Dalai Lama diz que há muitos refugiados na Europa

"A Europa, a Alemanha em particular, não pode se converter em um país árabe. A Alemanha é a Alemanha", acrescentou, em referência ao fato de que uma maioria dos migrantes são provenientes de países árabes, como Síria ou Iraque

| ter, 31/05/2016 - 10:03
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Foto: BEN STANSALL (Arquivo) O Dalai Lama afirmou que há muitos refugiados na Europa, após a onda de chegadas no ano passado, e que sua presença no Velho Continente deve ser apenas provisória (Arquivo) O Dalai Lama afirmou que há muitos refugiados na Europa, após a onda de chegadas no ano passado, e que sua presença no Velho Continente deve ser apenas provisória

O Dalai Lama afirmou que há muitos refugiados na Europa, após a onda de chegadas no ano passado, e que sua presença no Velho Continente deve ser apenas provisória, em uma entrevista publicada nesta terça-feira na Alemanha.

"Quando olhamos o rosto de cada refugiado, sobretudo o das crianças e das mulheres, sentimos seu sofrimento e um ser humano que tem melhores condições de vida tem a responsabilidade de ajudá-los. Mas, por sua vez, há muitos atualmente" na Europa, declarou o líder espiritual dos tibetanos ao jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung.

"A Europa, a Alemanha em particular, não pode se converter em um país árabe. A Alemanha é a Alemanha", acrescentou, em referência ao fato de que uma maioria dos migrantes são provenientes de países árabes, como Síria ou Iraque.

"Há tantos que se torna difícil na prática. E no plano moral. Também acredito que estes refugiados deveriam ser acolhidos apenas provisoriamente. O objetivo deveria ser que voltem e ajudem a reconstruir seu país", considerou o Dalai Lama, que vive no exílio na Índia há mais de 50 anos.

A Alemanha acolheu no ano passado um milhão de refugiados, um número recorde. O fluxo diminuiu muito neste ano devido, particularmente, ao fechamento no ano passado da "rota dos Bálcãs", principal via de acesso a partir da Turquia.

A respeito, o Dalai Lama expressou a esperança de voltar enquanto viver ao Tibete, na China, "talvez em alguns anos". "Se forem dadas as condições para meu retorno, ou ao menos uma curta visita, será uma alegria para mim", disse.

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