Imaginem que o Brasil seja uma empresa privada comandada por Dilma, a principal executiva. Esta empresa é composta por 37 diretores e milhares de acionistas. Os diretores exigem lealdade de Dilma. E os acionistas esperam lucros da empresa. Pressionada, a executiva Dilma toma decisões equivocadas. E...
“Em nove meses, o Brasil S/A perdeu cinco diretores. Os diretores ocupavam posições importantes, inclusive, o segundo executivo da empresa, em razão das circunstâncias, solicitou demissão. Ou melhor: foi demitido. Mas a principal executiva, Dilma, não confirmou isto. Os acionistas, até o instante, não exigem explicação de Dilma, pois estão anestesiados com os lucros da gestão passada - Lula. Dilma, em nenhum instante, admite erros na condução da gestão. A saída de Palocci, o segundo executivo da empresa, possibilitou a vinda de uma executiva sem experiência no mercado. É possível que os acionistas comecem a reprovar a gestão de Dilma. Eles, em algum instante, sofrerão conseqüências em razão da queda do lucro da empresa - corte de investimentos e diminuição do poder de compra. Dilma, a principal executiva, não diz nada. Aliás, se encontra com os outros diretores e pedem para eles indicarem outro diretor. Os diretores não admitem que o novo membro da diretoria seja um técnico reconhecido do mercado. Sugerem uma pessoa do circulo de amizades deles. O tempo passa. Clientes somem. A Brasil S/A quebra. Mais uma empresa vai a falência no país do futuro”.
Se o Brasil fosse uma empresa, certamente, Dilma já teria deixado o cargo de principal executiva. Ou, visão mais otimista: estaria com o cargo ameaçado. Mas o Brasil não é uma empresa. E os eleitores não são acionistas, apesar deles esperarem boas ações do governo. Em razão de o sistema político brasileiro ser presidencialista, os eleitores esperarão por cerca de três anos para decidir o que fazer com Dilma. Enquanto isto, novos ministros cairão. Só não irá ocorrer uma coisa: o Brasil não quebrará, mas poderá deixar de se desenvolver.
Espero que Dilma faça um bom governo. Mas as conjunturas política e econômica me trazem pessimismo.
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