Tópicos | 71 mortos

A Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea da Bolívia (Aasana) apresentou uma denúncia penal contra a funcionária que revisou e autorizou o plano de voo do avião da Lamia que caiu com a delegação da Chapecoense, deixando 71 mortos.

Celia Castedo Monasterio havia apontado problemas no documento apresentado pela tripulação, mas ainda assim a aeronave decolou do aeroporto internacional de Viru Viru, em Santa Cruz de la Sierra, rumo a Medellín, na Colômbia.

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Uma das inconsistências no plano de voo dizia respeito à ausência de escalas. A tripulação da Lamia informou que faria o trajeto de aproximadamente 3 mil km sem paradas, embora a distância fosse igual à autonomia do avião. Segundo os investigadores colombianos, o jato caiu com os tanques de combustível vazios.

No entanto, o plano apresentado às autoridades da Colômbia era diferente e incluía uma escala para reabastecimento em Cobija, ainda na Bolívia, que não aconteceu. De acordo com a Aasana, foram detectados erros na documentação do voo da Lamia.

A denúncia contra Monasterio foi apresentada ao Ministério Público do Distrito de Santa Cruz e pede uma investigação por "não cumprimento de deveres" e "atentado contra a segurança dos transportes". Ambos podem levar a uma pena de um a quatro anos de prisão, segundo o jornal boliviano "El Deber".

Após o acidente, o diretor da Aasana, Tito Gandarillas, foi exonerado do cargo. Já Monasterio está suspensa de suas funções por suspeita de negligência. O objetivo da denúncia é saber por que a funcionária, que tem mais de 20 anos de experiência, autorizou um plano de voo que ela própria havia questionado.

A Bolívia também investiga possíveis ligações entre a Lamia e a Conmebol, já que a empresa tinha amplo acesso a equipes sul-americanas, apesar de sua frota ter somente três aviões e da pouca experiência no mercado.

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