Cibelli Pinheiro

Cibelli Pinheiro

Trabalho sem Fronteiras

Perfil: Doutoranda em Ciências da Comunicação pela Universidade do Minho em Portugal com Mestrado em Gestão Empresarial pela UFPB e licenciatura em Comunicação Social - Relações Públicas. Consultora em Comunicação Organizacional e Coordenadora Geral do Núcleo Distrital de Braga da Associação Pessoas@2020 (Portugal). Atualmente realiza um trabalho de apoio aos brasileiros que pretendem morar, trabalhar ou estudar em Braga (www.bebraga.pt)

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Comunicação na Gestão

Cibelli Pinheiro, | ter, 19/11/2013 - 08:17
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Como se constituiu a Comunicação na Gestão das Pessoas da sua empresa? Que características possuem? A comunicação é fundamentada no detentor do poder e seus prepostos, ou seja, baseia-se no modelo: “eu mando, você obedece”? Ou considera as Relações Humanas, em que a comunicação é clara e compartilhada em todos os níveis, promove a participação e o comprometimento das pessoas?

Para o especialista Peter Roussel “atualmente cerca de 90% dos problemas das empresas giram em torno da comunicação ou da ausência dela.” Já o Peter Drucker afirma que “60 % de todos os problemas administrativos resultam de ineficiência na comunicação”, principalmente quando se trata da comunicação descendente, que tem como consequência questões de envolvimento e participação.

Pesquisas revelam que 90% dos funcionários indicam que os problemas de ruídos nascem na comunicação descendente e apenas 10% estaria na comunicação ascendente. As conhecidas caixas de sugestões ou a política de portas abertas, não são mais vistas como democráticas e confiáveis por parte dos “subordinados”. Apesar das empresas deixarem suas “portas abertas” para que o funcionário tenha acesso ao seu gestor, e de retirarem suas paredes para melhorar o fluxo das informações, na prática percebemos que tais “mudanças” não resultaram numa melhoria no processo comunicacional. Ainda existem muitos problemas de comunicação nas empresas, principalmente na relação líder – liderado, ou na comunicação interfuncional (entre setores).

O que fazer, então, para melhorar?

Primeiro é preciso RECONHECER que a comunicação no ambiente de trabalho não é um dado da natureza, ela precisa ser trabalhada. É preciso COMPREENDER que a comunicação grupal é complexa, precisa ser desenvolvida. É preciso COMUNICAR de forma clara, transparente e coerente.

Para melhorar o processo na gestão das pessoas através dos sistemas comunicacionais, a empresa precisa direcionar sua comunicação de forma consciente e acessível; ajustar seu discurso (tornando-o  único); estudar as habilidades e disposição das fontes e receptores; analisar a natureza técnica dos canais/meios, a complexidade e/ou simplicidade dos conteúdos, a oportunidade e regularidade dos fluxos, o tamanho dos grupos, ou seja, trabalhar efetivamente a comunicação interna.

Por que e para que trabalhar a Comunicação Interna?

Para envolver pessoas: fazer com que sejam parte do modelo de  gestão, compartilhando as estratégias, objetivos, projetos, ações e prioridades da empresa. Trabalhar a Comunicação Interna contribui para traduzir a estratégia da empresa em todos os níveis.

Para que a linguagem seja a mesma: do “presidente” ao “porteiro” (além de ter a unicidade no discurso, a linguagem deve alcançar as pessoas). As ações de Comunicação Interna podem apoiar o diálogo entre gestores e subordinados.

Para valorizar e comprometer as pessoas: Haverá a participação efetiva do funcionário e, consequentemente, o seu comprometimento, quando as informações circularem de modo correto, ou seja, a empresa comunica primeiro internamente e depois externamente (o funcionário não pode obter as informações da empresa através do jornal, TV, rádio, vizinho etc).

Para disseminar os valores e objetivos da empresa: o que poderá levar os funcionários a assumir um compromisso com estes valores. Amplia também as iniciativas de orgulho e pertencimento.

Por fim, a Comunicação Interna deve ser voltada (e pensada) para os funcionários, visando estimular a interação, o diálogo e a satisfação no ambiente de trabalho. Em uma organização que prima por uma autêntica cultura de comunicação todos os seus integrantes se sentem envolvidos por ela e almejam, apesar das diferenças ou mesmo das oposições, o desenvolvimento da organização.

Nosso Convite

Para esta semana a indicação de mais uma sessão de cinema.

Para quem ainda não assistiu, vale a pena ver este filme francês chamado “Bem me quer, Mal me quer”.  Angélique (Audrey Tautou) é uma artista plástica que desenvolve uma paixão desmedida pelo médico Loïc (Samuel Le Bihan). A despeito de tudo o que seus amigos lhe dizem e de diversos acontecimentos que provam o contrário, Angélique persiste na ideia de que Loïc também a ama, transformando o que de início parecia ser um desencontro amoroso em uma perigosa obsessão.

O que isto tem a ver com comunicação? O filme  mostra um acontecimento do ponto de vista de diversos personagens, ou seja, vemos basicamente as mesmas cenas de pontos de vistas diferentes. A interpretação, o pré-julgamento, traduções imperfeitas, as suposições mal esclarecidas, as diferenças de percepção, tudo isso e muito mais, são barreiras na comunicação que ocorrem nos vários contextos, inclusive no organizacional.

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