Ao observarmos a confiança do consumidor recifense anda mal das pernas desde o distante Dez/2012, a confiança do consumidor entrou em uma tendência de queda. Neste ano de 2014, percebe-se uma recuperação, mas o que pode esta por trás do tombo da confiança e dos indicativos de sua recuperação nestes primeiros meses?
O que mudou de 2012 para cá?
Uma das principais interfaces de contato da economia com a vida da pessoa comum é a administração de seus rendimentos, tarefa que tem encontrado dificuldades nos últimos tempos em virtude do arrefecimento da inflação, ano passado tivemos casos emblemáticos, como “a crise do tomate” que se tornou o fruto, mercadoria de alto valor que necessitava de vigilância na plantação e escolta no transporte, ou “a crise das passagens” que foi o estopim para a onda de manifestações em junho passado. O fato é que os preços dos produtos têm subido e as famílias tem sentido tal incomodo.
Podemos falar ainda do modesto crescimento da economia na “era Dilma”; do grande fracasso da aposta do governo nas grandes multinacionais brasileiras, que nos diga o Grupo X; e das mudanças e manobras contábeis e até na interferência no IBGE.
O cenário atual não é muito diferente desse panorama apresentado, e ainda contamos com o tempero eleitoral nessa salada, então, o que pode estar levando a uma recuperação na confiança do consumidor recifense, visto que a inflação, o modesto crescimento e os erros na condução da política econômica persistem?
Possíveis explicações:
- O mercado de trabalho continua aquecido, como poucas vezes se viu na história do país;
- Crescimento da renda de uma parcela significativa de brasileiros, com a elevação da escolaridade ocorre elevação na renda de tais indivíduos e ampliação no consumo;
- A despeito do noticiário a maior parte dos entrevistados acredita que a economia brasileira terá um melhor desempenho nos próximos seis meses, do que o observado no período anterior;
- Ou simplesmente a manifestação da “lei de tiririca”, ou seja: “Pior do que tá não fica”.
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