América Latina é região com maior alta de tensão social
O índice é construído com base em um banco de dados que coleta dados sobre a quantidade de greves, protestos de rua, campanhas, boicotes e outros atos políticos ou sociais
| seg, 22/01/2018 - 18:40
A alta do desemprego na América Latina entre 2014 e 2017 levou a região a registrar o maior aumento da tensão social no mundo. Os dados fazem parte do informe da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre o mercado de trabalho, lançado nesta segunda-feira, 22, em Genebra.
Diante da deterioração das condições de mercado de trabalho em anos anteriores, a entidade estima que o índice que mede as tensões sociais sofreu uma alta de dois pontos no continente. A América Latina foi a região afetada de forma mais severa pelo desempenho fraco de seu mercado de trabalho em 2017", constatou a OIT. No mundo, ela caiu em um ponto, de 23 para 22 entre 2016 e 2017.
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O índice é construído com base em um banco de dados que coleta dados sobre a quantidade de greves, protestos de rua, campanhas, boicotes e outros atos políticos ou sociais.
Ainda que o emprego não seja o único fator para determinar a tensão social, a entidade estima que a situação econômica é fundamental para medir o descontentamento social. Além da taxa de desemprego, pesam questões como a liberdade pessoal, padrão de vida e processos democráticos.
No caso da América Latina, porém, a OIT aponta para uma melhoria nos próximos anos. A região registrou um desemprego em 2017 de 8,2%. Mas ele será de 7,9% em 2018 e de 7,7% em 2019. Apesar da queda regional, o índice também está acima de sua própria média de 2014, quando era de apenas 6,1%.
No geral, o continente deve ver uma pequena melhora no número absoluto de desempregados, um pouco abaixo de 25 milhões de pessoas. Se Brasil, Argentina e Costa Rica estão em uma tendência positiva, a situação é de alta no Chile, Equador, Colômbia e México, ainda que este último com uma taxa de apenas 3,6%. A economia regional verá uma expansão de 1,8% em 2018 e de 2,4% em 2019. Em 2017, o crescimento havia sido de apenas 1%.