Tópicos | Universidade Federal de Pernambuco

Após os estudantes do campus de Garanhuns da UFRPE terem denunciado a precariedade dos serviços dentro da instituição em protesto realizado na última terça-feira (30), durante a visita da presidenta da república, Dilma Roussef, na tarde desta quarta-feira (01) mais denúncias de precariedade foram repassadas por estudantes de instituição de educação federal com exclusividade ao Leiajá. Desta vez, as denúncias partiram dos dicentes do Centro Acadêmico do Agreste (CAA/UFPE), localizado no município de Caruaru, agreste do Estado.

Lá, segundo os estudantes, há mais de três meses que os funcionários técnicos da instituição estão em greve. Consequentemente, serviços como o uso da biblioteca, emissão de certificados, declaração de vínculo acadêmico, entre outros, estão interrompidos em virtude da greve iniciada desde o dia 3 de junho. Logo, os prejuízos são imensos conforme asseguram alguns. “Não temos como pegar os livros para pesquisas. Com isso, os trabalhos para os professores estão sendo prejudicados. As pessoas que estão se formando precisam ler livros para fundamentar os projetos. Eu entreguei recentemente um projeto sem fundamentação teórica e me prejudiquei”, comentou a estudante do 5º período de Design, Júlia Bandeira.

Para outra estudante de Design, Katherinne Loruanne Rodrigues, em virtude desta situação, os danos financeiros e intelectuais já são sentidos. “Nós estamos limitados na hora de fazer os trabalhos, artigos, pois não temos leituras suficientes. Além disto, estamos tendo um gasto maior com xerox, quando temos livros à disposição na biblioteca. Em uma semana já gastei trinta reais com cópias”, relatou a estudante. Ainda de acordo com ela, se não bastasse toda essa situação, os estudantes estão sofrendo até para carregar o passe fácil. “Estamos tendo dificuldades para a emissão do comprovante de vínculo para carregar o VEM devido à greve”, informou.

Procurado para falar da situação, o diretor do Centro Acadêmico, Mariano Aragão, explicou a situação. “O que está acontecendo é que os técnicos administrativos entraram em greve e a Justiça legalizou o movimento. Mas, mesmo assim, 50% deles (27) estão trabalhando em outros setores do campus, o que está gerando uma defasagem na biblioteca. A biblioteca tem profissionais que estão recebendo os livros”, falou o gestor. Sobre a emissão das declarações de matrícula, Mariano explicou que os coordenadores dos cursos estão à disposição para a emissão dos documentos.

Quanto ao prejuízo que os alunos estão tendo com a falta de fundamentação teórica, tendo em vista a restrição ao acesso ao acervo bibliográfico da instituição, o gestor disse que infelizmente não pode fazer muita coisa. De acordo com ele, diante da falta das fundamentações, a situação de cada aluno, em caso de danos nas pesquisas, dependerá do bom senso dos docentes de compreenderem o momento. Ainda sobre a situação da biblioteca, o gestor informou que os alunos que estão com os livros para devolver e quiserem continuar com eles, uma vez que não podem renovar, poderão ficar sem cobranças posteriores de encargos.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando