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O ministro dos Esportes da Rússia, Vitali Mutko, demonstrou nesta terça-feira seu apoio à nadadora Yulia Efimova, um dia após ela conquistar uma medalha de prata, apesar da hostilidade que encontrou por parte do público e dos rivais devido a seu passado ligado ao doping.

Efimova, de 24 anos, que venceu uma apelação ante o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) para poder competir no Rio, foi vaiada quando entrou na piscina e não pôde evitar as lágrimas depois de ser batida pela adolescente americana Lilly King na final feminina dos 100 metros peito.

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"Acho que isso só prova que você pode estar totalmente limpa e ainda chegar ao topo", disse King após sua vitória, depois de ter criticado mais cedo Efimova.

A Rússia, enquanto isso, tenta apoiar seus atletas, depois de escapar de uma sanção após a publicação do relatório McLaren, que fala de um sistema de doping de Estado neste país.

"Yulia é, sem nenhuma dúvida, uma boa menina", afirmou Mutko à agência R-Sport.

"Depois de sofrer este terrível pesadelo, mostrou caráter, vontade e coragem, apesar, como pudemos ver, das provocações", disse o ministro.

King havia criticado Efimova anteriormente, deixando claro que a russa não deveria estar no Rio de Janeiro, depois de ter cumprido uma suspensão de 16 meses após um positivo em 2013, sendo reincidente neste ano por meldonium.

À nadadora americana se uniram em suas críticas o também americano Michael Phelps e outros nadadores, que pediram ações mais duras para atletas com passado ligado ao doping.

Phelps afirmou que "isso parte o coração", após a controvérsia sobre estes atletas que deram positivo previamente e que estão no Rio.

Depois de dar positivo para meldonium neste ano, Efimova foi suspensa e readmitida duas vezes em um caso confuso, que foi resolvido com a autorização para competir nos Jogos do Rio no último minuto, junto a outros seis nadadores russos que receberam resultado positivo no passado ou apareciam citados no relatório McLaren.

A Rússia afirma que foi punida injustamente e Mukto disse que atletas de outros países puderam competir, apesar de sanções por doping.

"É surpreendente que torcedores de alguns países, que têm cinco ou dez casos de doping por violações do regulamento muito mais sérias, não tenham vaiado seus atletas", disse o ministro.

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