A partir de 1991 os países do Cone sul deram um importante passo para o fortalecimento e integração regional, a criação do MERCOSUL. Desde então, encontrar produtos de nossos vizinhos do sul nos supermercados ou viajar para um destes países tem se tornado mais comum que nunca.
No entanto, o MERCOSUL nunca foi um céu de brigadeiro, democracias recentes e assombradas pelo fantasma do populismo, tal instabilidade ainda não permitiu um avanço mais significativo na integração entre os países membros.
A crise mais recente é a que assola a Argentina, que a partir da moratória (2001) e com a nacionalização da YPF (2012) fechou a porta do investimento externo para o país, fato que tem comprometido de sobremaneira o balanço de pagamentos daquele país.
Os governos dos Kirchner ao longo dos anos tem adotado uma série de políticas protecionistas, prejudiciais às relações comerciais daquele país. O Brasil parceiro importante da Argentina tem experimentado o sabor amargo de tais medidas. Em resposta, o Brasil tem adotado uma série de medidas de forma a retaliar a ação dos argentinos, dificultando as importações dos principais produtos de exportação argentinos.
Tais informações parecem assuntos de telejornal, mas será que este embate com os argentinos tem algum impacto direto na vida e no bolso dos brasileiros?
Vejamos algumas possíveis consequências:
- Vinho Argentino – O vinho argentino hoje é muito popular no Brasil, de fato da demanda brasileira estimulou o crescimento e a modernização de tal setor. Por sua vez, a intensificação das barreiras burocráticas exigidas pelo governo brasileiro para a entrada do vinho argentino tende a encarecer o produto;
- Maça Argentina – Tal fruto que está presente nos supermercados de norte a sul do Brasil, está mais caro e possui tendência de elevação caso haja um agravamento dos embates comerciais.
- Trigo – Somos dependentes do trigo argentino, pois apesar de grande produtor, o consumo de trigo no Brasil é muito superior à produção. A espiral inflacionária no mercado argentino pode representar aumento de preços, bem como pela a ação dos impostos sobre a exportação cobrados pelo governo argentino;
- Turismo – Quem planeja viajar para a argentina deve estar atento a inflação, há um significativo movimento de elevação de preços naquele país, alguns produtos argentinos podem ser encontrados a preços mais baixos no Brasil. Tal efeito pode prejudicar o orçamento de uma viagem, os preços que você observa na época do planejamento podem ser bem diferentes dos encontrados no período da viagem. Também deve-se estar atento ao cambio.
ESTRATÉGIA – Substituir os produtos argentinos por substitutos mais baratos e de qualidade equivalente e torcer para que os vizinhos consigam superar seus gargalos e a integração regional possa avançar!