Supremacistas superam terroristas islâmicos em homicídios
Levantamento de ONG mostra que assassinatos ligados a grupos extremistas nos EUA são na maioria "domésticos"
por Wagner Silva | qui, 18/01/2018 - 16:35
Sete em cada dez assassinatos de grupos extremistas foram causados por supremacistas brancos nos Estados Unidos em 2017. O dado foi divulgado na noite de ontem (17) pela Anti-Defamation League (conhecido pela sigla ADL - Liga Anti-Difamação, em tradução livre), ONG que combate o antissemitismo e o racismo. Em números totais, as mortes causadas por esse grupo de pessoas é maior do que assassinatos cometidos por extremistas islâmicos.
De acordo com o relatório, os supremacistas foram responsáveis por 18 das 34 mortes ligadas à grupos extremistas em 2017 enquanto 9 foram de responsabilidade de terroristas islâmicos. Outro número evidenciado no relatório é o ranking de homicídios provocados por ações extremistas: 2017 teve o quinto maior número de mortes dessa natureza desde 1970. Os Estados Unidos tem 917 grupos radicais em atividade, segundo o documento. “Quando supremacistas brancos e outros extremistas estão mais encorajados e encontrar novos públicos para os seus pontos de vista cheios de ódio, a violência ganha espaço", afirmou o diretor da ONG, Jonathan Greenblatt.
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Por outro lado, o relatório aponta crescimento no número de assassinatos cometidos por nacionalistas negros. Cinco crimes foram atribuídos a grupos desse tipo. O relatório finaliza chamando atenção para o combate ao racismo como única forma de diminuir esses números.