Tópicos | XI Feira Literária Internacional de Pernambuco

Nesta quinta-feira (16) a atriz e escritora Maitê Proença participou, diante de um auditório lotado, de uma meda de debates da XI Feira Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto), ao lado do cineasta Francisco Azevedo e do jornalista Gerson Camarotti. Durante o evento Maitê aproveitou para falar do seu novo livro, É Duro Ser Cabra na Etiópia, lançado neste ano. 

O título de É Duro Ser Cabra na Etiópia surgiu de uma brincadeira pessoal da autora. “Alguém me disse uma vez que o café foi descoberto quando um pastor, ao observar suas cabras saltitantes, averiguou nas fezes dos animais se o que as deixava assim eram os grãos vermelhos ingeridos por elas. Foi quando pensei na frase do título”, disse Maitê ao público. 

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A ideia de fazer o livro surgiu ao acaso. “Quando pensei em fazer este livro eu queria trabalhar com material que eu não conheço. Criei então um site para receber todos esses textos de pessoas que dizem escrever bem mas que são injustiçados porque não tem editores que os publiquem”.

“Tinha duas condições. O texto tinha que ter até 1500 caracteres e tinha que conter humor. Depois de três anos nesse garimpo eu cheguei a ler dois mil textos, entre autores anônimos e famosos. Depois fiz a costura e o livro estava pronto”, revelou. Ao fim do evento, a atriz global participou de uma noite de autógrafos, onde recebeu seus fãs.

 

A escritora Ana Maria Machado, com mais de 20 milhões de livros vendidos ao longo da carreira literária, foi uma das atrações deste sábado da XI Feira Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto), durante a Fliporto Criança, um dos espaços do evento. Quem fez a mediação foi a também escritora Anna Cláudia Ramos. A Fliporto encerra neste domingo (17).

Questionada por uma das crianças da plateia de onde ela tira a inspiração para escrever seus livros, Ana Maria filosofou na resposta. “A história entra na cabeça da gente de tanto que prestamos atenção nas coisas da vida. Tudo isso se mistura junto com as coisas que a gente não viu, que a gente sonha, que imaginamos. É assim que nasce uma história”, disse a escritora, que dentre outras funções ocupa a presidência da Academia Brasileira de Letras (ABL).

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Ana Maria falou sobre a sensação de escrever para várias gerações diferentes.  “Isso é muito emocionante. Faz uns meses que eu estava no Salão do Livro Infantil, no Rio de Janeiro, e veio um casal com um menino com um exemplar recente do Mico Maneco. Depois de autografar o livro dele, os pais, cada um, puxaram uma edição mais antiga do mesmo livro e me pediram um autógrafo”, revelou aos risos para a plateia.

Antes da apresentação, Ana Maria Machado recebeu Samuel Lira, professor, e a filha Julia Kristeva, de sete anos, que já escreveu um livro chamado Minhas Historinhas (2011). “Ela tinha cinco anos quando fez o livro e tinha acabado de aprender a escrever. Todas os exemplares já esgotaram. Este foi o último”, disse Samuel, logo após de entregar o presente à escritora.

Ana Maria Machado aproveitou para falar sobre seu novo livro infantil, intitulado Enquanto o Dia Não Chega, lançado pela editora Objetiva e com ilustrações de Rodrigo Rosa. O romance acontece entre as aldeias portuguesas e as savanas africanas, chegando a terras brasileiras a bordo de caravelas e navios negreiros. “Ele se passa no tempo das invasões holandesas. É bom pra ter noção de como se vive antigamente por aqui”. 

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