Tópicos | ABBA The Museum

Os quatro membros do lendário grupo ABBA se mostraram, a princípio, resistentes, mas parecem ter, definitivamente, virado a página de seus receios, ao aceitarem a criação de um museu que abrirá suas portas nesta terça-feira (7) em Estocolmo. "Vocês vão poder nos ver juntos no museu. Não poderiam nos ver mais de perto do que isso", afirmou, em tom de brincadeira, Björn Ulvaeus, durante uma coletiva de imprensa, descartando assim qualquer possibilidade de um retorno do grupo aos palcos.

"Eu estava um pouco relutante em me tornar objeto de museu; realmente não queria ouvir falar sobre isso. Mas eu tive que mudar de ideia", declarou à AFP. "Os outros (Anni-Frid Lyngstad, Benny Andersson e Agnetha Fältskog) também não estavam dispostos a virar peças de museu. Mas também mudaram de ideia. Espero que eles fiquem muito felizes porque um museu é uma coisa permanente, que vai estar nos guias turísticos!"

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ABBA The Museum abre ao público nesta terça-feira (7). Björn Ulvaeus esteve pessoalmente envolvido na concepção do local, e garantiu parte de seu financiamento. "Eu apenas disse a mim mesmo que deveria fazer de tudo para torná-lo tão bom quanto possível", explicou. "Esta é uma história que vale a pena ser contada!"

"Além do quê, meus netos estão começando a fazer perguntas. Tenho uma neta de cinco anos e talvez seja um pouco cedo para começar a conversar sobre uma banda pop e celebridades. Depois acho que vou escrever uma história para ela: era uma vez um menino em uma cidade pequena em algum lugar na Suécia, que recebeu uma guitarra de Natal quando tinha onze anos". A história de Björn e dos outros é reconstruída no museu. Vale tudo: fotos de infância, os primeiros sucessos, a formação do grupo, imagens de dois casais em sua intimidade, mas também a reconstrução do estúdio de sua produtora, a mesa de trabalho do estilista ou o estúdio de gravação.

O visitante é guiado por 1.300 m² ao som das vozes de seus ídolos gravadas para a ocasião. "Também trata da vida cotidiana, da vida com os filhos, da ruptura, crises, coisas que não falamos muito, divórcios. Supera a imagem lúdica que criamos", explica Björn. Ele foi casado com Agnetha, com quem teve dois filhos. Benny e Anni-Frid formavam o outro casal.

Em um ambiente alegre e amigável, os visitantes também podem cantar no palco com o ABBA e admirar seus trajes brilhantes. "Podíamos vestir o que quiséssemos", lembra Björn. "Achávamos isso legal (...), eramos muito sérios com a nossa música e podíamos não levar tão a sério quanto ao que vestir".

Desde 1974, o grupo, que durou 10 anos, vendeu 378 milhões de álbuns no mundo inteiro. "Depois de dez anos, a energia criativa diminui. Então, em 1982, pensamos em fazer outra coisa", concluiu Björn. Os fãs mais incondicionais que tiveram a oportunidade de visitar o museu na sexta-feira (3) não se decepcionaram. "Foi muito bom, muito bem feito. As roupas foram muito bem colocadas em evidência", ressaltou Xavier, de 35 anos.

Ele veio da Bélgica especialmente para a ocasião com Christine (36 anos) e Patrícia (47 anos). Acompanhados por cinquenta outros fãs entusiastas de todo o mundo, eles esperam desde o início da manhã em frente ao museu, na esperança de vislumbrar seus ídolos. Björn, Benny e Anni-Frid eram esperados na noite de segunda-feira (6) para a abertura do museu. "Fomos informados que Agnetha não viria, mas minha intuição me diz que vai estar lá", disse Patricia, esperançosa.

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