Com o aumento dos casos do vírus sincicial respiratório (VSR), o Chile está enfrentando o surto mais severo da doença em anos. O problema já resultou na morte de quatro bebês e vem sobrecarregando a capacidade das unidades de terapia intensiva (UTI) pediátrica do país.

Através de um relatório divulgado nessa sexta-feira (9), o Ministério da Saúde do Chile mostrou que a capacidade média de leitos de UTI para crianças já atingiu 94% de sua capacidade. A ministra da pasta, Ximena Aguilera, informou a população que as crianças menores de 1 ano correm maior risco e que a gravidade do surto está ligada à baixa circulação do vírus durante a pandemia do coronavírus.

"Existe uma situação imunológica diferente agora, uma vulnerabilidade maior, e isso nos leva a ter uma circulação anormalmente alta desse vírus", afirmou Aguilera.

A gestão do presidente Gabriel Boric tem sido duramente criticada pelos chilenos devido ao surto. A população questiona a implantação lenta da campanha de saúde pública antes do início do inverno no hemisfério sul.

Durante a estação das temperaturas mais baixas, as doenças respiratórias tendem a disparar no país sul-americano. A situação também costuma ser agravada na capital Santiago devido à intensa poluição do ar na cidade, localizada em uma bacia cercada por morros.