu comercial foi um dos primeiros a irem ao ar no último domingo (5/2). O executivo do Twitter, Adam Bain, chegou a prever que pelo menos metade dos anúncios qexibidos durante o jogo contariam com o uso de hashtags.

Nenhuma hashtag no ano passado; hashtags em 50% dos anúncios neste ano: A integração das redes sociais está acontecendo muito rápido.

A Coca-Cola mostrou os seus ursos polares assistindo e reagindo ao jogo em tempo real em um site dedicado ao evento. Os ursos, que apareceram em comerciais de TV com certa regularidade no passado, nos Estados Unidos, desta vez  conversaram com os visitantes do site sobre o jogo.

Grandes questões

Será que todas essas tecnologias vão melhorar a experiência de acompanhar jogos daqui por diante? E realmente aumentarão o apelo da publicidade?

Em geral, eu acho que sim. O desafio para as empresas é que todos estão fazendo isso. Cada espectador do Super Bowl provavelmente escolheu apenas um pequeno número das centenas de opções disponíveis durante o jogo.

A experiência de mídia social usada provavelmente pela maioria das pessoas foram mesmo os bons e velhos Facebook, Twitter e Google +, com uma enxurrada de publicações disparadas a cada grande ou péssima jogada e touchdown. O show da madonna, no Intervalo, também foi muito comentado, principalmente por usuários de fora dos Estados Unidos, chegando a atingir o pico de 10,2 mil tuítes por segundo. "Eventos de TV", como o Super Bowl e o Oscar são grandes controladores de mídia social.

O Super Bowl sempre foi um evento social. O que é diferente agora é que as mídias sociais e a Internet transformaram a geografia e a proximidade em fatores irrelevantes.

Não sei se a criatividade dos anunciantes realmente valeu a pena. Mas eu acho que os telespectadores ganharam. É mais divertido aumentar o alcance de um evento como o Super Bowl com as redes sociais.

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