Armando tece elogios a FBC, mas se coloca no páreo

Durante o encontro em Petrolina, no Sertão, o senador pregou a necessidade de um "novo tempo" para Pernambuco

por Giselly Santos | sab, 27/01/2018 - 14:45
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Apesar do anseio de ser escolhido pela frente de oposição “Pernambuco quer mudar” para liderar a disputa pelo Governo, o senador Armando Monteiro (PTB) aproveitou o encontro do bloco, neste sábado (27), para tecer elogios ao também pré-candidato e senador, Fernando Bezerra Coelho (MDB). Em Petrolina, reduto político da família Coelho, o petebista disse ser testemunha do “quão trabalhador” é o companheiro da bancada pernambucana.

“Você que tem uma passagem de mais de 30 anos da vida pública e gostaria de dar o testemunho do quão trabalhador, articulador e obstinado você tem sido no Senado Federal. Não há hoje uma iniciativa que não tenha sempre a presença e o protagonismo do senador Fernando Bezerra Coelho, lhe faço, o que não é do estilo, esse registro”, disse, depois de ponderar qualidades de outros aliados do grupo.

Mesmo com a evidência dada a Bezerra Coelho, Armando salientou, pouco antes, que o grupo do qual fazem parte não tem “tradicionalmente o mesmo alinhamento político”. “Estive no outro palanque por muito tempo, mas sempre tive a compreensão que eventuais adversários políticos têm que ter espaço para o diálogo”, lembrou, ao lado de nomes como o dos ministros Fernando Filho (Minas e Energia) e Mendonça Filho (Educação), do deputado federal Bruno Araújo (PSDB) e dos ex-governadores João Lyra Neto (PSDB) e Joaquim Francisco (PSDB).

No discurso e em entrevista depois do evento, o senador também fez questão pontuar que está no páreo eleitoral. “Vejo aqui pessoas que estão publicamente assumindo compromissos, meu nome está a disposição do grupo. O senador Fernando Bezerra disse que talvez fosse o candidato mais animado, eu quero chamar depois ele para gente dançar um frevo e vocês vão dizer quem ficou mais animado”, brincou.

União, compromisso e convocação

Ao discursar no evento, o senador também deixou claro que três palavras eram importantes para definir o contexto em que o bloco está se inserindo: união, compromisso e convocação.

A primeira, segundo Armando, “reflete o compromisso de estarmos verdadeiramente juntos, que não pode ser a soma de adesões, mas a convergência de propósitos verdadeiramente lúcidos e voluntários”. A segunda, argumentou o senador, é “fundamental”.

“Vivemos isso para que? Para oferecer a Pernambuco uma nova agenda, um novo projeto, um novo caminho. Para isso temos que reunir os melhores talentos, combatendo posturas demagógicas que agora se colocam como oportunistas e fazem pouco da inteligência dos pernambucanos. Ninguém poderá viver de velhos preconceitos”, salientou o pré-candidato.

“A última palavra é convocação. Este não pode ser um projeto da classe política, mas um novo tempo, novas posturas e novas atitudes. Precisamos ter a capacidade de convocar todas as forças de Pernambuco, tem que ser aberto, sem preconceito. Estou na oposição desde 2014, já fiz juízos e vejo confirmadas todas as avaliações que eu fazia, vejo neste conjunto toda a força e energia política que reúne lastro histórico”, completou.

O encontro em Petrolina neste sábado foi o segundo de grande porte reunindo a frente, que é composta por PTB, DEM, Podemos, PV, PRTB, PRB e PSDB, além de dissidentes do MDB. O primeiro foi no Recife, para o lançamento do grupo que prega o desejo de desbancar a hegemonia do PSB à frente do Estado. O próximo ato político do grupo está previsto para acontecer no dia 3 de março, em Caruaru, no Agreste.

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